Vocês
certamente já devem ter ouvido falar do clássico da literatura Moby Dick,
história que, em resumo, envolve um homem sendo atacado por uma baleia –
adiante falaremos mais sobre o livro. Mas, o que muita gente não sabe é que
essa história de fantasia foi baseada em fatos reais, que são retratados por
Nathaniel Philbrick no livro No Coração do Mar. Daí, como sou uma pessoa
curiosa, resolvi ler ambos os livros e vir aqui contar um pouco a vocês sobre
cada um deles, que são BEM interessantes e valem demais a leitura.
Começando pelo No Coração do Mar, que foi o que
li primeiro. A princípio, achei que poderia ser um livro enfadonho, chato de
ler, com excesso de descrições e mais técnico do que romanceado. Mas me
surpreendi positivamente e não seria exagero algum dizer que foi um dos melhores livros que já li na vida. O Autor, Nathaniel Philbrick é um historiador
americano que, por acaso, vai viver com sua família em Nantucket,
Massachussets, local que ficou famoso no início do século XIX por ser o berço
de baleeiros e muito próspero com o negócio.
E no seu livro, baseado em relatos dos sobreviventes, o autor vai narrar como era a vida na cidade, como se preparavam as pessoas para as jornadas de caça às baleias, as viagens, enfim, todo o negócio como era feito na época. Apenas para esclarecer, o óleo extraído das baleias, principalmente cachalotes, era utilizado para iluminação no período, daí a importância e o valor.
E no seu livro, baseado em relatos dos sobreviventes, o autor vai narrar como era a vida na cidade, como se preparavam as pessoas para as jornadas de caça às baleias, as viagens, enfim, todo o negócio como era feito na época. Apenas para esclarecer, o óleo extraído das baleias, principalmente cachalotes, era utilizado para iluminação no período, daí a importância e o valor.
Veremos que as viagens eram feitas de forma
muito econômicas e precárias, com vistas a maior obtenção possível de lucro. Os
baleeiros navegavam por águas pouco exploradas, na região da América do Sul -
Cape Horn, Chile, Peru, Equador - e iam até a Polinésia Francesa. Eram viagens
de cerca de 3 anos, em média, dependendo do sucesso da empreitada. E o
interessante é que nos deparamos com fatos curiosos – e tristes, claro – porque
além deles quase terem dizimado a população de baleias na época, os baleeiros
aportavam em ilhas remotas, como Galápagos, e destruíam tudo o que viam pela
frente.
Em um relato do livro, vemos que eles carregavam as famosas tartarugas da ilha para se alimentarem nos navios – o que igualmente quase as levou à extinção – e em um episódio, um dos tripulantes colocou fogo na ilha, prejudicando em demasia o ecossistema local. Ou seja, desde aquela época – e por certo ainda antes dela – o homem já se mostrava imprudente e destruidor.
Em um relato do livro, vemos que eles carregavam as famosas tartarugas da ilha para se alimentarem nos navios – o que igualmente quase as levou à extinção – e em um episódio, um dos tripulantes colocou fogo na ilha, prejudicando em demasia o ecossistema local. Ou seja, desde aquela época – e por certo ainda antes dela – o homem já se mostrava imprudente e destruidor.
Pois bem, mas o clímax do livro, realmente, é
quando o Essex, navio baleeiro que deu origem ao Moby Dick, é atingido por uma
baleia cachalote enorme e furiosa. Enquanto as baleias eram descritos como
animais imensos e magníficos, mas que apresentavam pouca resistência a caça e
não eram muito inteligentes, essa baleia específica, de acordo com relatos dos
tripulantes, parecia enfurecida, com raiva e não sossegou até afundar o navio.
E a partir daí, vamos ter conhecimento acerca do destino desses sobreviventes,
como fizeram para sair dessa – alguns não conseguiram... O livro é super
gostosinho de ler e a história é absurdamente interessante. Ah, importante
dizer que o livro venceu o National Book
Award de 2000 na categoria não-ficção.
Trecho incrível do livro: "E o mais estranho de tudo era que, à
medida que os
olhos afundavam nos crânios
e as maçãs do
rosto tornavam-se salientes, todos começaram a se parecer uns com os outros —
suas identidades estavam sendo apagadas pela desidratação
e pela inanição."
PS: Não vou assistir a filmagem moderna de No Coração do Mar, estrelando Thor (a.k.a. Chris Hemsworth) no papel de Owen Chase, meu personagem favorito do livro, por motivo de não querer estragar a imagem linda que eu tenho dessa história dentro de mim!
Nenhum comentário:
Postar um comentário