segunda-feira, 31 de julho de 2017

PRODUTOS ACABADOS DO MÊS - JULHO

Devo dizer que esse mês que passou não foi dos melhores no quesito produtos finalizados e eu até usei uma amostrinha e um produto manipulado para dar uma enganada, rs!!! Estou achando até que muito bom que as coisas permaneçam assim porque no mês que vem irei viajar e a idéia é que eu traga tudo de fora, sem ter que comprar absolutamente nada por aqui! Vejamos.

1.Água Termal Vichy – apesar de eu estar sem esse produto no momento e de sentir uma falta absurda dele, vou ficar sem até a viagem. E sabem por que? Porque essa embalagem de 300ml por aqui custa em torno de R$ 80,00 e lá na França, algo em torno de EUR 5,00!!!!! Não tem nem o que falar, né?
2.Shampoo Seco Batiste – esse é outro que estou sem, mas que sei que terei de segurar até a viagem porque lá é muito mais barato. Eu gosto desse tipo de produto para usar no escritório na hora do almoço, tanto para dar um tapa na oleosidade quanto para ajudar no volume.
3.Shampoo Garnier Frutis Sleek & Shine Zero – amostrinha vinda na Allure de junho. Vou ser honesta, nem deu para sentir esse produto porque veio muito pouquinho e se acabou numa lavada só. Mas, ele serve para o meu tipo de cabelo, porque é recomendado para cabelos fininhos e promete zero frizz e zero aspecto de oleosidade.
4. Creme de mãos manipulado – esse foi quase uma trapaça nos acabados, porque não é algo que se compre, foi apenas manipulado pela minha dermato porque minhas mãos estavam tão secas que as cutículas estavam levantando e sangrando. Só o coloquei por aqui porque usei o mês todo no lugar do hidratante convencional e ele se acabou.
5. Lush Lemony Flutter – eu aaaaaaaaaaaaamo esse hidratante de cutícula e já perdi as contas de quantos já usei. No mais, estou dando um tempo com outros produtos similares, como a cerinha da Granado porque o da Lush está bem caro e eu não estou podendo gastar uma pequena fortuna agora.
6. Máscara Maybelline Rocket Volum – essa máscara foi comprada há milênios e morava na minha nécessaire do trabalho. A verdade é que ela já estava meio seca e só ficava por lá porque eu queria dar uma “penteada” nos cílios na hora do almoço. Não vou dizer que é a pior máscara que já usei na via, mas não compraria novamente porque a Colossal é BEM melhor.
7.Creme Demaquilante Marina Smith – nem sei quantas vezes esse produto já apareceu por aqui. É amor eterno e devo dizer que não conheço nada que remova a maquiagem a prova d´água do olho tão fácil e rápido e ainda sem agredir. O único problema é que vem pouco produto na embalagem e uma dessas dá para um mês, mais ou menos. 

domingo, 30 de julho de 2017

TAG LITERÁRIA - JULHO/2017 - UNS E OUTROS

Quero dizer que depois de dois meses de livros meia boca enviados pela TAG, eu finalmente me encantei com esse! Calma, quando eu digo meia boca é porque eu não curti, mesmo sabendo que os livros têm o seu valor, inclusive histórico. É que a leitura não fluiu, não foram livros que me deram prazer em ler, a coisa aconteceu meio que por obrigação.

E eu estava apreensiva com esse livro de julho porque ele é uma versão comemorativa e exclusiva do aniversário da TAG. Eles convidaram alguns escritores brasileiros contemporâneos para escolherem contos diversos e aleatórios de escritores renomados, como Machado de Assis, Clarice Lispector, Tolstoi, Monteiro Lobato, dentre outros. E com base nesses contos, cada um dos autores escreveu a sua própria versão.
Algumas delas são releituras, outras são exatamente iguais, mas sob a visão de um outro personagem, outros uma repaginada... cada um no seu estilo. E eu que já sou apaixonada por contos, fiquei absolutamente encantada com os escolhidos para compor essa edição. São todos ótimos, não tem nenhum que não tenha prendido a minha atenção. Confesso que não tive o mesmo prazer com as releituras, mas eu achei a ideia da TAG muito boa.
Que a próxima edição seja igualmente maravilhosa!!! 

sábado, 29 de julho de 2017

SALDÃO DE LIVROS DE JULHO

Esse mês que passou foi um pouco confuso para o meu mundo de leituras porque o mês foi complicado em casa e no trabalho. A real é que, apesar de ter andado mais de transporte coletivo, não tive tempo para ler os livros em outros momentos e, para completar, acabei escolhendo leituras pesadas e gordinhas. E, como vocês verão adiante, acabei terminando livros começados em junho e também, finalizando enfim A Montanha Mágica de Thomas Mann.

- Limonov (Emmanuel Carrère) – livro da TAG de junho, começado no mês passado e terminado no início de julho. A resenha já está no blog. Como disse por lá, trata-se deum livro beeeeeeeeeeeem cansativo de ser lido, foi um pouco arrastado pra mim, mas o assunto é, de certa forma, interessante e acho que a sua leitura me acrescentou muita informação.
- D. Leopoldina – A História Não Contada (Paulo Rezzutti) – outro livro começado no mês passado e terminado nesse, porque além de mega gordo, eu estive um pouco atrapalhada no trabalho, o que atrasou a leitura online. No mais, que mulher!!! Uma pessoa tão serena, tão querida, tão culta... dá vontade de voltar no tempo só para dar um abraço nela!!!
- Angélica a Caminho de Versailhes (Anne e Serge Golon) – segundo volume dessa série maravilhosa. Livro cheio de reviravoltas, de intrigas, de emoções de uma forma geral. Angélica sofrerá muito nesse segundo volume e terá de aprender a sobreviver com seus dois filhos após a morte do marido. Livro tão bom quanto o primeiro volume.
- A Montanha Mágica (Thomas Mann) – e depois de alguns meses sem nem tocar nesse livro, eu dei um gás no mês de julho e o finalizei. Nossa, como foi bom tirar esse calhamaço da minha prateleira e guardá-lo em seu devido lugar! Bom, não vou me estender muito porque a resenha desse livro giga vem agora no próximo mês de setembro.
- Os Pichicegos (Fogwill) – livro curtinho que foi lido em menos de uma semana enquanto transitava de busão por aí. Ele vai nos trazer informações sobre a Guerra das Malvinas, que ocorreu tão perto de nós e há tão pouco tempo atrás, mas a verdade é que eu sinto que não temos muita informação, muitos detalhes a respeito. E esse livrinho vai nos remeter àquele momento e nos apresentar alguns personagens interessantes – romanceados, é claro.
- Uns e Outros – contos espelhados (TAG) – livro muito gracinha e também devorado rapidamente. Foi o livro da TAG de agosto, composto por diversos contos de autores renomados, como Machado de Assis e Clarice Lispector e suas versões/releituras por parte de autores brasileiros contemporâneos. Muito bom!!
- Vitória (Joseph Conrad) – livro começado esse mês mas a leitura ainda está em andamento. Devo dizer que estou mais ou menos na metade dele e ainda não consegui entender o frenesi que o pessoal por aí faz por ele. Ainda estou achando a história meio parada e os personagens pouco interessantes. À espera de uma reviravolta!
- Onde Cantam os Pássaros (Evie Wyld) – outro livro lido em apenas 1 semana. Devo dizer que a leitura é bem gostosinha, mas que a história não é lá dessas coisas. Comprei o lçivro pela capa - quem nunca - e devo dizer que ele enfeitará lindamente a minha prateleira!

- Assassinato no Beco (Agatha Christie) - mais um livro dessa escritora maravilhosa devidamente lido! Não sei se vocês se lembram, mas estou no projeto de leitura de todos os livros dela antes dos 40 anos! Esse em específico envolve alguns contos, dentre eles o do título, e todos eles contam com a ajuda do maravilhoso Poirot.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

LIVRO - GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA AMÉRICA LATINA

Esse livro foi adquirido por mim num desses corners de shopping e custou apenas R$ 10,00. Fiquei tão vidrada pela capa e pelo assunto que assim que cheguei em casa – num sábado à noite -, o passei na frente de tudo o que estava lendo e já mergulhei no conteúdo. Em miúdos, os autores listaram alguns personagens muito conhecidos da história atual e também da antiga da América Latina, como Sancho Villa, Simón Bolivar, Salvador Allende, dentre outros, e nos trouxeram através do livro informações absolutamente novas sobre eles.

A idéia central é a de desmistificar alguns heróis latinos americanos, os quais são venerados até hoje em alguns países sem que o povo tenha conhecimento das atrocidades cometidas por eles. Che Guevara, por exemplo, era um assassino sanguinário sem perdão!, Perón era um “pegador” de jovenzinhas, Salvador Allende afundou o país, Sancho Villa amava os americanos, Simón Bolivar odiava as minorias e pessoas de cor e só pensava no seu próprio bem estar quando “libertou” a América do domínio espanhol.
Essas são algumas pinceladas sobre esses personagens que de incríveis e maravilhosos não têm nada. E é curioso porque o povo latino americano no geral – e isso inclui o brasileiro -, tende a tomar como herói justamente o anti-herói. Tende a vestir uma camisa sem conhecimento do que aquilo representa de fato. E isso no sentido literal, pois muita gente que se diz, por exemplo, liberal e usa a camiseta com a foto do Che Guevara, provavelmente não tem conhecimento das perseguições que ele pregava em Cuba, principalmente aos gays, e a quantidade de pessoas que ele prendeu e fuzilou sem nem piscar. E isso inclui crianças.
Daí que esse livro, além de bem curioso, irônico e gostosinho de ler, nos trás informações fundamentais sobre esses personagens que não foram legais, pero no mucho!

terça-feira, 25 de julho de 2017

LIVRO - HISTÓRIA DO NOVO SOBRENOME

Muito bem, segundo livro da série Napolitana da Elena Ferrante devidamente lido! Esse é mais gordinho do que o primeiro, conta com quase 500 páginas, mas tal qual o Garota Genial, foi devorado rapidamente. A História do Novo Sobrenome começa exatamente de onde o primeiro terminou, de modo que, se você não leu o primeiro livro, recomendo que não passe dessas linhas.

Lila então se casa com Stefano, o dono da cacrutaria. E logo na saída do casamento, seus sentimentos em relação ao marido se modificam, quando ela percebe que ele “se vendeu” para os odiados Sollara ou que a eles se associou em vistas ao lucro. Lila passa a sentir nojo do próprio marido e isso se torna público através de suas maneiras e de seu ar de desinteresse por Stefano que, por sua vez, se mostra um verdadeiro Napolitano: dominador, machista, dono da verdade.
Enquanto sua melhor amiga está trabalhando na empresa do marido, morando num apartamento mais distante e chiquetoso e vestindo-se como uma madame, Lenu, a narradora, ainda estuda, ainda é virgem, ainda está numa situação miserável e não sabe muito bem o que fazer de sua própria vida. Ela continua namorando com Antonio, mas apaixonada por Nino, continua sem ter com quem compartilhar seus conhecimentos de aprendizado na escola, em meio a tanta ignorância das pessoas do bairro e Lila, que é a única capaz de fazer frente a isso, está cada vez mais distante.
Em um determinado verão, no entanto, as duas amigas e mais algumas pessoas vão passar as férias na praia, onde se encontram com Nino e o amigo Bruno. O grupo passa a se ver diariamente e nesse momento acontece uma coisa que me fez ficar com uma raiva imensa da Lila: ela se envolve com Nino, mesmo estando casada e mesmo sabendo que Lenu o ama. Quer dizer, para se mostrar melhor do que a amiga, ela desgraça a própria vida, a vida da amiga e do Nino, que se apaixona por aquele ser avassalador chamado Lila e abre mão de tudo para viver esse romance!
E isso vai ter um grande desfecho para o casamento de Lila, para suas relações com o bairro e com os amigos. Lila é aquela pessoa que por onde passa causa estragos, mas também causa admiração. Ela é forte, ela é destermida e ela está disposta a passar por cima de todos. Enquanto isso, Lenu vai para Pisa, vai fazer faculdade e se deparar com todo um universo novo e grandes possibilidades. Vai namorar, vai viajar e se tornar cada vez mais e mais diferente da amiga e das outras pessoas que deixou para trás em Nápoles.
E tal qual o primeiro livro, esse vai terminar com um grande gancho e te deixar com vontade de correr para o terceiro volume – o meu já está comprado!!
Trecho emprestado do livro Os Reis de Ferro - A Rainha Estrangulada - também lido esse mês -, que define Nápóles como ninguém: 
Os gregos a organizaram, os romanos a conquistaram, os bárbaros a saquearam, os bizantinos e os normandos, cada um por sua vez, aí se instalaram como senhores. Mas modificaram apenas um pouco a forma das casas e acrescentaram algumas superstições e lendas à imaginação  popular.O povo não ficou nem grego, nem romano, nem bizantino: era o povo napolitano de sempre, esse povo sem paralelo  com  nenhum outro  no  mundo, cuja alegria é apenas um pára-vento diante da tragédia da miséria, cuja ênfase é uma maneira de valorizar a monotonia dos dias, cuja preguiça é  uma sabedoria que consiste em não fingir atividade quando nada se tem que fazer; um povo que ama a vida, que zomba dos reveses do destino, que gosta de falar e que despreza  a agitação militar porque a paz não o aborrece  nunca.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

DERMAGE - PEEL OFF MASK CLARIFY - REVIEW

Eu estou numa fase máscaras... mas não de experimentá-las e sim, de querer experimentá-las. Vejo tanta gente falando por aí que você as utiliza por, sei lá, ½ hora e quando tira a pele está mais reluzente, mais hidratada, mas sei lá o que... Fiquei com vontade. Aliás, é um dos meus focos na viagem: catar máscaras para teste. Daí, numa ida à farmácia, me deparei com esse pacotinho super fun e fofo da marca Demage. O fato de a marca ser conhecida aliado ao preço que não era dos piores – R$ 11,00 -, acabei trazendo comigo.

Elas estão disponíveis em três versões: Detox, Colágeno e Clareadora e cada pacotinho vem com 10g. Antes de falar mais um pouco sobre ela, quero dizer que eu estava com pressa e acabei não lendo na embalagem que tratava-se de um produto gelequento, que era aplicado no rosto e com a secagem, se transformava numa máscara. Eu achava que era uma daquelas máscaras de paninho/papel que você coloca direto na cara, sem fazer bagunça ou sujeira. Então, antes de mais nada, quero dizer que não curti o formato do produto.
Depois, eu acho que a quantidade de produto que veio dava fácil para umas duas aplicações, mas como eu não estava preparada para aquela melecada toda, acabei usando tudo de uma vez... é muito produto!!!! Como vocês podem ver através das fotos toscas tiradas com a pior luz do mundo e no celular, depois de seco, a máscara sai quase que inteira. É super fácil e rápido e confesso que só passei uma água depois para tirar os resíduos, mas nem era necessário.


Muito bem, a minha versão era a Peel Off Clarify e prometia uniformizar a tonalidade da pele, promover uma renovação celular, clarear, iluminar e deixar a cútis com um viço bonito. Contém na composição ácido glicólico, ativo de renovação celular que limpa profundamente os poros e tal... Claro que eu não estava esperando milagre em forma de máscara ou que fosse simplesmente ficar maravilhosa após a utilização, mas honestamente, não vi qualquer diferença entre o antes e o depois. Nem mesmo a textura da pele ficou melhor... achei tudo igual. Por isso, e por não ter curtido o formato do produto, eu não pretendo comprá-la de novo.

terça-feira, 18 de julho de 2017

LIVRO - OS REIS MALDITOS - A RAINHA ESTRANGULADA

O que dizer der um livro cujo título é um spoiller absurdo?? Hahaha. Pois bem, trata-se do segundo volume da série começada no mês passado e, como eu já havia dito, uma releitura. O Rei de Ferro, trazido nesse post aqui, trata do reinado de Felipe, o Belo e finaliza com sua morte, a terceira de uma maldição lançada pelo último dos Templários, morte queimado em praça pública. Portanto, a Rainha Estrangulada dará início ao reinado de seu primogênito, Luis X ou Luis, o Turbulento, um rapaz de 20 e poucos anos sem o menor talento para governar. Logo no início, mostra desinteresse pelos problemas do reino, facilmente influenciável e não ter aprendido absolutamente nada com seu pai. 

E a sua maior preocupação será a anulação de seu casamento com a adúltera Margarida, que encontra-se encarcerada numa torre, e a contração de um novo matrimônio que, tudo indica, seja com Clemência da Hungria. Para tanto, Luis terá de confabular a eleição de um novo papa, lembrando que o antigo faleceu também por ocasião da maldição lançada pelos Templários e, sem papa, não há condições de anular o casamento com Margarida. Então, os esforços do rei serão exclusivamente nesse sentido, enquanto seu tio ficará soprando em seus ouvidos conselhos que apenas lhe favorecem e intrigas vão sendo traçadas. 

Outra parte importante da trama é a queda de alguns dos homens de confiança do Rei Felipe, que tão bem serviram o reino e que possuem muita experiência e conhecimento das condições do país. E o resultado será uma onda de pobreza, fome e morte na França, que são deixados de lado, enquanto o querido rei se preocupa com seu futuro casamento e com questões sem qualquer importância. 

quinta-feira, 13 de julho de 2017

LIVRO - O ADEUS A GLORYTOWN

Esse livrinho com a capa tão chamativa foi comprado por mim num desses corners de shoppings que vendem livros a R$ 10,00 – já falei um pouquinho deles a vocês em outro post. E antes de mais nada, apenas enfatizando que não devemos desprezar esses locais e devemos dar uma chance a livros e autores desconhecidos, devo dizer que foi um dos melhores livros da vida e, certamente, está no top 5 desse ano. Foi uma história que me tocou demais, que me deixou divagando sobre o assunto muito tempo após o término da leitura, a ponto de não conseguir me concentrar na aula de inglês!!! E foi lido em apenas 3 dias, porque apesar de tratar de um tema pesado, ele é delicinha de ler e o autor é fenomenal.

Pois bem. Eu diria que Adeus a Glorytown e No País dos Homens poderiam ser o mesmo livro, escrito pela mesma pessoa ou mesmo por alguém que residisse num mesmo local. Ambos são narrados por uma criança (amo livros desse tipo!!!) que vivenciaram os horrores de um regime autoritário em seu país, sendo o primeiro em Cuba e o segundo na Líbia. Em ambos nada pode ser dito pelas pessoas, com medo de represálias; em ambos as famílias vêm seus amigos sendo levados, torturados, submetidos a situações degradantes; em ambos há uma “voz” que faz uma espécie de lavagem cerebral aos residentes... até a cena do quadro pendurado na parede é muito parecida. E o pior de tudo: em ambos temos crianças tristes, com infâncias roubadas.
Só que, de alguma forma, talvez por ser mais próximo ou por termos mais conhecimento sobre o assunto, Adeus a Glorytown me tocou muito mais. Trata-se de uma autobiografia escrita por Eduardo Calcines que, à época da Revolução Cubana, contava com apenas 3 anos. E ele vai nos levar à cidade de Cifuentes em Cuba, vai nos apresentar aos seus amigos, à sua família numerosa e com muito amor a oferecer, suas brincadeiras de criança, seus avós queridíssimos, aos costumes, festas, etc. E, aos poucos, com o avanço da revolução, vamos notando a degradação da vida desse garoto e de todos ao seu redor. A escassez de alimentos, a fome, o medo e, principalmente, a vida dura de um dissidente.
E em determinado momento, temendo que Eduardo completasse 15 anos, que é a idade de convocação ao serviço militar, seus pais solicitam ao governo o visto para os EUA, local onde todos os sonhos podem ser realizados. E a partir daí, vamos acompanhar os maus tratos que toda família será submetida por terem manifestado publicamente seu descontentamento para com o novo regime e a vida em Cuba, bem como a eterna espera dos Calcines pelo visto do governo.
Gente, esse livro é muito amor! Com ele você vai sentir vontade de abraçar todos os cubanos que encontrar no caminho, entender o porquê tantos deles se submeteram aos perigos de uma travessia de barco à Flórida e, sobretudo, vai ter vontade de sacar o Fidel do túmulo e matá-lo novamente. Eu, pelo menos, estou com uma raiva sobre-humana dessa pessoa. E mais raiva ainda porque todos achavam que seu poderio não poderia subsistir por muito tempo e o cara morreu quase agora. E ainda nos dias de hoje, não obstante a situação venha melhorando gradativamente, Cuba ainda não experimenta uma situação plena de liberdade e contentamento de sua população.

terça-feira, 11 de julho de 2017

TAG LITERÁRIA - JUNHO 2017 - LIMONOV

Nascido na União Soviética durante os anos quarenta, o personagem do livro de junho cresce em meio ao caos: no underground russo, envolve-se com bandidos, militares, escritores. Em busca de prestígio, foge para os EUA, onde passa por experiências como poeta, mendigo, político e escritor de sucesso. Considerado um “romance de não ficção”, a obra sagrou-se vencedora dos principais prêmios literários da França.

Muito bem, vamos finalmente falar sobre esse livro que tem 371 páginas e me tomou 1 mês certinho... Para que vocês tenham uma ideia, fazendo uma pequena comparação, levei menos tempo do que isso para ler as 2.000 páginas de Os Miseráveis (livro amado!!). Isso significa que eu achei o livro chatíssimo de ser lido. Veja, um livro pode ser bom e chato ao mesmo tempo, uma coisa não interfere na outra. Quando eu digo que um livro é chato é porque a leitura não fluiu, porque não tinha simplesmente vontade de chegar em casa e pegá-lo para ler... deu para entender?
Pois bem. A leitura se arrastou por 1 mês inteiro e quando acabou, eu quase soltei uma gargalhada de emoção... que cansativo. Mas, vamos deixar essa questão de lado e falar do livro em si. Ele é uma espécie de biografia romanceada de um fulano chamado Eduard Limonov (é um nome artístico). Quem escreveu a biografia foi um francês, profundo admirador de Limonov e da história russa moderna em geral. Por isso, ao longo do texto, vamos acompanhar as peripércias do personagem título, bem como os acontecimentos políticos dentro da Rússia que, na minha opinião, é a parte interessante do livro. Gostei muito de me inteirar mais sobre o que estava acontecendo no país durante os governos de Stálin, Gorbachev, Yéltsin, Putin, etc. Como se deram suas eleições, qual era a opinião pública sobre cada um deles, como agiam (agem), etc.
Mas, tirando esse contexto bem interessante, acho que o que me incomodou foi acompanhar o protagonista que, para mim, é uma pessoa extremamente desinteressante e disseminadora de ideias pouco ortodoxas. O russo Limonov teve uma infância e adolescência meio rebelde, sempre se aliando Às pessoas erradas e, em verdade, pouco se lixando para os pais. Já adulto, ele se envolve com uma moça, com quem casa e vai viver em Nova York, no exílio. Ah, esqueci de dizer que ele é um escritor beeeeeeeeeem meia boca nessa época, mais para aspirante. Pois bem. Em NY, tudo dá errado. A mulher vai embora, ele vira mendigo e depois mordomo, passa a experimentar de tudo na vida, até mesmo sexo homossexual com mendigos.
E o que ele vai fazendo é escrevendo livros sobre essas experiências que ele vai tendo e isso vai lhe conferindo algum sucesso. Aliado a isso, ele conhece as pessoas certas e, em determinado momento, ele migra para Paris, onde conhece sua segunda esposa. Lá ele vai virar um hippie/punk/boêmio, ter contato com pessoas das mais diversas e escrever mais um pouco. Já falei que sua esposa é ninfomaníaca, drogada e alcoólatra? Daí que Limonov nunca está contente e sempre acha que pode acrescentar mais algumas aventuras na sua vida. Daí ele vai para as regiões de conflito lá no leste europeu – antiga Iugoslávia -, vai se enfiar nos grupos de libertação, participar da guerra em si, se aliar a partidos rebeldes, etc.
Dali, segue para a Rússia, após 20 anos de sua saída, onde guarda um certo prestígio como autor e onde vai fundar um partido, em oposição ao governo de situação. Limonov se torna um ativista político e, em determinado momento, é preso com acusações de, dentre outros, terrorismo. Na cadeia, já com seus 60 e poucos anos, ele escreverá mais alguns títulos, que farão um enorme sucesso. E reconhecendo, de certa forma o valor desse personagem, ele é liberado antes de finda a sentença.
E o homem ainda está aí, vivinho da silva, com filhos, escrevendo e tal... Não há dúvidas de que sua vida foi inusitada e de que ele vivenciou experiências únicas. Não há dúvidas, também, de que deve ter algum talento, ou não teria publicado tantos livros. Mas, de verdade, não concordo com as idéias dele, com as suas atitudes e com aquilo que prega. E por essa razão, creio que não gosto de LImonov, situação que, por conseguinte, tendo em vista que ele é o protagonista da história, me fez odiar esse livro. Ainda bem que o livro de julho é uma delícia de ler – já estou na metade – porque dois livros seguidos da TAG em que eu quis me matar... não dá!!a França.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

LIVRO - HARRY POTTER E A CÂMARA SECRETA

Devidamente lido o segundo volume do lindíssimo e fofíssimo Box do Harry Potter comprado no início desse ano: Harry Potter e a Câmara Secreta. E tal qual o primeiro volume, esse foi devorado em poucos dias e me deixou com vontade de ler todos de uma vez! Como é delicinha reencontrar esses personagens tão maravilhosos, e lembrar dos feitiços, das brincadeiras... é bom demais. Fiquei com vontade de rever os filmes também, que são ótimos.


Nesse volume, o trio Harry Potter, Ronny Weasley e Herminone Granger, estão no segundo ano de Hogwarts e, mais uma vez, se mostram mais curiosos e exploradores do que o restante da turma. Alguns acontecimentos estranhos começam a ocorrer na escola: pessoas são encontradas nos corredores petrificadas, Harry descobre que conhece a linguagem das cobras e um curioso personagem surge para ajudar (ou atrapalhar?) nosso herói. E claro que o mistério é solucionado e devidamente enfrentado pelo trio. Não vou contar mais porque, apesar de achar que todos no mundo já leram a saga ou, ao menos, assistiram aos filmes, corro o risco de dar alguns spoillers.

terça-feira, 4 de julho de 2017

LIVRO - O DIÁRIO DE ANNE FRANK

Bom, não é fácil falar sobre esse livro. Ele é a síntese de um dos fatos mais chocantes e tristes da nossa história moderna e quando personificamos essa questão, sendo apresentados a pessoas que participaram diretamente do evento, eu acho que fica ainda mais pesado.

O Diário de Anne Frank, para quem não é desse mundo ou passou os últimos 70 anos hibernando numa cápsula, foi escrito por uma adolescente judia, entre seus 13 e 15 anos, quando esteve com sua família e mais 4 outros judeus escondida em um anexo secreto na empresa de seu pai. Os conviveres, antes muito ricos, cultos e livres, se viram na condição de passar 2 anos escondidos nesse local, dependentes do auxílio de terceiros, basicamente funcionários da empresa, sem qualquer perspectiva de melhora.
E o que é interessante no diário é que Anne, uma garota com uma personalidade extremamente forte, muito viva e inteligente, nos contará como foi a convivência dessas pessoas durante o período, o que é absolutamente curioso, bem como fatos da própria guerra, com base nas notícias do rádio e aquelas trazidas de fora, bem como aquilo que conseguia enxergar pelas frestas das janelas ou simplesmente sentir, como no caso das bombas que caiam nas proximidades. O medo constante de serem bombardeados ou descobertos, de passarem fome, de nunca saírem daquela situação vai sufocando o leitor aos poucos, principalmente porque sabemos que, não obstante os dois anos de esconderijo, a autora não sobreviveu aos horrores da guerra. Aliás, e isso não é spoiller, porque é história, o único sobrevivente do anexo foi Otto Frank, o pai de Anne.
Bastante curiosa a descrição de como era a rotina daquelas pessoas, como dividiam e racionavam a comida, a divisão das tarefas, as discussões constantes, as inimizades, os namoricos, e a tentativa de manterem uma normalidade, dentro do possível, com estudos aos mais novos e trabalhos aos mais velhos. O mais frustrante é que Anne tinha tanta ambição na vida, tantas vontades... foram tantos sonhos não vividos... Eu não sei o porquê protelei tanto a leitura desse diário. O livro é delicioso, super bem escrito e muito instrutivo. Impressionante como alguém se manteve tão incrivelmente são em meio ao caos.
Abaixo, alguns trechos retirados que me tocaram bastante:
Que maravilha se as pessoas, todas as noites, antes de dormir recapitulassem mentalmente os acontecimentos do dia que passou e considerassem o que haviam feito de bom e de mau. Então, mesmo sem perceber, tentariam aperfeiçoar-se, ao começar um novo dia; é claro que se consegue muito, com o correr  do tempo. Qualquer um pode fazer isso, não custa nada  e, certamente,  ajuda muito.  Quem não  sabe precisa aprender a descobrir, pela experiência, que "uma consciência em paz torna as pessoas fortes".
“Muitas vezes falo em "depois da guerra", mas acho  que  isso é castelo no ar, coisa que jamais acontecerá na realidade. Se penso em nossa antiga casa, em minhas amigas, nas brincadeiras da escola, é como se outra pessoa tivesse vivido aquela vida, não eu.”
“Você só conhece  mesmo  uma  pessoa quando tem com ela uma briga. Só então pode avaliar seu verdadeiro caráter!”