domingo, 31 de outubro de 2021

LEITURAS SETEMBRO/OUTUBRO DE 2021

Mais dois meses de leitura encerrada. Foram muitas, como vocês podem ver, mas a maioria começada antes e terminada agora, porque o mês de outubro contou com 10 dias de viagem nos quais eu quase não li nada. Levei Nada de Novo No Front, por ser um livro bem pequeno e levinho. Mas a real é que só consegui ler dois capítulos por lá. No mais, excelente leitura, uma das melhores dessa pilha.

Bom também foi No Zênite, livro meio diferentão, vietnamita, ué conta um pouco do pós guerra de Ho Chi Min. Como estive por lá e até vi o presunto com meus próprios olhos, achei a leitura bastante interessante, apesar de um pouco enfadonha. A mesma descrição, talvez, eu poderia dar a Um Diário do Ano da Peste, que é beeeem interessante, principalmente porque guarda uma imensidão de semelhanças com o que estamos vivendo hoje na Pandemia.

A Irmã Desaparecida é a última obra de Lucinda antes de morrer e não só não decepcionou, como na minha opinião é um dos melhores de sua autoria. Li rapidinho porque é viciante e uma delícia! O Juramento do Rei também é prazer garantido, a exemplo dos outros livros da série. Esse já é o volume 9, o que significa que estou terminando a saga.

Leitura esquisitíssima é muito chata foi A Mão do Amo... se-nhor!!! Definitivamente um daqueles livros que a gente termina por uma questão de honra e até dá um alívio quando acaba. A Peste Escarlate foi semelhante. Apesar de menos estranha e menos chata, ainda assim é um livro cansativo e essa coisa de mundo pós apocalipse não me agrada.

Devo dizer que ultimamente a Tag anda enviando uns livros beeeeeem meia boca. Tenho achado as leituras meio enfadonhas desinteressantes e faz tempo que não chega algo realmente bom. A Trégua é até gostosinho de ler e rápido porque foi escrito sob a forma de diário, mas é bem deprê. Em Fogo Lento é da mesma escritora de A Garota no Trem, que é beeeem melhor. Achei a história previsível e os personagens chatos e rasos.

Por fim, temos o clássico é maravilhoso Germinal, que além de ser uma leitura delícia e interessantíssima, ainda me ensinou um pouco de história de um período que ainda não conhecia. E adorei conhecer Zola!

sábado, 30 de outubro de 2021

DIÁRIO DE VIAGEM - BAHIA E RECIFE - DIA 01 - SALVADOR

E depois de mais de dois anos sem planejar uma viagem, finalmente chegou o dia de fazer as malas, planejamentos e pegar um avião. Infelizmente não rolou uma trip internacional, tanto em razão da pandemia, quanto do próprio valor do Dólar e Euro, mas eu estava animada por finalmente conhecer o Nordeste brasileiro, região que sempre me causou curiosidade, principalmente em razão das praias.

E assim foi. O destino primário seria Salvador e o final, Recife. O primeiro e o último trecho foram gratuitos, porque eu fiz uso das minhas milhas, e acabei arcando só com o valor da passagem entre Salvador e Recife, trecho menor, apenas 1 horinha de viagem. A trip seria feita com meu irmão e minha cunhada, mas, como sempre, não conseguimos entrar no mesmo avião e teríamos de nos encontrar no aeroporto de Salvador.


Saí de casa antes das 09:00hs, porque o avião sairia de Guarulhos, era uma terça-feira (05/10) e o tempo estava bem feio. Sem trânsito, antes das 10hs eu já estava dentro do aeroporto. Como o voo só sairia 12:55hs, deu tempo de dar um giro pelo aeroporto, lugar que não frequentava há tempos. Muita coisa havia mudado, lojas novas, partes reformadas e o setor da Latam bem cheio! Acabei despachando minha mala em cortesia porque a promessa era de um voo cheio e a dificuldade de colocá-la no bagageiro de bordo.

Lá pelas 10:30hs fui ao Starbucks forrar o estômago porque não iriam servir nada no voo e eu chegaria em Salvador apenas às 15hs. Claro que ainda era muito cedo, por isso só consegui ingerir um croissant e um chai late. Pouco tempo depois, entrei no portal de embarque destinado aos voos domésticos que estava bem cheio. Não tive problemas em passar pelo raio x, a não ser o fato de eu estar cheia de pulseiras e ter que tirar uma a uma... coisas que a gente esse esquece depois de dois anos de viagem.

Fiquei bem impressionada com a imensidão do setor de embarque nacional, com a beleza e com a quantidade de lojas e restaurantes. Já identificado o portão de embarque, me arranjei num canto e comecei a ler Nada de Novo no Front. Embarquei às 12:35hs, fiz parte do penúltimo grupo e o voo realmente estava bem cheio, foi bem bom que eu tenha despachado a mala, porque não tinha espaço e muita gente acabou tendo que fazê-lo de dentro do voo, o que atrapalhou bastante.

Não sei se fazia muito tempo que não viajava, mas eu estava bem incomodada dentro do avião, sentindo muito calor, meio sufocada (a máscara não ajuda), e com uma certa claustrofobia. Antes do voo levantar, começou a me dar um mini ataque de pânico. Foi uma sensação bem ruim e que não tinha há bastante tempo, mas passou rápido. Tentei me distrair com as séries que baixei e deu certo. Ao meu lado estava um casal (ele de MG e ela de PE) e ele estava com tanto medo de voar que eu acabei me preocupando mais em acalmá-lo e acabei me esquecendo do meu desconforto.

O avião lentou voo ás 12:50hs, o ar condicionado passou a funcionar melhor, deixando a temperatura interna beeeeem mais agradável, mas um barulho bem alto passou a me incomodar. Isso é o que acontece quando a gente acaba se desacostumando com as coisas e 2 anos enfurnada dentro de casa não ajudou em nada. A verdade é que fazia tanto tempo que não voava que nem sabia mais o que era normal e o que não era.

Bem, cheguei no aeroporto às 14:50hs e o fato de a saída do avião ter sido escalonada foi uma idéia maravilhosa que me livrou de um dos meus maiores pânicos a bordo, que é quando todo mundo fica em pé, pegando suas malas e a porta ainda está fechada. Com essa nova idéia, a saída ficou super tranquila e eu infinitamente mais feliz. Logo encontrei meu irmão e minha cunhada e saímos a caça de um Uber. Logo descobrimos (e isso seria confirmado ao longo da viagem) que é beeeeem difícil pegar um Uber em Salvador.

Mas deu tudo certo, pegamos um motorista-piloto (os baianos correm demais), e como são 60km entre o aeroporto e o Hotel (na Barra), conseguimos ter um vislumbre da cidade, inclusive passamos na frente do Estádio Fonte Nova. Achamos a cidade de um modo geral bem parecida com São Paulo, além de limpa, com asfalto decente e bonita.

O hotel ficava na Barra, bem na viradinha já indo para a Sete de Setembro, subidona que nos leva ao centro da cidade. Rede Andrade Barra - R$ 1.937,00 – 6 noites o quarto para 3. O hotel em si era muito bom, muito bem localizado, com café da manhã, piscina, uma linda vista para o mar e boa acomodações de uma forma geral. Mas pecava na manutenção, na limpeza, havia apenas 1 elevador funcionando para muuuuuuuitos hospedes e limite de gente dentro deles, etc. O quarto era grande, mas apenas ok.

Acomodados, saímos para um giro pela região e fomos direto caminhar pela orla no final do dia. acabamos nos deparando com uma praia bem lotada, calçadão bem cheio, coco a R$ 2,50 e um lindo pôr do sol com o Farol da Barra ao fundo. Aliás, fiquei muito impressionada com a beleza do mar e do Farol da Barra a noite, todo majestoso e iluminado. Minha primeira impressão do lugar foi a melhor possível.

Jantamos camarão no Boteco do Caranguejo (um erro porque a porção era pequena e o valor foi bem alto comparado com nossas refeições seguintes). Mas estava gostoso e comer um peixinho com cerveja era tudo o que precisávamos depois de 2 anos inteiros de aflições dentro de casa. Lá pelas 21hs voltamos para o hotel e fomos descansar para estarmos preparados para o dia seguinte.