segunda-feira, 27 de março de 2017

TAG LITERÁRIA - MARÇO/2017 - A CÂMARA SANGRENTA E OUTRAS HISTÓRIAS

O livro da TAG desse mês de março chegou um pouco após o costume, lá pela metade do mês. E como vocês verão no post de Saldão de Livou demais. Mas, o fato é que A Câmara Sangrenta e Outras Histórias já foi lido e eu vou contar uros desse mês, me atrapalhei um pouco com as leituras, porque resolvi ler vários livros ao mesmo tempo e isso me atrasm pouquinho sobre esse apanhado de contos aqui para vocês.


A autora traz uma espécie de releitura dos contos de fadas que conhecemos nos dias de hoje – Gato de Botas, Alice no País das Maravilhas, Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, dentre outros – sob o aspecto da feminilidade. A mulher não aparece nesses contos como o sexo frágil, a mocinha indefesa ou a tolinha que é facilmente enganada, mas ela é apresentada como um ser humano, alguém com astúcia e, principalmente, desejo. A parte sexual desses contos é bem forte, em alguns deles, vou ser bem honesta, essa questão inclusive me pareceu meio sem contexto. No mais, são textos diferentes de uma autora a frente de seu tempo e que rompeu diversos paradigmas. 
O livro indicado pela escritora Marina Colasanti para o mês de março traz uma dezena de contos fantásticos, inspirados em histórias antigas que sobreviveram ao longo dos séculos e já receberam inúmeras adaptações. Neste caso, porém, não estamos falando de releituras, e sim de novas narrativas, com diferentes possibilidades e outra perspectiva: a da mulher. Já imaginou se a Bela e a Fera estivessem em iguais condições? Ou se Chapeuzinho Vermelho não temesse o lobo?
Na obra, a premiada autora britânica, conhecida por abordar temáticas subversivas, contrasta elementos tradicionais dos contos de fadas – que habitualmente descrevem personagens femininas como frágeis e desamparadas – com protagonistas fortes e impositivas. De forma inventiva, irreverente, por vezes perversa e obscura, deu vida nova a histórias cujos significados tradicionais já pareciam normatizados na nossa sociedade. Publicado no final da década de 70, o livro recebeu uma recebeu nova tradução e introdução, ambos de autoria da escritora Adriana Lisboa e exclusivos para a TAG.
Agora a minha opinião: eu li esse livro quase que obrigada. Salvo poucas exceções, achei esses contos chatos demais, a leitura cansativa, repetitiva e eu realmente achei que a autora se perdeu em alguns momentos na história, com vistas a enaltecer a mocinha. Esse meu desgosto não tem nada a ver com essa nova visão dos contos de fada sobre o aspecto feminino, porque acho a idéia em si genial. A execução é que não me agradou. Como eu disse, algumas histórias não têm nem pé nem cabeça e você nem sabe o que pensar sobre aquilo... Que venha o livro do mês que vem porque esse não rolou. 

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