O livro da TAG
desse mês de março chegou um pouco após o costume, lá pela metade do mês. E
como vocês verão no post de Saldão de Livou demais. Mas, o fato é que A Câmara Sangrenta e Outras Histórias já foi
lido e eu vou contar uros desse mês, me atrapalhei um pouco com as leituras, porque resolvi ler vários livros ao mesmo tempo e isso me atrasm pouquinho sobre esse apanhado de contos aqui para
vocês.
A autora traz
uma espécie de releitura dos contos de fadas que conhecemos nos dias de hoje –
Gato de Botas, Alice no País das Maravilhas, Branca de Neve, Chapeuzinho
Vermelho, dentre outros – sob o aspecto da feminilidade. A mulher não aparece
nesses contos como o sexo frágil, a mocinha indefesa ou a tolinha que é
facilmente enganada, mas ela é apresentada como um ser humano, alguém com
astúcia e, principalmente, desejo. A parte sexual desses contos é bem forte, em
alguns deles, vou ser bem honesta, essa questão inclusive me pareceu meio sem
contexto. No mais, são textos diferentes de uma autora a frente de seu tempo e
que rompeu diversos paradigmas.
O livro indicado pela escritora Marina Colasanti para o mês de março traz uma dezena de contos fantásticos, inspirados em histórias antigas que sobreviveram ao longo dos séculos e já receberam inúmeras adaptações. Neste caso, porém, não estamos falando de releituras, e sim de novas narrativas, com diferentes possibilidades e outra perspectiva: a da mulher. Já imaginou se a Bela e a Fera estivessem em iguais condições? Ou se Chapeuzinho Vermelho não temesse o lobo?
Na obra, a premiada autora britânica, conhecida por abordar temáticas subversivas, contrasta elementos tradicionais dos contos de fadas – que habitualmente descrevem personagens femininas como frágeis e desamparadas – com protagonistas fortes e impositivas. De forma inventiva, irreverente, por vezes perversa e obscura, deu vida nova a histórias cujos significados tradicionais já pareciam normatizados na nossa sociedade. Publicado no final da década de 70, o livro recebeu uma recebeu nova tradução e introdução, ambos de autoria da escritora Adriana Lisboa e exclusivos para a TAG.
Agora a minha opinião: eu
li esse livro quase que obrigada. Salvo poucas exceções, achei esses contos
chatos demais, a leitura cansativa, repetitiva e eu realmente achei que a
autora se perdeu em alguns momentos na história, com vistas a enaltecer a mocinha.
Esse meu desgosto não tem nada a ver com essa nova visão dos contos de fada
sobre o aspecto feminino, porque acho a idéia em si genial. A execução é que
não me agradou. Como eu disse, algumas histórias não têm nem pé nem cabeça e
você nem sabe o que pensar sobre aquilo... Que venha o livro do mês que vem
porque esse não rolou.
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