Eu nem estava com muita vontade de assistir a esse documentário, mas ele
estava disponível para dowload no Netflix e eu preciso de vídeos que possam ser
assistidos off-line quando estou na academia. No final das contas, gostei de
conhecer a história dessa pessoa tão incrível, mas achei o documentário um
pouco chato, cansativo... não sei, acho que o jeito como ele foi feito não
empolga muito.
Pois bem, Nina Simone nasceu no sul dos EUA e cresceu naquele período
ótimo (sqn) de segregação racial. Sua mãe trabalhava na igreja e desde pequena
ela foi colocada para tocar piano. Notando que a criança tinha talento, ela foi
enviada para aprender música clássica com uma senhora branca e, já adulta, Nina
era um sucesso no instrumento. Só que seu sonho de ser a primeira negra a tocar
música clássica mostrou-se um pouco longínquo na vida real e ela percebeu que
para se sustentar, teria de tocar em clubes e casas de show. E foi nesse
momento que ela também tomou conhecimento de que sua função era empolgar o
público com músicas modernas, além do fato de que teria também de cantar.
E foi assim que Nina se mostrou uma excelente cantora de jazz e fez
muito sucesso com seu piano. Casou-se com o homem que era seu produtor, tinha
uma banda incrível, muitos fãs, ganhava din din a rodo e o público a adorava. E
isso durou até que ela começou a se engajar muito fortemente nos movimentos a
favor da liberdade dos negros. Passou a compor apenas músicas de protestos, a
incomodar muita gente e, de certo modo, a incitar as pessoas a favor da
violência. Ela acreditava que a violência deveria ser combatida com a própria
violência e isso acabou afastando-a dos palcos, porque ninguém queria se
comprometer com uma pessoa desse tipo.
Paralelamente, Nina passou a ter problemas em casa, com o marido
violento e num momento de loucura e desgaste, ela deixou tudo para trás e foi
morar na África. Só que apesar de a vida no local ser ótima, confortável e
muito mais aprazível do que aquela que ela tinha nos EUA, lá ela não fazia
sucesso e, consequentemente, não ganhava dinheiro. Daí, ela foi à Europa tentar
novos shows, só que seu tempo havia passado, suas músicas de protesto já não
tinham mais contexto e as pessoas estavam em outra “vibe”. E foi aí que Nina
experimentou sua queda.
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