terça-feira, 31 de janeiro de 2017

SALDÃO DE LIVROS DO MÊS - JANEIRO

Acho que janeiro foi um mês bastante bom para as minhas leituras e eu espero que o ano prossiga dessa mesma forma. A meta – sempre – é superar a quantidade de livros lidos no ano anterior e eu realmente acho que eu vou conseguir. Vamos dar uma olhada no que eu li em janeiro? Ah, só esclarecendo, esse post é mais um apanhadão do que foi lido. Resenhas sobre cada um dos livros serão feitas em posts específicos, ok?


- Os Miseráveis (Vitor Hugo) – comecei o ano com esse calhamaço por duas razões: a) vou para a França esse ano e achei que o livro me ajudaria a entrar no clima (estava certa!); b) porque ele tem quase 2.000 páginas e as férias de janeiro me trariam mais tempo e, consequentemente, maior possibilidade de leitura num menor período. A conclusão se deu em 20 dias e o livro é apenas incrível!!

- A Montanha Mágica (Thomas Mann) – como eu já contei por aqui, esse livro vem me dando um trabalhão, porque ele tem uma leitura bem carregada, nada fluida e eu confesso que leio porque sou contra desistir de livros. Daí que, para conseguir atingir a meta de conclusão das quase 1000 páginas, me propus a ler cerca de 40 páginas por mês. Esse mês eu li umas 60, porque tinha deixado algumas do mês passado para trás.

- Cartas Extraordinárias (Shaun Usher) – eu comecei a ler esse livro no ano passado e a idéia era que eu fosse lendo devagarinho as cartas, um pouco por dia, saboreando o conteúdo de cada uma delas. Mas a verdade é que chegou um momento que eu fiquei com o saco cheio de ver aquele livrão lá na minha prateleira de “livros em andamento”. Daí, resolvi dar cabo dele!! Que livro incrível!!!!

- Vida e Proezas de Aléxis Zorbás (Nikos Kazantzákis) – esse foi o livro da TAG do mês e vocês já devem ter visto no post-resenha que eu não curti! Achei a leitura chata e o personagem principal absolutamente insuportável. Não consigo lidar com um livro em que a mulher é tratada como um objeto de prazer, apenas e tão somente. No mais, a leitura foi concluída rapidamente.

- O Sol é para todos (Harper Lee) – esse era um livro que eu gostaria de ler em janeiro, mas que eu não sabia se conseguiria. E deu certo!!! Não queria lê-lo junto com os Miseráveis ou com Zorbás, e por isso eu comecei sua leitura somente no final do mês. Só digo uma coisa: um dos melhores livros que já li na vida!

Muito bem, todas as metas foram cumpridas, lembrando que Os Miseráveis e O Sol é para Todos estavam na meta de livros para 2017. Ao todo, foram 4 livros e um trecho, sendo que um deles é um belo dum calhamaço gigante! Mês que vem, já adianto, teremos mais um trecho dA Montanha Mágica, além do livro da TAG, que ainda não chegou, e eu pretendo ler, pelo menos, mais 2 livros que estão parados na minha estante. Os livros que estão nesse post terão resenhas que aparecerão por aqui em breve, ok? Vamos ver como as leituras vão fluir. Até lá.

PRODUTOS ACABADOS DO MÊS - JANEIRO

E o primeiro mês de 2017 se foi e com ele, alguns produtinhos que estavam em uso. Não foi tão maravilhoso quanto o mês passado, mas teremos itens de cabelo, de corpo e de rosto. Vamos dar uma olhada?

1. Rituals Ginkgo´s Secret Hand Balm - esse produto já teve post próprio aqui no blog, veio comigo da Alemanha, mas ele é vendido aqui no Brasil dentro das lojas da Rituals. Ele não é barato e não tem um cheiro muito democrático, é um pouquinho forte. Mas a minha opinião é que ele é o melhor hidratante de mãos que existe. Não conheço nenhum outro capaz de hidratar tanto sem melecar e ainda deixar as mãos com uma sensação tão gostosa. 

2. Orofluido Mask - esse produto estava bem na hora de acabar porque já deve estar vencido. Veio comigo de NY em 2014 e ele é muito ótimo para usar uma vez por semana, naquele banho mais caprichado e demorado de domingo, quando queremos um tempinho para nós. Ele deixa o cabelo bem hidratado e tem um cheirinho muito gostoso. 

3. Orofluido Shampoo - mesma linha do produto acima e comprado junto. Sou completamente apaixonada por esse shampoo porque eu acho que ele tem um cheiro mais forte e mais concentrado do que a máscara e deixa o cabelo muito cheiroso. A máscara eu acho que não compraria novamente, mas o shampoo vai deixar saudade. Uma pena que não é tão fácil de achar essa marca aqui no Brasil.

4. Neutrogena Deep Clean Grapefruit - eu adoro esse sabonete de rosto, ele é super fácil de achar em farmácias e  supermercados e ainda é baratinho. Muita coisa boa junta num mesmo produto, não é mesmo? Ele tem um cheirinho gostoso e já devo ter usado mais de 10 bisnagas. Esse mês que vai entrar eu devo comprar o sabonete da Vichy ou da La Roche, que foram recomendados pela minha dermato. 

5. Tenyspé Baruel - eu ganhei esse hidratante de pé em uma das corridas feitas no ano passado e amei!!! Ele tem uma textura incrível, super boa e o melhor de tudo: um cheirinho delícia de lavanda. Gente, tudo que vai lavanda me ganha na mesma hora! Uma pena que acabou, vou ver se consigo repor. 

6. Clinique 7 Day Scrub Cream - esse produto veio comigo numa das trocas de pontuação feitas na Sephora. Fiz post sobre ele também. Ele é um dos meus esfoliantes favoritos porque combina cheirinho bom com textura incrível (daquelas que não machucam, mas que você sente trabalhando) e ainda deixa a pele hidratada. Só não vou investir em outro porque fiz isso com o próximo item.

7. Vichy Normaderm 3 em 1 - ganhei esse sachê da minha dermato e apenas amei!!! Esse produto é um esfoliante, mas também é uma máscara. Você passa na pele limpa e fica com ele uns 20 minutos, depois você vai tirando com água aos poucos e fazendo trabalho de esfoliação. O cheiro é divino, a esfoliação é divina e ele deixa a pele muito gostosa. Investi numa unidade e vou fazer post completo logo mais. 

8. Bioderma Sébium H2O - também é uma amostrinha que veio comigo da dermato. Trata-se de uma água miscelar específica para peles oleosas e acneicas. Ela limpa, demaquila e acalma. Quanto a esse segundo aspecto, eu discordo, porque não acho quer água miscelar não demaquila nada. No mais, produto bem levinho e gostoso. Só não vou comprar um porque estou usando o da L´Oreal. A ideia é trazer da França, onde é mais barato e eu acho co m maior abundância. 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

LIVRO - BELGRAVIA

Li esse livro no ano passado, mas esqueci de resenhar! Belgravia, é um best seller e é de Julian Fellowes. Confesso que comecei a ler o livro por duas razões: a primeira delas é porque a história é ambientada na primeira metade do século XIX e o enredo me parecia bacana e a segunda é porque o autor nada mais é do que o criador de Dowtown Abbey, uma das minhas séries favoritas de todos os tempos. 

Eu não tenho o livro físico, li online, mas a capa é tão linda que eu certamente o teria trazido para casa se tivesse me deparado com ele numa livraria. Enfim, tudo conspirava a favor e eu estava com altas expectativas para esse livro. Mas, confesso que não amei a história, achei previsível demais. Enfim, vamos lá. Ah, já aviso que não tem spoillers, mas eu mergulho um pouco mais profundamente na história.


A trama é ambientada, de início, na Bélgica, na época da Batalha de Waterloo e as invasões Napoleônicas, e nos traz a conhecimento duas famílias. A primeira delas é a Trenchard, dotada de pessoas honestas, de posses, com dinheiro, mas da classe dos comerciantes, o que significa que, para os costumes da época, jamais poderiam se misturar à nobreza e frequentar o mesmo ambiente. De outro lado, há os Belassis-Brockenhursts, que são uma família ainda mais rica, só que com a diferença de que são da mais alta nobreza e tradição, com um grande status a sustentar. Mas, como em Romeu e Julieta e tantas outras histórias por aí, adivinhem!! Sim, Sophia Trenchard e Edmund Belassis se apaixonam e concebem um herdeiro em segredo. Ambos morrem, por questões distintas e o tal herdeiro é enviado para uma família de párocos. Essa é a primeira parte do livro, sem grandes surpresas. 

Os anos passam e ambas as famílias sentem aquele vazio de não terem mais seus respectivos filhos aos seus lados. E num momento de fraqueza, Anne, a mãe de Sophia, conta à Caroline, mãe de Edmund, que ela tem um neto. E esse neto, Charles Pope, é um rapaz ótimo, trabalhador, inteligente, super bem sucedido, não fosse o fato de ser um bastardo e de não ter um título. Daí. secretamente, seus avós irão ajudá-lo, investindo pesado em seu trabalho, como uma forma de compensar os anos passados e também, de manter contato com o rapaz. 

E a história vai se desenvolvendo dessa forma. Só que há algumas situações que irão conflitar ao longo do livro, como as posições dos personagens, as classes sociais que não podem se misturar, apesar de terem sido com a concepção de Charles Pope. Há também as personagens secundárias que tentarão descobrir o segredo que guardam essas famílias, pessoas que têm interesse em destruir essa magia... enfim, há muitos elementos interessantes. O único problema que eu achei é que realmente é tudo muito previsível e eu acho que poderia ser mais legal se rolassem elementos surpresas ao longo da trama!

Abaixo, um trecho do comecinho do livro que gostei bastante:

“O passado, como já foi dito tantas vezes, é um país estrangeiro no qual as coisas eram feitas de forma diferente. Isso pode serverdade — de fato, evidentemente é verdade quando se trata de moral ou de costumes, do papel das mulheres, do governo aristocrático e de um milhão de outros elementos de nossa vida diária. Mas também há semelhanças. A ambição, a inveja, araiva, a avareza, a bondade, o altruísmo e, sobretudo, o amor sempre foram e sempre serão poderosos a ponto de motivaras nossas escolhas. “

domingo, 29 de janeiro de 2017

TAG LITERÁRIA - JANEIRO/2017 - VIDA E PROEZAS DE ALÉXIS ZORBÁS - NIKOS KAZANTZÁKIS

Meu segundo livro da TAG teve como curador o incrível Patch Adams, o grande inventor da Alegria que revolucionou o tratamento dos enfermos com o simples uso da positividade e da diversão. E o box enviado é apenas lindo, exclusivo e muito colecionável. Estou realmente muito contente com essa assinatura e todo mês fico ansiosa pela vinda do próximo volume.

Pois bem, o autor do livro deste mês é o grego Kazantzákis, indicado 9 vezes ao Prêmio Nobel da Literatura. E o livro foi adaptado para o cinema no clássico Zorba, o Grego. Abaixo, a sinopse do livro fornecida pela TAG:

Publicado logo após a Segunda Guerra Mundial, o livro indicado por Patch Adams é o relato em primeira pessoa de um intelectual frustrado por ter levado uma vida até então totalmente dedicada aos livros e à escrita. Provocado por um velho amigo, decide lançar-se em uma viagem para explorar uma mina na ilha de Creta, a fim de conviver com homens simples, operários e camponeses. Enquanto espera o navio que o levaria à ilha, conhece um senhor vibrante, primitivo; sua linguagem é simples, e quando as palavras não são suficientes, é através da música e da dança que se expressa. Com uma narrativa ora bem-humorada, ora dramática, o autor grego, indicado nove vezes ao Prêmio Nobel de Literatura, celebra a amizade, a liberdade, expressa angústias e sua visão de mundo. Por esta obra, teve sua presença consolidada entre os grandes autores do século XX.
Bom, antes de mais nada, tenho que dizer que eu resolvi começar o ano lendo Os Miseráveis, de Victor Hugo, que é apenas um livro de 2.000 páginas. Ou seja, eu acabei lendo o livro da TAG junto com ele, senão não teria tempo hábil de concretizar a leitura antes do final do mês. E o que aconteceu no final das contas é que, inevitavelmente, eu acabei comparando Zorbás não só com Os Miseráveis – que apenas num mini spoiller, é apenas um dos melhores e mais deliciosos livros que já li na vida -, como com o livro da TAG do mês passado que foi incrível.

Em outras palavras não, eu não curti muito o livro e não indicaria. E as razões são duas. Na primeira delas, eu achei a história chata e cansativa, o personagem principal, apesar de trazer alguns ensinamentos importantes como a própria mensagem defendida pelo Patch Adams de alegria, positividade e esperança, é forçado demais. Ele me lembrou um pouco aqueles personagens malucos de desenhos infantis que ficam saltitando e dançando e não dizem nada com nada, sabe?? Sei lá, a leitura foi carregada, não era um livro que eu tinha vontade de pegar para ler.
E a segunda razão é que esse mesmo personagem é extremamente machista!!!!! Eu entendo que o período em que o autor viveu – primeira metade do século XX -, era diferente dos tempos atuais e ele tinha uma outra visão de mundo, mas eu realmente achei insuportável passar por alguns trechos. Sabe, sei lá, enquanto eu lia um autor do século XIX que tem a capacidade de criar páginas e páginas com o conteúdo mais maravilhoso que eu já li (um beijo Vitão!!), o outro livro apenas tem a mulher como um objeto, como uma fonte de prazer, sem qualquer outra função dentro da sociedade. Não dá pra amar um livro desses, desculpa! Senti nojo.
No mais – nem falei sobre a história, rs - o livro nos apresenta à Aléxis Zorbás, que é um cinquentão/sessentão super excêntrico, divertido e que não vê reveses na vida. E esse maluco conhece o narrador, que é apenas indicado como “patrão” - não conhecemos seu nome - e passa a se submeter aos seus préstimos. Só que, na verdade, quem vai ganhar muito com isso é o patrão, com a presença mágica desse cidadão doido e cheio de histórias e peripércias para contar. O “patrão” vai passar a ver a vida com outros olhos, dar um novo sentido à sua própria existência depois do convívio com Zorbás.
Mês que vem eu volto para fazer a minha declaração de amor aos Miseráveis! AAAAAAAAAAAAh, que amor de livro!!!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

LIVRO - LARANJA MECÂNICA

Feriadão aqui em Sampa e eu trabalhando! Mas é um ótimo dia para falarmos de um livro bastante conhecido, bastante pesado e que tem um filme homônimo maravilhoso dirigido pelo mais maravilhoso ainda: Stanley Kubrick. Foi a primeira vez que li um livro após assistir ao filme e não o caminho contrário. E até fiquei um pouco apreensiva porque eu simplesmente sou apaixonada pelo filme e eu fiquei curiosa para saber qual seria a minha reação.

E na verdade, o que eu posso dizer é que ambos são iguais e diferentes. Deu para entender, rs??? A verdade é que eu gostei muito do livro também e acho que é porque eu o enxerguei de uma outra forma. Vejamos. 

Primeiro, vamos falar um pouco sobre o autor e a publicação desta história. Anthony Burgess havia recebido uma sentença de morte de seu médico quando resolveu escrever esse livro. Ele havia sido diagnosticado com um câncer que lhe renderia poucos meses. Só que ele não morreu! Por contra de seu suposto pouco tempo de vida ou não, Burgees resolveu escrever uma história que fosse emblemática, que chocasse os leitores, causasse estranhamento. Veja que Laranja Mecânica foi escrita em 1962, época em que começavam a surgir as gangues lá na Inglaterra, época em que a juventude começava a se "rebelar" e buscar uma identidade. 

"(...) Laranja Mecânica tem duas características que tornam a sua narrativa mais rica e complexa: a primeira é que, embora ambientada numa Inglaterra futurista inexistente, seus elementos de extrapolação são mais próximos do mundo real que as visões de Orwell (um mundo inteiramente dominado pelo comunismo totalitário de linha stalinista) e Huxley (uma sociedade perfeitamente  mantida à base de manipulação genética e drogas, mas que exclui e condena à miséria quem não se adapta ao sistema). Ao extrapolar elementos específicos da sociedade, como gangues e o sistema penitenciário, em vez de propor uma alteração completa na sociedade, Burgess torna o universo de laranja Mecânica mais reconhecível para o leitor - e mais próximo da realidade. Afinal, a violência está cada vez mais próxima de nós no cotidiano." (Prefácio)

E dentro desse contexto, Anthony Burgees criou um ambiente absolutamente assustador (ou horrorshow como diria o protagonista) em que a sociedade se via absolutamente constrangida por gangues de todos os tipos, absolutamente violentas e terríveis. E as maldades descritas no livro mexeram com o imaginário do período, de modo que o autor conseguiu alcançar o seu objetivo de chocar. Hoje, infelizmente, as atividades ali descritas não chocam tanto, porque a violência é bastante comum no nosso dia a dia. Mas vou falar a vocês que ainda é um livro bem difícil de digerir. 

Pois bem, ele é narrado em primeira pessoa pelo Alex, um cara de 16 anos que chefia uma gangue composta por outros 3 membros. O objetivo dos caras é sair na night e, basicamente, roubar, beber e provocar pânico. O pânico vem de diversas formas, sendo simplesmente agressão gratuita, mas do tipo bem séria e pesada, até estupro e morte. Não há limites para os "drugues". E a primeira parte do livro vai descrever todas as empreitadas da trupe e você vai, por vezes, ficar até um pouco enjoado. 

Na segunda parte - epa, aqui talvez algumas pessoas queiram parar porque eu vou pincelar os acontecimentos - vamos descobrir como foi a vida do narrador dentro da prisão. Sim, minha gente, porque ele é pego em um determinado momento. E também vamos ver como ele se tornou apto a se tornar cobaia de um experimento tenso chamado Técnica Ludovido, em que o infrator é submetido a sessões de tortura com vistas a sua própria cura. 

Por fim, e após, ter sido submetido ao procedimento, Alex é solto e quando se vê novamente nas ruas, percebe que as coisas realmente mudaram, que ele próprio mudou, mas que outras coisas ficam para sempre. E eu quero finalizar esse post muito horrorshow trazendo um trechinho do livro, só para vocês sentirem a linguagem de gangue utilizada pelo narrador, que é incrível e dá todo um toque especial a história: 

"Então nós sluchamos as sirenes e percebemos que os miliquinhas estavam chegando com pushkas despontando prontinhas das janelas dos autos de polícia. Sem dúvida aquela devotchka chorona havia contado a eles, porque havia uma caixa para chamar os rozas que não ficava muito longe da Usina de Força do Muni - pega-vos-ei em breve, não temei - eu gritei - bodinho fedorento. Vou arrancar seus yarblis lindamente." (pág. 19)

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

FILME ORANGES AND SUNSHINE

Nossa, que filme pesado!!!! Assisti no Netflix - claro! - por uma recomendação de algum site em que indicava bons filmes. É fato verídico e acho que isso sempre dá uma apimentada na película e faz com que os sentimentos se aflorem. 

Pois bem, na Inglaterra da década de 80, uma assistente social, que possui um grupo de ajuda para adultos adotados se depara com uma descoberta alarmante: a partir dos anos 40 - e pasmem, até meados da década de 1970 -, crianças órfãs ou não, de idades entre 3 e 10 anos, eram deportadas de navio para a Austrália. A questão, todavia, é muito pior do que parece. Em primeiro lugar, porque essas crianças nem sempre eram órfãs, haviam muitas que estavam por lá enquanto a situação da família não melhorava ou enquanto mães solteiras procuravam uma solução para a sua condição. Segundo porque elas eram enviadas sozinhas, sem autorização, sem ninguém que cuidasse delas, sem explicação, nada. E muitas vezes, irmãos eram separados nesse processo. 

E a terceira e pior parte é que essas crianças não tinham como destino um lar, uma família ou uma situação melhor do que aquela que possuíam nos orfanatos na Inglaterra. Ao contrário, elas eram enviadas a lugares com condições similares a de campos de concentração, com trabalhos forçados e pesados, sem roupas ou alimentação apropriadas e o pior, muitos deles relatam casos de estupro. Ou seja, praticamente ontem o mundo convivia com essa situação e nem sabia, porque foi ocultada de tudo e de todos. Era um acordo realizado entre os governos de ambos os países e com a autorização dos orfanatos religiosos. 

Nesse contexto e absolutamente apavorada com o que via, Margaret Humphreys (Emily Watson), a assistente social, com a ajuda de seu marido, alguns amigos e do próprio sistema assistencial, coloca a boca no trombone, trazendo à tona esse caso assustador, cobrando a responsabilidade dos governos e instituições, ao mesmo tempo que abrindo mão de sua vida em prol de ajudar essas pessoas a conectarem-se com seus passados, descobrirem que realmente são e, em alguns casos, retomarem contato com suas verdadeiras famílias. Filmão!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

MAYBELLINE BROW DRAMA EXPRES´SOBRANCELHAS - CASTANHO MÉDIO - REVIEW

Post rápido e com poucas fotos só para falar desse achadinho de farmácia que me tem sido tão querido ultimamente. Sei que não é essa a ideia, mas aqueles corners de maquiagens e cosméticos que encontramos nas farmácias fazem meus olhos brilharem e eu sempre dou uma olhadinha, mesmo que não queira comprar. As vezes não funciona e eu acabo trazendo alguma coisa para casa, rs!! E foi esse o caso. 

Só que a ideia inicial não era usar esse lápis de sobrancelha na sobrancelha - sim, parece coisa de gente louca. Eu amei a cor e achei que ele poderia super funcionar como lápis de olho mesmo. Mas estava errada porque esses produtos para sobrancelha têm uma textura mais seca e não servem para os olhos. Daí que, como o plano não funcionou, tive que usar o lápis de sobrancelha na sobrancelha, rs! E posso falar? Amei! 

Apesar dele ser mais gordinho, o que dificulta um pouco no quesito precisão, ele tem uma cor muito boa e um traço bem suave, que acaba deixando a sobrancelha bem preenchida, mas com um aspecto bem natural. Se tem uma coisa que eu acho feio é sobrancelha marcada demais e com aquele ar artificial, como as gringas costuma fazer. E esse produto funciona exatamente de forma oposta.

O mais legal é que ele é baratinho, custa entre R$ 20,00 e R$ 30,00, é encontrado em qualquer farmácia e está disponível em três diferentes cores, a minha é a castanho médio. Se eu tivesse que fazer uma única crítica seria sobre a durabilidade, que não é tão incrível. 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

LIVRO - SOCO NA CARA

Mais um livro devorado. Esse não foi consumido na Black Friday, mas numa banca do Shopping Center 3 na Paulista por R$ 10,00! Eu me empolgo com os preços e acabo comprando uma porção de coisas. Nunca havia ouvido falar desse título, nem sabia do que se tratava quando trouxe comigo pra casa, mas o nome do autor bastava pra mim! Sir Arthur Conan Doyle é apenas o criador de Sherlock Holmes, o detetive mais famoso de todos os tempos. O autor, a exemplo de outros grandes da literatura mundial, viveu na segunda metade do XIX, época tão rica à literatura.

A história em si, confesso, não é lá grande coisa. Não é um livro que eu vou guardar na prateleira com amor, recomendar aos amigos ou querer reler em outro momento. Mas, a linguagem de Sir Arthur é muito gostosa. E isso torna a leitura absolutamente fluida e agradável. E o que também me chamou atenção é que ele contextualiza muito bem a história do livro e seus personagens - muitos deles históricos -, os costumes da época e nos traz um panorama de como viviam as pessoas naquele período. Isso é muito enriquecedor.
"Hoje, 1º de janeiro de 1851, o século XIX chega à metade, e entre nós que fomos jovem como ele, um bom número já recebeu avisos que nos alertam para o fato de termos sido marcados pelo tempo. Nós, os mais velhos, de cabeças grisalhas, nos reunimos para conversar sobre os dias passados; mas, quando é com nossos filhos que falamos, sentimos muita dificuldade em fazer com que nos compreendam. Nós e nossos pais antes de nós vivemos vidas bem parecidas. Nossos filhos, no entanto, com suas locomotivas e barcos a vapor, pertencem a uma época diferente. É verdade que podemos colocar-lhes nas mãos livros de história para que possam ler sobre nossas lutas de 22 anos contra aquele grande vilão. Podem aprender como a liberdade foi expulsa do vasto continente, como Nelson derramou seu sangue, como o pobre Pitt teve o coração partido em seus esforços para impedir que essa mesma Liberdade nos deixasse para se refugiar no outro lado do Atlântico. Nossos filhos podem ler a respeito de tudo isso, sobre a data de determinado tratado ou de uma batalha específica, mas não sei onde encontrarão detalhes sobre nós, onde poderão se informar sobre o tipo de gente que fomos, sobre a vida que tivemos, sobre como o mundo era percebido por nossos olhos quando éramos jovens como eles são agora." (achei tão bonito isso!!!)
O livro é narrado por Rodney, um rapaz que vive com seus pais no interior da Inglaterra. Seu pai é um importante oficial da marinha e quase nunca fica em casa e apesar dos modos simples em que vive com sua mãe, é uma criatura muito esperta e educada. Seu melhor amigo é Boy Jim, sobrinho do ferreiro e poucos anos mais velho que o narrador. O ferreiro, por sua vez, é ninguém menos que Champion Harrison, um dos maiores pugilistas que se tem conhecimento na Inglaterra e que, no momento, encontra-se aposentado.
Pois bem. Em Friar´s Oak, local onde mencionados personagens vivem, há uma mansão muito imponente - Cliffe Royal -, mas que se encontra abandonada e todos acreditam ser assombrada. Naquele local, numa noite qualquer, quatro amigos nobres, dentre eles o dono da casa, Lord Avon, e Charles Tregellis, o tio almofadinha do Rodney, jogavam cartas. Todos perderam tudo, numa maré de azar em todas as jogadas, a não ser o Capitão Barrington que, coincidentemente e misteriosamente, aparece morto na manhã seguinte. O maior suspeito é seu próprio irmão e dono da casa, Lorde Avon, o qual, igualmente desaparece, deixando a mansão ao relento.
Daí que, quando você acha que o livro será sobre esse crime misterioso, você se engana. Essa história fica reservada e a leitura parte para um outro contexto, no qual tomaremos conhecimento acerca das práticas de pugilismo na Inglaterra daquele período, como eram as regras, como os nobres se envolviam, como eram as apostas, os grandes figurões do momento... Enfim, eu senti como se houvessem duas histórias completamente diferentes, sendo que a questão do crime na mansão apenas é apresentada no início e retomada no final. O que existe entre as duas histórias distintas é apenas e tão somente a coincidência de personagens. Acho que se o autor houvesse misturado melhor os dois contextos ou se houvesse escrito dois livros diferentes, daria mais samba!
"Eu a amei quando jovem e eu a amo agora, velhinha; e quando ela se for levará consigo algo que nada no mundo pode substituir. Você que lê esse relato pode ter muitos amigos, você pode se casar mais de uma vez, mas o fato é que sua mãe é a primeira e última amiga. Cuide bem dela enquanto pode, pois chegará o dia em que toda atitude mal pensada e toda palavra descuidada retornarão com seus espinhos para se cravarem no seu coração." (outro trecho lindo!)

MAKE MAKE MAKE



terça-feira, 17 de janeiro de 2017

VIAGEM - PRÓXIMO DESTINO - MÊS A MÊS

Eu nem sei em que mês eu parei de falar sobre a minha próxima viagem. Faz um tempão que não falo dela por aqui e por isso, resolvi pular a questão do mês. A verdade é que eu vou realmente começar a pisar fundo e avançar na minha viagem agora em 2017, quando as coisas começam a acalmar e a trip a se aproximar. Tenho pouco mais de 7 meses pela frente e eu estou tentando fazer um calendário de "providências a serem tomadas em cada mês". Não sei se vou conseguir, mas pelo menos será um norte pra mim. 

Nesse mês de janeiro o que eu pretendo fazer - se der certo - é renovar meu passaporte que vencerá agora em fevereiro. O procedimento não é rápido nem barato, mas acho que vou dar cabo. Enquanto isso, que eu tenho feito com afinco é mergulhado no meu roteiro. Vou dizer que o meu projeto está bem avançado e eu acho que o que vou ter de fazer daqui para frente é apenas aprimorá-lo. Pretendo fixar base em Paris e de lá, explorar a cidade e os arredores. Serão várias cidades próximas que serão visitadas de trem, num bate e volta diário. Algumas delas, pelo que já andei me informando, terão de ser feitas num esquema meio que "excursão", numa vibe parecida com a que eu fiz em Füssen - post aqui

Esses passeios contratados - a Viator é bem boa nisso - têm uns pacotes que consistem em te levar de buso até algum lugar - com guia que vai explicando o local e fazendo interrupções durante o caminho - e lá, você tem X horas para explorar e depois voltar. Eles te compram o ticket do castelo, por exemplo, evitando esse perrengue e o risco de não ter mais vaga  e você fica tranquila por lá. Então é uma excursão que te facilita a locomoção, mas a verdade é que você fica bem livre no local, sem amarras. Não aconselho isso para todos os passeios, mas para aqueles que têm "transporte-perrengue". E de quebra, você acaba conhecendo pessoas e conversando com alguém, o que é sempre bem-vindo quando você viaja sozinho. A princípio, farei isso quando for ao Vale do Loire e ao Mont Saint-Michel.

Então, por enquanto eu estou nessa de roteiro e pesquisa de lugares a serem visitados. Mês que vem pretendo já reservar o hotel. Vamos conversando. 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

LIVRO - HIROSHIMA

Eu não se quanto a vocês, mas eu considero o ataque da bomba atômica às cidades de Hiroshima e Nagasaki um dos mais atrozes, mais terríveis atos que temos conhecimento. Todo tipo de assassinato, com ou sem contexto, estando os países em guerra ou não são, claro, terríveis e eu tenho todo o repúdio por eles.
Mas acho que o fato de civis terem sido assaltados por uma situação jamais vista, jamais imaginada e cujas consequências eram, até então, desconhecidas, me causa uma repugnância muito grande. E não me venha com essa de “está na chuva é para se molhar”, porque essas pessoas comuns, esses trabalhadores só queriam viver suas vidas, que lhes foram brutalmente tiradas depois daquele fatídico dia.

Bem, como sabemos, após as bombas, o Japão se rendeu e a guerra por lá acabou. Também, pudera!! Enquanto isso, do outro lado do Pacífico, americanos comemoravam a rendição e a vitória. Mas, será que eles tinham conhecimento sobre o que realmente havia acontecido naquelas cidades e a que custo a batalha havia sido vencida?

Claro que não! As informações não eram claras, não havia muita ciência acerca daquele material que havia sido jogado e, principalmente, do sofrimento daquelas pessoas. E foi nesse contexto que o jornalista John Hersey, um americano, resolveu entrevistar alguns sobreviventes da bomba de Hiroshima e trazer à tona suas histórias.
"Sim, o povo de Hiroshima morreu bravamente no bombardeio atômico, acreditando que morria pelo imperador."
"Como cristão, compadecia-se daqueles que estavam soterrados; como japonês, não suportava a vergonha de ter sido poupado."
O intuito era mostrar aos americanos que aquelas pessoas que estavam lá em Hiroshima e foram atingidas, eram seres humanos, trabalhadores de todos os tipos, idades e classes sociais tais como os americanos. Não eram monstros como pintado pelos políticos, pelos militares. Eram pessoas! E essas pessoas penaram muito após o advento da bomba, viram coisas horríveis, perderam amigos, parentes, suas casas, suas vidas.
Ao todo, o autor entrevistou 6 pessoas logo após a bomba e traçou um paralelo entre a vida que levavam e como estavam lidando com a situação, incluindo o aparecimento de sintomas absolutamente desconhecidos pelos médicos, que depois souberam ser oriundos da exposição à radiação.

Os depoimentos são tocantes e quase vivemos o momento através de suas visões, de suas histórias terríveis sobre aquele terror único. A sensação de impotência, as perguntas não respondidas e o questionamento do porquê aquilo estava acontecendo. É lindo, é tocante, é tudo!!!! E na segunda parte do livro, John Hersey volta ao Japão 40 anos após a queda da bomba e entrevista essas mesmas pessoas, nos trazendo um panorama de como ficaram suas vidas, de como elas se viraram após aquele fatídico dia.

Olha, que livro!!!! A primeira parte foi um artigo publicado numa revista norte americana e o autor ganhou um Pullitzer por ele.  
Ainda que a Collier's Weekly havia previamente publicado um relato do bombardeio, os editores da The New Yorker reconheceram o impacto que o artigo teria por oferecer uma face humana para as vítimas, e reservaram uma edição inteira de Agosto para a publicação, apesar de as quatro partes terem sido pensadas para serem publicadas em edições separadas. Não houve nenhum outros artigos e nenhum dos característicos cartuns típicos da revista. Os leitores, que nunca haviam sido expostos aos horrores da guerra nuclear através da perspectica daqueles que teriam vivido isto, foram rápidos em adquirir cópias da revista, e a edição esgotou-se em apenas poucas horas. O artigo foi narrado por completo através de rádio, e discutido por jornais. Logo após sua publicação, o Clube do Livro americano imprimiu uma edição como livro e o distribuiu gratuitamente para seus membros. “(Wikipedia)

sábado, 14 de janeiro de 2017

BASE REVLON COLORSTAY - COMBINATION/OILY SKIN - REVIEW

Na minha última viagem, à Argentina, saí do Brasil decidida a consumir uma base no Duty Free. Eu não sou uma pessoa de base, vocês sabem, prefiro um BB Cream ou algo mais leve - apesar dos meus melasmas - mas eu achava que estava precisando ter uma base no meu organizador para eventos noturnos ou mais festivos.

Daí, resolvi que precisava ser algo leve, mas com boa cobertura e que não contribuisse ainda mais com a oleosidade natural da minha pele. E a ideia era comprar uma base Bourjois, da linha Healthy Mix, porque já havia experimentado e lembro de ter gostado bastante. 

Só que no Duty Free, tanto no da ida aqui no Brasil, quanto o de Ezeiza da volta - que é espetacular - todas as bases da Bourjois estavam abertas e danificadas. Sabe quando o povo ignora que existe uma que é tester e resolve abrir todas? Pois é. E para completar, não tinha da minha cor. Daí eu desisti. Só que ainda queria uma base e foi quando me deparei com o stand da Revlon e com a palavra "Combination/Oily" (tá, são duas palavras!!!!) E quando experimentei na pele, a sensação foi boa. Depois de hesitar, resolvi levar e não me arrependi!!!

A base é tão ótima que eu tenho usado diariamente desde então. Ela tem uma textura muito boa, que não pesa e realmente é ótima para quem tem pele oleosa. Não sinto o meu rosto empapado no meio do dia e ela dá um viço bonito, sabe? Não é daquelas bases que deixam a pela super matificada, a cobertura é bem natural, do jeito que eu gosto. E ela tem esse sistema de pump que é bem bom para controlar a saída do produto.  

De acordo com a marca, ela conta ainda com FPS 15, 30 ml de produto e dura até 24hs. A minha cor é a Fresh Beige, mas ela também está disponível em outras duas cores, uma mais clara e outra mais escura. Eu notei que os nomes das cores aqui no Brasil são diferentes. O preço é bem bom também, pague algo em torno de $20,00 e aqui no Brasil você encontra nas farmácias por R$ 89 -R$ 100,00.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

AGATHA CHRISTIE – LIVRO – UM CORPO NA BIBLIOTECA

Outro livro de Agatha Christie e esse eu não havia lido. Ele é de 1942 e a detetive envolvida, ainda que apenas nas entrelinhas, é a querida Miss Marple. Li online e em apenas 2 dias. Trata-se de uma história bem curta, sem muitos floreios, super envolvente e, como sempre, o assassino nunca é quem imaginamos!!!! E sigo no desafio dos livros da Miss Christie!!! Vejamos a sinopse que traz o próprio livro: 

Membros respeitáveis da comunidade de Saint Mary Mead, o Coronel Bantry e a mulher descobrem certa manhã, na biblioteca de casa, o corpo de uma jovem, morta por estrangulamento. A polícia é chamada, mas quem se dedica a descobrir a identidade da desconhecida e identificar o criminoso é a simpática vizinha dos Bantry, a solteirona Miss Marple. Detetive amadora com um faro apurado para mistérios, ela segue a pista do estrangulador, que depois de assassinar outra mulher, é atraído para uma armadilha ousada e extremamente arriscada.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

FILME - SUITE FRANÇAISE

Que filme bonitinho!!!! Está disponível no Netflix e se passa logo no início da Segunda Grande Guerra, quando a França, já rendida, passa a receber soldados alemães em seu território. O filme, especificamente, se passa em Boisse, interior da França, local super fofinho, bem medieval, com fazendas, casas bonitas e imensas. Num primeiro momento, a gente vê que o pessoal de Paris começa a fugir para o interior do país, rolando um imenso êxodo, com pessoas famintas e sem ter para onde ir. E depois, chegam os tais alemães. 

A protagonista é Lucille (Michelle Williams), uma mocinha recém casada que mora com sua sogra (Kristin Scott Thomas) na melhor casa da cidade. Inclusive grande parte das fazendas e casinhas do local são seus inquilinos. O marido foi para a guerra e há muito não se tem notícia dele, a sogra é uma megera e Lucille é submissa e recatada.
Até que eles se vêem na condição de receber o Tenente Bruno von Falk (Matthias Schoenaearts), que apesar de ser um estranho na casa e um oficial inimigo, é um amor de pessoa. Ele tem um coração, ele não é do tipo bruto, violento, nem nada. Lucille vê nesse oficial alguém que ela poderia ter facilmente se apaixonado em outras condições e até mesmo ter se casado. E sim, eles se apaixonam.


A questão, porém, é que a guerra está na porta das casas dessas pessoas e o que acontece é que Lucille terá de fazer coisas em defesa de seu povo e Bruno terá de fazer o mesmo por ordens de seus comandantes, de modo que suas vidas e o amor que sentem um pelo outro sempre estarão em conflito. O filme é lindo e eu não vou contar mais nada por aqui, para não trazer spoillers. 

sábado, 7 de janeiro de 2017

LIVRO - ASSOMBRAÇÃO NA CASA DA COLINA

Livro rapidinho de ser lido por várias razões: a primeira delas é porque ele é realmente curto e a segunda, porque ele é envolvente e você não consegue parar de lê-lo. Eu o devorei em apenas dois dias e devo dizer que gostei muito. Ele é sim um livro de terror, como o próprio nome sugere, mas não é terror de monstros ou de coisas absurdas e fantásticas. De certa forma, ele é sutil, delicado e sugestionável. É daqueles livros que você nunca tem certeza absoluta sobre o que aconteceu exatamente no lugar e eu acho que é justamente isso que confere um charme especial à trama. 

A história é muito simples e bastante usual em filmes do gênero ou em livros. Há uma casa antiga, muito grande, muito bonita e muito isolada. E essa casa guarda uma história, que se resume em proprietários excêntricos, brigas judiciais, crianças tristes e um apego muito grande por parte dos moradores. Por conta disso, ela é uma casa “doente”, esquisita, com relatos de fenômenos sobrenaturais e até mesmo possessão das pessoas e manipulação de suas mentes. 

Nesse contexto ótimo, claro que ninguém em sã consciência quer morar naquele lugar, mas o Dr. Montaguer, um estudioso de fenômenos psíquicos, resolve estudá-lo. E para tanto, convida um grupo de pessoas a passar um tempo no local. Dentre eles estão Eleanor, uma menina extremamente esquisita e problemática, que me dá mais medo do que a própria casa, rs!!!; Lucki, o herdeiro do local e Theodora, uma mocinha igualmente esquisita, porque ora parece uma pessoal legal e bacana, ora parece terrível e egoísta. A governanta é um caso à parte porque é a senhora mais estranha e aterrorizante do mundo e ao mesmo tempo engraçada!!! Após alguns dias, juntam-se ao grupo a esposa do Dr. Montaguer, que é uma senhora horrorosa e seu guarda costas Arthur, que é um boçal. Um grupo e tanto!


E durante a trama, vamos nos envolvendo com os personagens, cujas relações vão se estreitando e se tornando muito complicadas com o passar do tempo. Daí não temos certeza se suas próprias personalidades estão se revelando ou se a casa está fazendo isso com eles. E coisas muito estranhas vão acontecendo no local, principalmente à noite, com banhos de sangue nos quartos, batidas sinistras nas portas, pessoas andando pelos corredores, aparições no jardim, etc. Vou dizer que o livro dá medo e é muito legal. Mas o que eu mais gostei foi que ele de fato me transportou para dentro daquela casa e fez com que eu me relacionasse com os seus hóspedes, sabe??? Me envolvi de verdade com a história!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

BIODERMA SÉBIUM PORE REFINER - REVIEW

Esse é um dos produtos que me foi recomendado pela dermatologista. Para quem não sabe, eu estive na dermato no mês passado - post aqui - e ela me passou uma lista cheia de produtinhos para melhorar o aspecto da minha pele, mas como são todos muito caros, estou tentando comprar um pouco por vez. 

Esse do post de hoje foi o primeiro adquirido porque eu não possuía nenhum tipo de primer ou algo para melhorar o aspecto dos meus poros. Para ser honesta, apesar de eu ter poros realmente dilatados, não é algo que super me incomoda ou alvo de preocupação. Quando eu me olho no espelho, o que eu vejo é melasma, não poros!!! Mas mesmo assim, eu resolvi me cuidar melhor nesse 2017 que tá chegando agora e esse produto vai me ajudar nesse aspecto.

Ele  é da marca Bioderma e ele é aquele meio termo entre sérum e primer, que promete não só a redução dos poros, como também da oleosidade da pele. Ou seja, ele não é só embelezador, ele também é de tratamento. Abaixo, uma lista obtida no site da marca acerca dos benefícios desse produto:

  • Redução imediata e por até 8 horas do tamanho do poro
  • Controla o excesso de brilho e oleosidade (efeito matificante)
  • Refina e suaviza a textura da pele
  • Previne imperfeições
  • Preserva o brilho natural da pele
  • Textura sérum de rápida absorção
  • Excelente primer - textura aveludada


Como vocês podem ver na foto acima, a textura dele lembra mais a de um hidratante e ele é bem confortável de passar e de usar, seca logo e não deixa a pele nem melequenta nem matificada demais. E eu realmente sinto que ele dá uma disfarçada nos poros e melhora bastante o aspecto da pele. Ele não tem cheiro - se tem eu juro que não notei, é hipoalergênico, não contém parabenos e é não comedogênico. O tubo conta com 30ml, e custa em torno de R$ 75,00. Se vou comprar outro quando esse acabar? provavelmente, mas ainda não pensei no assunto!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

SÉRIE 3%

Assisti à Série 3% disponibilizada pelo Netflix por duas razões: 1. é inteiramente brazuka e eu acho importante prestigiar, 2. um grande amigo está envolvido no projeto. Mas a verdade é que a temática não me atrai muito e eu prefiro me jogar na cama após o trabalho para assistir a algo mais leve, como Gilmore Girls, rs!

Acho um tanto quanto pesado, mas apesar disso, fico contente que algo tão diferente do convencional tenha sido feito por aqui, e algo que não tem cara de novela ou de filme ruim. Antes de contar a história ou dizer o que eu achei sobre a trama em si Já digo desde já que achei a qualidade ótima – apesar de a atuação de algumas pessoas ser algo do tipo “Só Serve para Malhação” – e as provas muito inteligentes.

Pois bem. Num Brasil futurista e apocalítico, existem duas regiões. Uma delas é extremamente pobre, suja e com condições escassas de sobrevivência, bem na vibe do Mad Max, sabe? Todo mundo nasce nesse lugar e lá reside, pelo menos, até os 20 anos. Com essa idade, eles vão passar por uma provação, serão submetidos a realização de diversos exames e provas de força, lógica, integridade e outras situações que vão dizer se eles são ou não aptos a ingressarem na outra região. Maralto é a região perfeita, onde tudo é limpo, abundante, as pessoas são queridas, as oportunidades são infinitas e, claro, é para onde todo mundo quer ir. Tudo numa vibe “Divergente/Convergente/Insurgente meets Jogos Vorazes”.


E nós vamos conhecer nessa primeira temporada as personagens que participam dessas provas. Só que as coisas não são tão tranquilas, porque uma vez que todo mundo quer passar para o outro lado, rola trapaça, agressão e até assassinato e suicídio. É aquela coisa do ‘até onde o ser humano é capaz de ir para conseguir aquilo que almeja.” E eu digo que gostei bastante e estou até ansiosa para a chegada da próxima temporada, que já foi confirmada. As únicas críticas que eu tenho são as mesmas de todo mundo: a série não é original, ela é um mix de vários filmes já conhecidos e bem batidos, sabe? Mas eu fiquei bem orgulhosa e contente com o resultado. 

domingo, 1 de janeiro de 2017

LIVRO - MOBY DICK

sim, eu li os dois!
Contei a vocês nesse post aqui que No Coração do Mar foi um livro divisor de águas pra mim, foi um livro que mexeu demais comigo e eu nem sei ao certo dizer o porquê. Só sei que a leitura foi extremamente prazerosa e que o assunto despertou muito interesse em mim. Quero dizer, antes de mais nada e para que não paire qualquer tipo de dúvida, que eu sou absolutamente contra a caça de baleias e que se pudesse, me jogaria na frente daqueles baleeiros no Japão! Sou muito defensora do meio ambiente e já fui até vegetariana por conta disso. 

Mas, independentemente dessa atividade horrorosa que era desempenhada por aquelas pessoas no século XIX, que deram vida ao No Coração do Mar, eu acho que o meu foco de interesse ficou por conta da força e da provação a que foram submetidas essas pessoas, sabe? 

Pois bem, tudo isso para dizer que, obviamente, após a leitura desse livro maravilhoso, me interessei pela leitura de Moby Dick, livro inspirado na verdadeira história do naufrágio do Essex. Vejam bem, a palavra ficou grifada porque Moby Dick é um livro de ficção, com personagens inventados e uma história que apenas lembra algumas situações vividas pelos tripulantes do Essex, mas é bem menos profunda e muito mais fantasiosa. Apenas a título de curiosidade, o autor, Herman Melville, conheceu o Capitão Pollack, viveu em Nantucket e até mesmo chegou a fazer uma viagem com um baleeiro. Ou seja, ele tinha conhecimento, tinha uma carga para escrever sobre o tema. 

Outra curiosidade é que Moby Dick não fez o sucesso esperado e o pobre Melville acabou meio que abandonando a atividade, vindo a trabalhar na Alfândega de Boston. E adivinhem quem trabalhava por lá e acabou se tornando seu amigo??? Ninguém menos que Nathaniel Hawthorne, o autor de A Letra Escarlate – post aqui - e considerado um dos maiores escritores de seu tempo. Mobi Dick acabou se tornando um romance conhecido e muito lido apenas no século XX. 
uma das belas ilustrações do livro
rota utilizada - não é a mesma do Essex
Pois bem. O romance vai nos colocar dentro do Pequod, um navio baleeiro que, assim como o Essex e qualquer outro da época, vai ser lançado ao mar em busca de óleo de baleias - espermacete. Só que esse navio guarda algo muito peculiar, que é justamente o seu próprio capitão, Ahab, um senhor muito maluco que perdeu uma das pernas para uma baleia enfurecida nos mares próximos ao Equador. Sim, Moby Dick – nome dado à baleia – foi inteiramente inspirada na cachalote insandecida que derrubou o Essex. O que a tripulação só vai saber mais para frente é que o único objetivo do capitão é matar Moby Dick a qualquer custo, nem que para isso tenha de voltar para casa sem qualquer barril de óleo ou colocar em risco o próprio navio e os baleeiros. 

E o que eu achei mais interessante nem foi a história em si, porque No Coração do Mar é muito mais incrível. Mas as atitudes de Ahab, seus diálogos malucos, sua postura diante de outros navios, a postura dos tripulantes diante desse capitão maluco, a postura dos três imediatos, dos arpoadores, que eram todos pagãos, enfim, as relações que acabam sendo estabelecidas entre os personagens é que são muito interessantes. O livro é bem fluido e a leitura é rápida e gostosa. 

Primeiro, eu li essa versão adaptada da Editora Abril, que tem apenas 239 páginas e muitas figuras lindíssimas em seu interior. A edição ainda conta com um apêndice e com um guia de apoio que conta um pouco mais sobre a atividade baleeira na época e coloca a história, de uma forma geral, dentro do contexto do período. Depois, eu li a versão integral, de 600 e tantas páginas, dessa edição maravilhosa da Cosac Naif. Daí que no final das contas eu acho que, se você apenas estiver interessado em conhecer a história, o primeiro livro é suficiente. Mas, se assim como eu você é obcecado pela super baleia e por todo universo de Nantucket no período, e se você quer algo bonito para enfeitar a sua prateleira, eu recomendo a leitura integral, que é muito mais completa e possui diálogos e capítulos incríveis que não são encontrados na primeira edição. 

Essa edição completa, confesso, é claro que é a mais indicada, mas eu devo dizer que ela conta com uns capítulos meio absurdos, nos quais Melville viajou gostoso e fugiu por completo do contexto e do próprio âmbito da história, contando ao leitor situações e curiosidades que não são nem um pouco fundamentais ao livro ou mesmo interessantes. Por causa disso - e somente por causa disso - acho que o livro poderia ter umas 100 páginas a menos!

"A princípio você se cansa por causa do estilo. Soa como jornalismo. parece falso. Você acha que Melville está querendo fazê-lo acreditar em algo. Não vai dar.
E Melville é realmente um pouco sentencioso; cioso e consciente de si, querendo ele mesmo acreditar em algo. E aí não é fácil entrar no ritmo de uma peça de profundo misticismo quando você só quer acompanhar uma história.” (D.H.Lawrence – fls. 602/603 Moby Dick)