terça-feira, 24 de janeiro de 2017

FILME ORANGES AND SUNSHINE

Nossa, que filme pesado!!!! Assisti no Netflix - claro! - por uma recomendação de algum site em que indicava bons filmes. É fato verídico e acho que isso sempre dá uma apimentada na película e faz com que os sentimentos se aflorem. 

Pois bem, na Inglaterra da década de 80, uma assistente social, que possui um grupo de ajuda para adultos adotados se depara com uma descoberta alarmante: a partir dos anos 40 - e pasmem, até meados da década de 1970 -, crianças órfãs ou não, de idades entre 3 e 10 anos, eram deportadas de navio para a Austrália. A questão, todavia, é muito pior do que parece. Em primeiro lugar, porque essas crianças nem sempre eram órfãs, haviam muitas que estavam por lá enquanto a situação da família não melhorava ou enquanto mães solteiras procuravam uma solução para a sua condição. Segundo porque elas eram enviadas sozinhas, sem autorização, sem ninguém que cuidasse delas, sem explicação, nada. E muitas vezes, irmãos eram separados nesse processo. 

E a terceira e pior parte é que essas crianças não tinham como destino um lar, uma família ou uma situação melhor do que aquela que possuíam nos orfanatos na Inglaterra. Ao contrário, elas eram enviadas a lugares com condições similares a de campos de concentração, com trabalhos forçados e pesados, sem roupas ou alimentação apropriadas e o pior, muitos deles relatam casos de estupro. Ou seja, praticamente ontem o mundo convivia com essa situação e nem sabia, porque foi ocultada de tudo e de todos. Era um acordo realizado entre os governos de ambos os países e com a autorização dos orfanatos religiosos. 

Nesse contexto e absolutamente apavorada com o que via, Margaret Humphreys (Emily Watson), a assistente social, com a ajuda de seu marido, alguns amigos e do próprio sistema assistencial, coloca a boca no trombone, trazendo à tona esse caso assustador, cobrando a responsabilidade dos governos e instituições, ao mesmo tempo que abrindo mão de sua vida em prol de ajudar essas pessoas a conectarem-se com seus passados, descobrirem que realmente são e, em alguns casos, retomarem contato com suas verdadeiras famílias. Filmão!

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