Nossa, que filme pesado!!!! Assisti no Netflix - claro! - por uma recomendação de algum site em que indicava bons filmes. É fato verídico e acho que isso sempre dá uma apimentada na película e faz com que os sentimentos se aflorem.
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Pois bem, na Inglaterra da década de 80, uma assistente social, que possui um grupo de ajuda para adultos adotados se depara com uma descoberta alarmante: a partir dos anos 40 - e pasmem, até meados da década de 1970 -, crianças órfãs ou não, de idades entre 3 e 10 anos, eram deportadas de navio para a Austrália. A questão, todavia, é muito pior do que parece. Em primeiro lugar, porque essas crianças nem sempre eram órfãs, haviam muitas que estavam por lá enquanto a situação da família não melhorava ou enquanto mães solteiras procuravam uma solução para a sua condição. Segundo porque elas eram enviadas sozinhas, sem autorização, sem ninguém que cuidasse delas, sem explicação, nada. E muitas vezes, irmãos eram separados nesse processo.
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E a terceira e pior parte é que essas crianças não tinham como destino um lar, uma família ou uma situação melhor do que aquela que possuíam nos orfanatos na Inglaterra. Ao contrário, elas eram enviadas a lugares com condições similares a de campos de concentração, com trabalhos forçados e pesados, sem roupas ou alimentação apropriadas e o pior, muitos deles relatam casos de estupro. Ou seja, praticamente ontem o mundo convivia com essa situação e nem sabia, porque foi ocultada de tudo e de todos. Era um acordo realizado entre os governos de ambos os países e com a autorização dos orfanatos religiosos.
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Nesse contexto e absolutamente apavorada com o que via, Margaret Humphreys (Emily Watson), a assistente social, com a ajuda de seu marido, alguns amigos e do próprio sistema assistencial, coloca a boca no trombone, trazendo à tona esse caso assustador, cobrando a responsabilidade dos governos e instituições, ao mesmo tempo que abrindo mão de sua vida em prol de ajudar essas pessoas a conectarem-se com seus passados, descobrirem que realmente são e, em alguns casos, retomarem contato com suas verdadeiras famílias. Filmão!
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