segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

LIVRO - BELGRAVIA

Li esse livro no ano passado, mas esqueci de resenhar! Belgravia, é um best seller e é de Julian Fellowes. Confesso que comecei a ler o livro por duas razões: a primeira delas é porque a história é ambientada na primeira metade do século XIX e o enredo me parecia bacana e a segunda é porque o autor nada mais é do que o criador de Dowtown Abbey, uma das minhas séries favoritas de todos os tempos. 

Eu não tenho o livro físico, li online, mas a capa é tão linda que eu certamente o teria trazido para casa se tivesse me deparado com ele numa livraria. Enfim, tudo conspirava a favor e eu estava com altas expectativas para esse livro. Mas, confesso que não amei a história, achei previsível demais. Enfim, vamos lá. Ah, já aviso que não tem spoillers, mas eu mergulho um pouco mais profundamente na história.


A trama é ambientada, de início, na Bélgica, na época da Batalha de Waterloo e as invasões Napoleônicas, e nos traz a conhecimento duas famílias. A primeira delas é a Trenchard, dotada de pessoas honestas, de posses, com dinheiro, mas da classe dos comerciantes, o que significa que, para os costumes da época, jamais poderiam se misturar à nobreza e frequentar o mesmo ambiente. De outro lado, há os Belassis-Brockenhursts, que são uma família ainda mais rica, só que com a diferença de que são da mais alta nobreza e tradição, com um grande status a sustentar. Mas, como em Romeu e Julieta e tantas outras histórias por aí, adivinhem!! Sim, Sophia Trenchard e Edmund Belassis se apaixonam e concebem um herdeiro em segredo. Ambos morrem, por questões distintas e o tal herdeiro é enviado para uma família de párocos. Essa é a primeira parte do livro, sem grandes surpresas. 

Os anos passam e ambas as famílias sentem aquele vazio de não terem mais seus respectivos filhos aos seus lados. E num momento de fraqueza, Anne, a mãe de Sophia, conta à Caroline, mãe de Edmund, que ela tem um neto. E esse neto, Charles Pope, é um rapaz ótimo, trabalhador, inteligente, super bem sucedido, não fosse o fato de ser um bastardo e de não ter um título. Daí. secretamente, seus avós irão ajudá-lo, investindo pesado em seu trabalho, como uma forma de compensar os anos passados e também, de manter contato com o rapaz. 

E a história vai se desenvolvendo dessa forma. Só que há algumas situações que irão conflitar ao longo do livro, como as posições dos personagens, as classes sociais que não podem se misturar, apesar de terem sido com a concepção de Charles Pope. Há também as personagens secundárias que tentarão descobrir o segredo que guardam essas famílias, pessoas que têm interesse em destruir essa magia... enfim, há muitos elementos interessantes. O único problema que eu achei é que realmente é tudo muito previsível e eu acho que poderia ser mais legal se rolassem elementos surpresas ao longo da trama!

Abaixo, um trecho do comecinho do livro que gostei bastante:

“O passado, como já foi dito tantas vezes, é um país estrangeiro no qual as coisas eram feitas de forma diferente. Isso pode serverdade — de fato, evidentemente é verdade quando se trata de moral ou de costumes, do papel das mulheres, do governo aristocrático e de um milhão de outros elementos de nossa vida diária. Mas também há semelhanças. A ambição, a inveja, araiva, a avareza, a bondade, o altruísmo e, sobretudo, o amor sempre foram e sempre serão poderosos a ponto de motivaras nossas escolhas. “

Nenhum comentário:

Postar um comentário