Meu segundo livro da TAG
teve como curador o incrível Patch Adams, o grande inventor da Alegria que
revolucionou o tratamento dos enfermos com o simples uso da positividade e da
diversão. E o box enviado é apenas lindo, exclusivo e muito colecionável. Estou
realmente muito contente com essa assinatura e todo mês fico ansiosa pela vinda
do próximo volume.
Pois bem, o autor do
livro deste mês é o grego Kazantzákis, indicado 9 vezes ao Prêmio Nobel da
Literatura. E o livro foi adaptado para o cinema no clássico Zorba, o Grego. Abaixo,
a sinopse do livro fornecida pela TAG:
Publicado logo após a Segunda Guerra Mundial, o
livro indicado por Patch Adams é o relato em primeira pessoa de um intelectual
frustrado por ter levado uma vida até então totalmente dedicada aos livros e à
escrita. Provocado por um velho amigo, decide lançar-se em uma viagem para
explorar uma mina na ilha de Creta, a fim de conviver com homens simples,
operários e camponeses. Enquanto espera o navio que o levaria à ilha, conhece
um senhor vibrante, primitivo; sua linguagem é simples, e quando as palavras
não são suficientes, é através da música e da dança que se expressa. Com uma
narrativa ora bem-humorada, ora dramática, o autor grego, indicado nove vezes
ao Prêmio Nobel de Literatura, celebra a amizade, a liberdade, expressa
angústias e sua visão de mundo. Por esta obra, teve sua presença consolidada
entre os grandes autores do século XX.
Bom, antes de mais nada, tenho que dizer que eu resolvi começar o ano
lendo Os Miseráveis, de Victor Hugo, que é apenas um livro de 2.000 páginas. Ou
seja, eu acabei lendo o livro da TAG junto com ele, senão não teria tempo hábil
de concretizar a leitura antes do final do mês. E o que aconteceu no final das
contas é que, inevitavelmente, eu acabei comparando Zorbás não só com Os
Miseráveis – que apenas num mini spoiller, é apenas um dos melhores
e mais deliciosos livros que já li na vida -, como com o livro da TAG do mês
passado que foi incrível.
Em outras palavras não, eu não curti
muito o livro e não indicaria. E as razões são duas. Na primeira delas, eu
achei a história chata e cansativa, o personagem principal, apesar de trazer
alguns ensinamentos importantes como a própria mensagem defendida pelo Patch
Adams de alegria, positividade e esperança, é forçado demais. Ele me lembrou um
pouco aqueles personagens malucos de desenhos infantis que ficam saltitando e
dançando e não dizem nada com nada, sabe?? Sei lá, a leitura foi carregada, não
era um livro que eu tinha vontade de pegar para ler.
E a segunda razão é que esse mesmo
personagem é extremamente machista!!!!! Eu entendo que o período em que o autor
viveu – primeira metade do século XX -, era diferente dos tempos atuais e ele
tinha uma outra visão de mundo, mas eu realmente achei insuportável passar por
alguns trechos. Sabe, sei lá, enquanto eu lia um autor do século XIX que tem a
capacidade de criar páginas e páginas com o conteúdo mais maravilhoso que eu já
li (um beijo Vitão!!), o outro livro apenas tem a mulher como um objeto, como
uma fonte de prazer, sem qualquer outra função dentro da sociedade. Não dá pra
amar um livro desses, desculpa! Senti nojo.
No mais – nem falei sobre a história,
rs - o livro nos apresenta à Aléxis Zorbás, que é um cinquentão/sessentão super
excêntrico, divertido e que não vê reveses na vida. E esse maluco conhece o
narrador, que é apenas indicado como “patrão” - não conhecemos seu nome - e
passa a se submeter aos seus préstimos. Só que, na verdade, quem vai ganhar
muito com isso é o patrão, com a presença mágica desse cidadão doido e cheio de
histórias e peripércias para contar. O “patrão” vai passar a ver a vida com
outros olhos, dar um novo sentido à sua própria existência depois do convívio
com Zorbás.
Mês que vem eu volto para fazer a
minha declaração de amor aos Miseráveis! AAAAAAAAAAAAh, que amor de livro!!!
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