domingo, 29 de janeiro de 2017

TAG LITERÁRIA - JANEIRO/2017 - VIDA E PROEZAS DE ALÉXIS ZORBÁS - NIKOS KAZANTZÁKIS

Meu segundo livro da TAG teve como curador o incrível Patch Adams, o grande inventor da Alegria que revolucionou o tratamento dos enfermos com o simples uso da positividade e da diversão. E o box enviado é apenas lindo, exclusivo e muito colecionável. Estou realmente muito contente com essa assinatura e todo mês fico ansiosa pela vinda do próximo volume.

Pois bem, o autor do livro deste mês é o grego Kazantzákis, indicado 9 vezes ao Prêmio Nobel da Literatura. E o livro foi adaptado para o cinema no clássico Zorba, o Grego. Abaixo, a sinopse do livro fornecida pela TAG:

Publicado logo após a Segunda Guerra Mundial, o livro indicado por Patch Adams é o relato em primeira pessoa de um intelectual frustrado por ter levado uma vida até então totalmente dedicada aos livros e à escrita. Provocado por um velho amigo, decide lançar-se em uma viagem para explorar uma mina na ilha de Creta, a fim de conviver com homens simples, operários e camponeses. Enquanto espera o navio que o levaria à ilha, conhece um senhor vibrante, primitivo; sua linguagem é simples, e quando as palavras não são suficientes, é através da música e da dança que se expressa. Com uma narrativa ora bem-humorada, ora dramática, o autor grego, indicado nove vezes ao Prêmio Nobel de Literatura, celebra a amizade, a liberdade, expressa angústias e sua visão de mundo. Por esta obra, teve sua presença consolidada entre os grandes autores do século XX.
Bom, antes de mais nada, tenho que dizer que eu resolvi começar o ano lendo Os Miseráveis, de Victor Hugo, que é apenas um livro de 2.000 páginas. Ou seja, eu acabei lendo o livro da TAG junto com ele, senão não teria tempo hábil de concretizar a leitura antes do final do mês. E o que aconteceu no final das contas é que, inevitavelmente, eu acabei comparando Zorbás não só com Os Miseráveis – que apenas num mini spoiller, é apenas um dos melhores e mais deliciosos livros que já li na vida -, como com o livro da TAG do mês passado que foi incrível.

Em outras palavras não, eu não curti muito o livro e não indicaria. E as razões são duas. Na primeira delas, eu achei a história chata e cansativa, o personagem principal, apesar de trazer alguns ensinamentos importantes como a própria mensagem defendida pelo Patch Adams de alegria, positividade e esperança, é forçado demais. Ele me lembrou um pouco aqueles personagens malucos de desenhos infantis que ficam saltitando e dançando e não dizem nada com nada, sabe?? Sei lá, a leitura foi carregada, não era um livro que eu tinha vontade de pegar para ler.
E a segunda razão é que esse mesmo personagem é extremamente machista!!!!! Eu entendo que o período em que o autor viveu – primeira metade do século XX -, era diferente dos tempos atuais e ele tinha uma outra visão de mundo, mas eu realmente achei insuportável passar por alguns trechos. Sabe, sei lá, enquanto eu lia um autor do século XIX que tem a capacidade de criar páginas e páginas com o conteúdo mais maravilhoso que eu já li (um beijo Vitão!!), o outro livro apenas tem a mulher como um objeto, como uma fonte de prazer, sem qualquer outra função dentro da sociedade. Não dá pra amar um livro desses, desculpa! Senti nojo.
No mais – nem falei sobre a história, rs - o livro nos apresenta à Aléxis Zorbás, que é um cinquentão/sessentão super excêntrico, divertido e que não vê reveses na vida. E esse maluco conhece o narrador, que é apenas indicado como “patrão” - não conhecemos seu nome - e passa a se submeter aos seus préstimos. Só que, na verdade, quem vai ganhar muito com isso é o patrão, com a presença mágica desse cidadão doido e cheio de histórias e peripércias para contar. O “patrão” vai passar a ver a vida com outros olhos, dar um novo sentido à sua própria existência depois do convívio com Zorbás.
Mês que vem eu volto para fazer a minha declaração de amor aos Miseráveis! AAAAAAAAAAAAh, que amor de livro!!!

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