Eu não se quanto a vocês, mas eu considero o
ataque da bomba atômica às cidades de Hiroshima e Nagasaki um dos mais atrozes,
mais terríveis atos que temos conhecimento. Todo tipo de assassinato, com ou sem
contexto, estando os países em guerra ou não são, claro, terríveis e eu tenho
todo o repúdio por eles.
Mas acho que o fato de civis terem sido
assaltados por uma situação jamais vista, jamais imaginada e cujas
consequências eram, até então, desconhecidas, me causa uma repugnância muito
grande. E não me venha com essa de “está na chuva é para se molhar”, porque
essas pessoas comuns, esses trabalhadores só queriam viver suas vidas, que lhes
foram brutalmente tiradas depois daquele fatídico dia.
Bem, como sabemos, após as bombas, o Japão se rendeu e a guerra por lá
acabou. Também, pudera!! Enquanto isso, do outro lado do Pacífico, americanos
comemoravam a rendição e a vitória. Mas, será que eles tinham conhecimento
sobre o que realmente havia acontecido naquelas cidades e a que custo a batalha
havia sido vencida?
Claro que não! As informações não eram claras, não havia muita ciência acerca daquele material que havia sido jogado e, principalmente, do sofrimento daquelas pessoas. E foi nesse contexto que o jornalista John Hersey, um americano, resolveu entrevistar alguns sobreviventes da bomba de Hiroshima e trazer à tona suas histórias.
Claro que não! As informações não eram claras, não havia muita ciência acerca daquele material que havia sido jogado e, principalmente, do sofrimento daquelas pessoas. E foi nesse contexto que o jornalista John Hersey, um americano, resolveu entrevistar alguns sobreviventes da bomba de Hiroshima e trazer à tona suas histórias.
"Sim, o povo de Hiroshima morreu bravamente no bombardeio atômico, acreditando que morria pelo imperador."
"Como cristão, compadecia-se daqueles que estavam soterrados; como japonês, não suportava a vergonha de ter sido poupado."
O intuito era mostrar aos americanos que aquelas pessoas que estavam lá
em Hiroshima e foram atingidas, eram seres humanos, trabalhadores de todos os
tipos, idades e classes sociais tais como os americanos. Não eram monstros como
pintado pelos políticos, pelos militares. Eram pessoas! E essas pessoas penaram
muito após o advento da bomba, viram coisas horríveis, perderam amigos,
parentes, suas casas, suas vidas.
Ao todo, o autor entrevistou 6 pessoas logo após a bomba e traçou um
paralelo entre a vida que levavam e como estavam lidando com a situação,
incluindo o aparecimento de sintomas absolutamente desconhecidos pelos médicos,
que depois souberam ser oriundos da exposição à radiação.
Os depoimentos são tocantes e quase vivemos o momento através de
suas visões, de suas histórias terríveis sobre aquele terror único. A sensação
de impotência, as perguntas não respondidas e o questionamento do porquê aquilo
estava acontecendo. É lindo, é tocante, é tudo!!!! E na segunda parte do livro,
John Hersey volta ao Japão 40 anos após a queda da bomba e entrevista essas
mesmas pessoas, nos trazendo um panorama de como ficaram suas vidas, de como
elas se viraram após aquele fatídico dia.
Olha, que livro!!!! A primeira parte foi um artigo publicado
numa revista norte americana e o autor ganhou um Pullitzer por ele.
“Ainda que a Collier's Weekly havia previamente publicado um
relato do bombardeio, os editores da The New Yorker reconheceram o
impacto que o artigo teria por oferecer uma face humana para as vítimas, e
reservaram uma edição inteira de Agosto para a publicação, apesar de as quatro
partes terem sido pensadas para serem publicadas em edições separadas. Não
houve nenhum outros artigos e nenhum dos característicos cartuns típicos da
revista. Os leitores, que nunca haviam sido expostos aos horrores da guerra
nuclear através da perspectica daqueles que teriam vivido isto, foram rápidos
em adquirir cópias da revista, e a edição esgotou-se em apenas poucas horas. O
artigo foi narrado por completo através de rádio, e discutido por jornais. Logo
após sua publicação, o Clube do Livro americano
imprimiu uma edição como livro e o distribuiu gratuitamente para seus membros. “(Wikipedia)
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