terça-feira, 17 de abril de 2018

VIAGEM FRANÇA - DIA 12 - VERSALHES

vestido Dedé Bevilacqua, echarpe comprada no Chile e sapatilha de Óbidos.

O meu 12° dia de viagem tinha como objetivo um dos meus maiores desejos da vida: conhecer o local onde viveram as cortes de Luis XIV e Maria Antonieta. Eu sou absolutamente enlouquecida por aquele lugar, sempre fui, sempre assistir a diversos documentários, filmes, séries, li livros a respeito... enfim, estava preparadíssima para tudo aquilo.

E foi muito fácil chegar a Versalhes. Saí do hotel, fui até a estação Invalides, paguei € 3,65 e comprei uma passagem de trem RER C direto para a Estação Versalhes River Gauche. Alguns quarteirões depois e eu estava à beira dos portões imponentes do palácio e de cara com uma big estátua do idealizador daquela maravilha: Luis XIV. Tudo parecia ótimo e fácil, não havia filas – eu já havia comprado o bilhete previamente pela internet -, mas a impressão que eu tive a princípio, foi de que o local era menor do que eu imaginava.

Resolvi começar a explorar pelo palácio em si, para depois seguir para os jardins e, por fim, ao Trianon, nos domínios da minha querida Maria Antonieta. Pois bem, entrei no palácio, peguei um áudio guide em português, que já estava incluído no ticket e, portanto, não paguei nada a mais por ele, e segui explorando o local. E claro, a minha primeira impressão foi: é tudo muito bonito. Mas, vou dizer que eu tive duas decepções.


Veja que não foi meu primeiro palácio, já havia visitado alguns na própria França e também em Portugal e na Alemanha, de modo que eu sabia exatamente o que esperar quando entrei. Só que, para o meu desgosto, verifiquei que muitas das salas não contavam mais com a sua característica original, e elas haviam sido transformadas em “locais para serem visitados por turistas”. Isso foi uma pequena decepção que eu tive com o começo do passeio. Obs: depois vim a saber que, como o palácio foi invadido durante a Revolução Francesa, muita coisa foi destruída.

A segunda decepção foi: é tanta, mas tanta gente lá dentro, que se forma uma fila e você não consegue se locomover de um cômodo ao outro sem que aquele mar de gente ande. Eu juro que me deu até um pouco de claustrofobia ficar por ali e teve uma hora que eu simplesmente desisti e passei para o próximo local. São turistas de todos os lugares, mas a quantidade de chineses que estava por lá era uma coisa absolutamente insana! E como eles gostam de tirar fotos em todos os lugares (milhões de fotos), a coisa empaca e ninguém se mexe!


Saindo do palácio, que não é muito grande porque não podemos visitar todas as alas, segui para os jardins, que são imensos e hiper bem cuidados. É nesse momento, de lá de cima, que você olha no horizonte e vê aquela imensidão de terras e não consegue enxergar até onde vai aquele palácio... Eu fico imaginando o quão impactante aquilo deveria ser para um nobre estrangeiro ou para o próprio povo. Eu deveria ter alugado uma bicicleta para percorrer todo aquele lugar, porque é imenso, cheio de bosques e coisas lindas escondidas, mas, para a minha sorte, estava chovendo, e bastante.

Mas, claro que o palácio tem seus encantos, e não são poucos. O que eu mais gostei foi do domínio das princesas. Fiquei sabendo que muitas mulheres reais ficavam sozinhas porque não havia príncipes católicos suficientes como pretendentes. Daí, elas ficavam por lá, em Versalhes e tinham seus próprios mini apartamentos. E claro, a sala dos espelhos é algo de outro planeta!!! Esses corredores imensos que eram feitos nos palácios – no Residenz em Munique tem um lindíssimo e em Fontainebleau também – são algo de outro universo! Mas acho que dá para ver pelas fotos que a quantidade de gente por lá estraga um pouco a paisagem.

E eu vou dizer que do palácio até o Grand e o Petit Trianon é longe pra caramba!!! Dá para ir de carro, porque é realmente muito longe!!! Mas, eu fui andando e debaixo de chuva, feliz porque os chineses se contentaram com a primeira parte do passeio e não se dispuseram a seguir em frente. O Grand Trianon, meu primeiro destino, foi a residência de verão de muitos reis franceses. Ele tem o interior muito mais bem conservado do que o do próprio palácio principal. São muitas coisas e muitos detalhes para serem vistos e eu passei um tempão lá dentro porque, além da chuva, estava fazendo frio e eu estava de vestido!

Depois, segui para o Petit Trianon e os aposentos/terras da Maria Antonieta. Por incrível que pareça, apesar de ser a parte mais simples dos domínios de Versalhes, foi onde eu passei mais tempo e foi a parte que eu mais gostei. O lugar é bem grande e a residência em si é bem pequena e simples. Mas, nos arredores há o belvedere, uma gruta, o teatro, a capela e o mais legal de tudo é a mini cidade e fazendinha construída no entorno. Amei o local, parece uma vila de brinquedos, cheia de bichinhos e hortas e plantações... achei uma delícia!

Tentei abranger o máximo possível e visitar todos os locais, e confesso que no final do dia já estava bastante cansada e também bem de saco cheio da chuva e o frio. Já na saída do palácio, em direção ao trem, quando achava que tudo havia terminado, entrei nos estábulos do castelo, onde estão guardados os coches. A maioria deles pertenceu à família do Napoleão, mas vale muito a visita. Ainda no caminho, passei numa farmácia e no Monoprix, para comprar algumas coisinha faltantes e confesso que esse foi o meu maior erro!!

A chuva que antes estava simplesmente “OK”, piorou muito, a ponto de, mesmo de capa, parecer que eu havia mergulhado num rio! Eu estava simplesmente ensopada. E esse não foi o pior! Eu me perdi e não conseguia encontrar a estação de trem. Acho que a empolgação para chegar ao palácio foi tão grande, que na volta eu não encontrava a estação. Mas, no final deu tudo certo, às 18hs peguei o trem e segui para o hotel.

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