sábado, 4 de fevereiro de 2017

LIVRO - OS MISERÁVEIS

Eu nem sei por onde começar esse post! Ano passado na Black Friday comprei esse box dOs Miseráveis da finada Cosac Naify. Estava com um preço ótimo na Amazon e eu acho que é um clássico que temos de ler em algum momento na vida – apesar de que eu acho que já assisti a todas as versões do cinema (e amei todas elas!). Só que o box ficou no meu armário aguardando o momento ideal de leitura. E eu acho que o momento ideal foi o início desse ano por duas razões: 1) ele é um calhamaço e eu achei que teria mais tempo nas férias para me dedicar a ele – eu não sabia se a leitura seria ou não difícil; 2) vou para a França esse ano e o livro me ajudaria a entrar no clima – estava certa!

Daí que comecei a leitura no dia 1º do ano e terminei no dia 20. 1967 páginas lidas ao longo desse período... e o livro, minha gente, é delicioso!!! Posso colocá-lo tranquilamente dentro da caixinha de melhores leituras da vida, de todos os tempos! É lindo demais, é bem construído, a linguagem é super tranquila, ele mistura fatos históricos e lugares que realmente aconteceram/existem com personagens fictícios... fora que há trechos e frases que você tem vontade de tatuar no seu corpo, de tão maravilhosos! O livro é um absurdo de delicinha e de maravilhoso. Victor Hugo nos apresenta a alguns personagens que vão o tempo todo se cruzando, tendo suas vidas entrelaçadas e isso é tão incrível!!!! Bem, vamos à história – para quem não vive nesse mundo e não a conhece.
Existe um homem chamado Jean Valjean que nasceu no final do século XVIII, época terrível na França, onde pessoas morriam de fome, revoluções pipocavam em todos os lados e a vida era dureza para os menos favorecidos. E, um belo dia, esse homem se viu na condição de furtar um pãozinho para que seu sobrinho pudesse comer. Pronto, ele foi preso e condenado a 5 anos de trabalhos forçados nas galés. Esses cinco anos, todavia, acabaram se multiplicando por cerca de 20 – não me lembro exatamente -, porque algumas foram as tentativas de fuga, até que ele finalmente foi libertado. Só que a sua situação era muito difícil, porque ele era basicamente um mendigo, não tinha dinheiro pra nada, roupas, dignidade, nada! E para completar, o grilheta é libertado das galés com uma espécie de passaporte amarelo que grita: SOU UM EX CONDENADO.

Ou seja, ele estava livre, mas estava perdido. E os anos de trabalhos forçados o levaram a um estado de revolta com tudo e contra todos. Ele entrou bom e saiu péssimo, saiu querendo vingança, querendo praticar crimes, desacreditando na bondade alheia e na esperança, até que ele conheceu um bispo que lhe deu um acalento. Esse bispo, minha gente, é a pessoa mais querida do universo, queria muito tê-lo conhecido! E o bispo dá à Jean Valjean uma chance de recomeçar, que é imediatamente agarrada.
Desse momento em diante, o protagonista, em diversos momentos do livro, vai sempre mudando de localidade e de nome para não ser descoberto pelas pessoas. Ninguém pode saber que ele é um ex grilheta e, principalmente que, após ter sido libertado, ele chegou a cometer outro crime – um furto. Ele é, portanto e teoricamente, uma pessoa repugnante e procurada pelas autoridades. Só que, apegado ao bispo que o trouxe de volta ao mundo e à vida, Jean Valjean se transforma. Ele se transmuta numa pessoa extremamente boa, complacente e próspera. Sim, ele enriquece e muito! E ajuda aos outros, ajuda aos pobres, aos menos favorecidos, enfim, ele acaba repassando a mensagem que o bispo lhe transmitiu.
O resto eu não posso contar porque eu vou acabar me enfiando numa infinidade de spoillers e estragar toda história. Mas, o que eu posso dizer é que o leitor irá se deparar com Cosette, uma mocinha que é todo amor, Fantine, a pessoa que veio ao mundo para sofrer, Thénardier, um contraventor muito esperto, Marius, um homem maravilhoso, Javert, um inspetor de polícia que parece viver para perseguir Jean Valjean, dentre muitos outros personagens incríveis

E como eu disse acima, a trama desses personagens vai se cruzando o tempo todo e todos parecem se conhecer e se atrair e se repelir, é uma novela imensa com uma pegada enorme de drama, de história, de amor, de desilusões, de lições... gente, é apenas incrível e maravilhoso. Obrigada Victor Hugo por ter escrito esse calhamaço tão lindo e ter me proporcionado férias de janeiro incríveis! Os Miseráveis é a prova de que um calhamaço nem sempre é assustador, ele pode te trazer uma surpresa ótima e lhe proporcionar momentos de leitura inesquecíveis. 

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