terça-feira, 1 de novembro de 2016

LIVRO E FILME - MOÇA COM BRINCO DE PÉROLA

LIVRO 

Mais uma leitura completada... estou uma máquina, rs!!! Sério, acho que o bichinho da preguiça da leitura tomou umas vitaminas e agora eu simplesmente não consigo parar de ler, leio vários livros ao mesmo tempo e notei que o sistema tem funcionado bastante bem. Eu ando até um pouco atrasada com as resenhas, porque estou lendo mais rápido do que consigo postar, mas acho que estou numa média de 2 livros por semana! Bem, vamos a resenha desse livro que foi uma grata surpresa, foi lido em apenas 3 dias e me deixou muito encantada.
Quando comecei a leitura, eu só sabia que havia um filme homônimo, que acabei assistindo depois, que a capa era super bonita e que ele era um clássico. Não sabia nada sobre a história, a forma de escrita da autora, nada! Aliás, um fato curioso, e que eu acho que ajudou a tornar a leitura mais fluída, é que não há capítulos ou qualquer tipo de divisão no livro, a escrita é feita de forma direta, mesmo com o tempo passando loucamente e coisas acontecendo em diferentes partes do cenário. Achei muito incrível isso e acho que o escritor tem que ser realmente habilidoso para conseguir essa proeza, rs!

Bem, o livro não é antigo, ele foi escrito em 2002 pela escritora Tracy Chevalier e mistura ficção e história. Para quem não sabe – eu não sabia! – o nome do livro remete ao nome de um quadro pintado pelo holandês Johannes Vermeer em meados de 1665. E o “tchan” do quadro, além dele ser incrivelmente belo e muito bem conduzido, é que ele tem um Q de Monaliza porque ora a Moça parece triste, ora parece sensual... ela é bem misteriosa. E foi baseado nesse mistério, que a escritora desenvolveu um romance belíssimo sobre essa moça, Griet.
No livro, ela vem de uma família de três irmãos e é filha de um pintor de azulejos que fica cego. Com a ausência do ofício do pai para sustentar a família, Griet se vê na condição de trabalhar de criada na casa do pintor Johannes Vermeer. E é nessa nova condição que vamos tomando contato com as várias facetas dessa personagem e daqueles que estão ao seu redor, além de situações de extrema contradição. Por exemplo, ela é protestante e EXTREMAMENTE puritana, mas vê seu corpo respondendo a desejos que não consegue controlar; ela é uma pessoa que preza, antes de qualquer coisa, pela higiene, no entanto, seu pretendente é um açougueiro com sangue debaixo das unhas – eu acho incríveis essas passagens nas quais ela menciona as condições de higiene dela e daqueles que estão ao seu redor.
E nesse contexto, ela vai se envolvendo de diversas formas com os personagens, que são o pintor, por quem ela guarda uma preferência, um amor platônico, Catharina, a esposa do pintor, que está sempre grávida, as crianças, a mãe de Catharina, a outra criada, seus pais e irmãos, o açougueiro. O livro é extremamente delicado, descritivo, porém não enfadonho, tem uma linguagem bem fácil e fluida e, de quebra, traz um panorama bem interessante sobre a vida na época. Gostei bastante!

FILME


Dai na semana seguinte eu assisti ao filme homônimo, com a Scarlet Johanson no papel de Griet e o Colin Firth como Vermeer. O que eu achei foi o seguinte: a fotografia é absolutamente maravilhosa, todas as cenas parecem uma pintura e eu acho que o filme retrata muito bem a época. Também achei que os personagens estão muito bem em seus papéis e eles são exatamente como eu imaginava. 

Mas, é difícil ler um livro e depois assistir a uma espécie de super resumo dele. Isso é normal, não dá para colocar todos os detalhes de um livro em 2 horas de filme, ficaria impraticável. Mas eu acho que um bom filme inspirado em livro é aquele que consegue captar a essência da história, daquilo que a escritora quis retratar é nisso o filme pecou um bocado. A gente simplesmente não sabe quem é Griet no filme, quem foi essa moça que deu origem àquele quadro tão misterioso, quais as circunstâncias, os aspectos, etc. A verdade é que eu acho que se não tivesse lido o livro, ficaria meio perdida na mudança tão repentina de cenários e situações. 

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