Que
documentário incrível sobre mulheres igualmente incríveis que nos anos 60 e 70
se insurgiram nos EUA contra suas condições de servidão perante os homens. Há
menos de 100 anos atrás, a geração da minha avó resolveu dar um basta em suas
vidinhas sem graça, onde nasciam para fazer um bom casamento, procriar e cuidar
dos maridos e dos filhos. É curioso porque eu vejo os impactos desse estilo de
vida nas minhas próprias avós, que são pessoas completamente dependentes e
simplesmente perderam o chão após o crescimento dos filhos e o falecimento de
seus maridos. Afinal, se foram criadas para cuidar dos filhos e servir aos seus
maridos, o que fazer quando não são mais necessárias nessas funções?
Assustador, não é mesmo?
E essas
incríveis mulheres do final da década de 60 queriam apenas e tão somente
liberdade e igualdade de gêneros. Não é pedir muito, concordam? Elas queriam
trabalhar como seus maridos, fazer faculdade como seus maridos, queriam que os
maridos ajudassem na criação dos filhos, que o governo pudesse provir creches às
crianças, enfim... elas queriam uma vida igualitária. E claro, aquilo que até
hoje buscamos, ainda sem sucesso, apesar de ter se passado tanto tempo: ser
donas dos nossos próprios corpos e não sermos objetos sexuais.
E essas
mulheres conseguiram muita coisa para nós, abriram muitas portas e nos ajudaram
muito, devemos muito a elas. Mas o documentário nos faz lembrar que ainda há
muito trabalho a ser feito. Pessoalmente, me incomoda muito a igreja e o estado
intervindo nos nossos próprios corpos - sou completamente a favor do aborto - e de gente dizendo que somos
culpadas por uma simples cantada ou por um estupro em razão das roupas que
usamos ou do jeito que nos insinuamos. Isso me dá nojo e acho sim que temos de
nos unir para mudar esse quadro.
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