terça-feira, 29 de novembro de 2016

BUENOS AIRES - DIA 05 - SAN TELMO

O último dia foi mais tranquilo do que os demais porque eu possuía apenas um objetivo de passeio, não havia nenhum visita guiada nem nada que me comprometesse com o tempo. Por isso, saí do hotel as 10hs e segui em direção a Plaza de Mayo, onde começa a Calle Defensa. O objetivo era chegar até a feirinha de San Telmo. Só que as barraquinha começam já no início da Calle Defensa e as 10hs, elas já estão praticamente montadas. Recomendo chegar nesse horário porque depois lota num grau, que eu quase gritei para saírem da minha frente. 
suéter lindo comprado em Palermo, calça Fórum e bota Timberland. Café da manhã, mote con Huesillos e um alfajorzinho porque eu mereço!
empanadas maravilhosas!!!
Dai que devo esclarecer uma coisa, eu não fazia ideia do tamanho dessa feira e não sabia o que esperar. Eu achava que ia me sobrar muito tempo livre e que teria de arranjar alguma coisa para fazer a tarde. Acontece, minha gente, que são 12 quarteirões inteiros de barraquinha e não é só. As ruas perpendiculares também tem barraquinhas e há galerias e lojinhas no meio do caminho que você também vai querer entrar. Isso significa que eu cheguei no lugar as 10hs e sai às 15:30hs!!!! E foi um dos momentos que eu agradeci por viajar sozinha, porque o lugar é a perdição para as mulheres e um tormento para maridos e filhos!
essa é a Calle defensa logo cedo. 
A maioria das barracas, principalmente as que ficam mais distantes da Praça Dorego, que é o nosso destino final, já chego lá, é de artesanato local. Lá você encontra prataria, material trabalhado no bronze, coisas de lã, brinquedinhos, bolsas... Muita variedade. Mas o que eu achei é que os artigos não são tão maravilhosos e selecionados quanto na feira da Recoleta, que mostrei no último post, e tem muita bugiganga tipo 25 de Março. Dá para garimpar coisas lindas e boas, mas a abundância não é tanta. 
igrejinha e casa Mínima
No meio do caminho há comidinhas, como empanadas, sucos e até linguiças, então, garanto que não dá para morrer de fome! Há também algumas igrejas muito bonitas, que rendem fotos e também um tiquinho de descanso merecido. Tem a San Francisco, Santo Domingo e a própria San Pedro Telmo. Recomendo porque é cultura, enriquece, traz conhecimento e enobrece a alma, rs!!! 

No meio do caminho você também vai se deparar com a casa mínima, que é a casa mais estreita de Buenos Aires. Ela tem 2,5m de largura e 13 de profundidade e não se sabe muito sobre ela, a não ser que era parte de uma construção maior. No meio do caminho, há também esse banco gracinha com a turma da Mafalda. Prepare-se para perder alguns longos minutos na fila, mas a foto clichê vale a pena!
galeria
mais um pouco
Continuando pela Calle Defensa, como eu disse, há várias lojinhas e galerias pelo caminho e... O Mercado Municipal, que não vende comida. Quer dizer, até tem umas barraquinhas de fruta, açougues e alguns restaurantes - até almocei em um deles e comi duas empanadas ótimas por 50,00 (preços do post estão em pesos) -, mas o forte de lá são as lojas de antiguidades. 

E tem de tudo, bolsas, acessórios, louças, roupas, todo tipo de quinquilharia. Dá para fazer um bom garimpo, mas eu achei que a maioria das coisas estava em estado meio ruim, não tinha tanto valor e mesmo assim, os preços cobrados não eram condizentes. Me apaixonei por um brinco anos 80 de madrepérola, que estava até com uma pontinha quebrada. Mas queriam me cobrar quase R$ 200 por ele - achei que não valia.
mercado
Por fim, o final da rua vai dar na Plaza Dorrego ou na popularmente conhecida Feirinha de San Telmo. Lá sim você só vai encontrar coisas vintage. É como se fosse a Praça Benedito Calixto em São Paulo, só que maior. Eu estava atrás de um bracelete para usar no casamento do meu irmão e consegui um perfeito por uma pechincha (100,00). Só que há muitos vendedores sem noção, querendo cobrar caro por artigos de plástico ou sem valor, e há também artigos de material mais sofisticado. Havia muitos acessórios de marfim, âmbar e jade, por exemplo, que são mais caros, naturalmente. 
outra galeria
Digo que se eu tivesse ido na feirinha logo que cheguei na cidade, acho que não teria sobrado din din pros outros dias, rs!!! Voltei pela mesma rua em direção ao ponto de partida, a Plaza de Mayo e por lá, me deparei com uma espécie de festa chilena. Fiquei sabendo que a cada ano, nessa data, Buenos Aires elege um país e faz uma espécie de homenagem. Ano passado foi a Ucrânia e esse ano foi o Chile. Havia muitas barraquinhas com comida, um palco com show e... Claro que tomei meu amado Mote com Huesillos que, se pudesse, tomava todo dia (25,00).
Mafaldita!!!
E foi isso tudo. Fiz umas últimas comprinhas, como algumas guloseimas para levar pra casa e foi só. Devo dizer que dessa vez, eu fiz uma viagem maravilhosa a Buenos Aires, porque fiquei o tempo necessário, porque foi bem planejada e porque eu usufrui de todos os locais que a cidade oferece. Fiz tudo a pé, pouco andei de metrô, não andei nenhuma vez de taxi e aproveitei meus dias na rua até meus pés pedirem arrego. Senti dor no joelho, nas costas, fiquei com uma bolha horrível nos pés, me deu dor de cabeça, fiquei enjoada, todas as coisas que acontece com um viajante e que a gente esquece, porque só se lembra das coisas boas. Mas nada disso me impediu de fazer tudo o que me havia proposto e até mais. 
festa chilena
Foi uma viagem deliciosa. A minha Buenos Aires que foge um pouco do climão turístico e explora cada cantinho. Foi muito bom e foram dias ótimos para descansar, aproveitar, guardar momentos, histórias e também, porque não, fazer algumas comprinhas. Não vou fazer post do sexto dia porque eu apenas dei uma voltinha no entorno do hotel, peguei o metrô até a empresa de ônibus Tienda Leon e fui para o aeroporto.
look aeroporto: calça de brechó, bota Timberland, camisa de loja chilena e suéter de feira de Malhas. 

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