sexta-feira, 18 de novembro de 2016

LIVRO - A CADERNETA VERMELHA

Esse livro foi indicação de uma amiga e eu fiquei completamente apaixonada. Ele é fininho, tem infinitos capítulos, o que torna a leitura mais fluida, e foi escrito por Antoine Laurain, que é francês e roteirista. Então, você vai lendo o livro e já vai visualizando uma comédia romântica bem bonitinha, estrelando Jennifer Aniston e Hugh Grant, rs!!! Acabei lendo em dois dias, mas se você estiver com tempo, dá para dar cabo num único dia de domingo chuvoso, porque é impossível parar de ler.
A trama gira em torno de um acontecimento até que recorrente, infelizmente: a protagonista, Laure, tem sua bolsa roubada na porta de sua casa, de madrugada. Além do susto, vem a revelação, sua vida inteira estava lá dentro, porque é assim que é a bolsa de uma mulher. Não só bens materiais, como documentos e o celular, mas a própria chave de sua casa, que a impede de entrar, e uma caderneta vermelha, onde anota absolutamente tudo e é essa parte que dá o tom de comédia ao livro. Só que os bandidos roubam o que precisam e abandonam a bolsa num lugar, onde é encontrada por Laurent, um bom samaritano que deseja devolvê-la. Só que ele não sabe nada sobre a dona do objeto e é aí que ele passa a fuçar seu conteúdo misterioso e se envolver cada vez mais na vida da protagonista, apaixonando-se por ela sem sequer conhecê-la.

E o livro, além de gostosinho, porque a história é bonitinha e previsível, como qualquer comédia romântica, faz você pensar um pouco e refletir sobre o que a sua bolsa diz sobre você e o que significaria a sua perda. Confesso que após a leitura, tirei uma quantidade grande de tranqueiras de lá de dentro, com medo de perdê-las, rs. Mas o que mais me deixou apegada à leitura é que eu também tenho uma caderneta vermelha – a minha é preta – onde eu anoto absolutamente tudo! Desde listas de coisas que eu tenho que fazer – que, pensando bem, também são engraçadas e patéticas -, até meus gastos, pagamentos, contas, informações, dicas de filmes e de livros, pensamentos... enfim, acho que uma pessoa que pegasse essa caderneta não só daria muita risada como ia me conhecer um bocado!!!!
O livro é fofo e eu espero que um dia façam um filme dele! Ah, eu tirei alguns trechos que eu curti:

Trecho da caderneta:“Tenho medo de formigas vermelhas.
Tenho medo quando consulto minha conta bancária e clico em “Saldo disponível”.
Tenho medo quando o telefone toca lá em casa de manhã bem cedo. Tenho medo de entrar no metrô quando ele está muito lotado.
Tenho medo do tempo que passa.
Tenho medo de ventiladores, mas isso eu sei por quê.”

“Mas não, a bolsa já não estava ali. Estava longe, nas ruas, arrancada, voava no braço do homem que corria, ele iria abri-la eencontrar suas chaves, seus documentos  de  identidade, suas lembranças. Toda a sua vida.”

“Laurent se encontrava num dos purgatórios da vida, aqueles lugares onde esperamos nunca precisar entrar: urgências médicas, alfândegas de aeroporto, centros de reeducação… diante de cujas fachadas passamos pensando que estamos melhor do lado de fora, mesmo quando chove.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário