Eu ganhei esse livro quando era criança, numa outra edição que não sei onde foi parar. Eu li. Só que não é, em hipótese alguma, um livro de criança. É um livro muito sério, para se ler numa tacada só, fazer anotações e pensar muito, refletir um bocado sobre si mesmo, sobre a humanidade. Antoine de Sanit Exupery era um gênio, na minha opinião, e em poucas páginas e desenhos lindos de aquarela, conseguiu fazer um bocado de gente parar para pensar e entrar em contato com o seu lado criança, seu lado puro, aquele que enxerga a simplicidade das coisas. Porque, no final das contas, é apenas isso o que realmente importa.
O livro é inteirinho escrito através de metáforas maravilhosas, e tem um pouco de fábula, uma vez que grande parte dos personagens são animais falantes, que sempre têm algo importante a ser dito, sob o seu ponto de vista. Afinal, cada um, não importa a cor, raça, credo, nacionalidade, gênero (...) tem a sua opinião e ela deverá ser respeitada, acima de tudo. Ele diz que os adultos sempre têm necessidades de explicações detalhadas e com isso se perde a pureza da coisa, os adultos julgam as pessoas pela aparência e não por sua essência...
Enfim, muitos são os ensinamentos trazidos através dum livrinho fininho, fácil de ler e que te leva a uma realidade tão palpável e te faze refletir, pensar... E apesar de ter sido escrito no período da Segunda Guerra, e trazer referências sobre os horrores em seu texto, ele é tão atual, tão atemporal... Uma coisa realmente incrível. Todo mundo deveria lê-lo!
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