domingo, 7 de fevereiro de 2016

LIVRO - SISI MYTH AND TRUTH

Eu sinto uma certa atração pelo anti-herói. Gosto muito de pessoas revolucionárias, revoltadas, à frente de seu tempo, incompreendidas... enfim, gente interessante, mas que foram necessários anos após suas mortes para que se percebesse isso. E na minha viagem à Alemanha acabei me encantando por dois personagens: o Rei Ludwig I - falei dele aqui -, e a Imperatriz Sisi.

Ainda que ela pertencesse à Áustria, nasceu alemã e é bem fácil encontrar livros contando sua história. Acabei me encantando pelo exemplar da resenha de hoje, que é curtinho, lotado de fotos e figuras e em inglês. É um livro muito bonito e mais interessante do que eu imaginava. Ele conta a real história dessa mulher que se tornou um ícone.

Todo mundo já ouviu falar da Imperatriz Sisi (Elizabeth), mas acho que queria saber o porquê ela é tão especial. E a resposta é simples - e confesso que me identifico um pouco, apesar de não ter nem um milésimo da importância que ela tinha e da figura que ela representava -, ela simplesmente fazia o que queria e não ligava para que os outros pudessem pensar, não ligava para suas obrigações na condição de esposa de um imperador, não ligava para o que estava na moda, não ligava para as jóias do momento ou mesmo se teria de estar presente em algum tipo de recepção real.

Ela era a Sisi, simplesmente uma mulher linda - considerada a mais linda de sua época -, que casou-se com um nobre que a amava loucamente, mas não estava preparada para colocar em prática as regras e obrigações que sua condição impunha.
muito bonita
Ela adorava viajar, e fazia isso sozinha, deixando os filhos para traz - que a odiavam e foram criados por terceiros -, ela era super regrada com a questão da alimentação, da beleza e da saúde. Tinha aparelhos de ginástica em seu quarto, se pesava diariamente, tinha um suntuoso ritual de lavagem e tratamento de seus imensos cabelos.

A população a odiava, é verdade, mas ela viveu sua vida do seu jeito e foi muito feliz assim. Infeliz o Imperador Franz Joseph de ter escolhido, apesar de a mais bonita, a mais rebelde, aquela que jamais poderia estar em sua posição. E em torno dessa figura tão incrível - sério, amo gente revoltada!!!! -, é que formou-se um mistério e um mito. Falando sério, eu acho que a Sisi foi uma grande feminista em seu tempo - final do século XIX - e acabou morrendo assim como John Lennon, assassinada por um fulano qualquer que não a tinha como primeira vítima, mas pela oportunidade e fama, acabou indo até o fim. 

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