"Viver do seu próprio armário durante um ano é o maior ato de desprendimento do mundo capitalista que uma mulher pode praticar." - Anônimo
Acho que com o advento do projeto, eu me tornei uma pessoa menos impulsiva. Creio que esse seja o meu maior ganho com essa “abstinência consumística”. Mas, ao mesmo tempo, eu começo a me perguntar se vou conseguir ficar 12 meses inteiros sem fazer compra alguma e eu já sei qual é a resposta: não. Digo isso porque eu consigo visualizar algumas necessidades que tenho/terei nos próximos meses e que eu não consigo encontrar qualquer tipo de substituto ou meio de driblar essa questão dentro do meu armário. Como exemplo prático, ano passado eu passei o inverno todo sem algo para vestir nos pés para usar com meia calça e saia. Eu praticamente ignorei a existência de saia durante a estação, deixando de lado alguns itens de lãzinha, bem invernais e somente por conta da ausência desse item.
Acho que com o advento do projeto, eu me tornei uma pessoa menos impulsiva. Creio que esse seja o meu maior ganho com essa “abstinência consumística”. Mas, ao mesmo tempo, eu começo a me perguntar se vou conseguir ficar 12 meses inteiros sem fazer compra alguma e eu já sei qual é a resposta: não. Digo isso porque eu consigo visualizar algumas necessidades que tenho/terei nos próximos meses e que eu não consigo encontrar qualquer tipo de substituto ou meio de driblar essa questão dentro do meu armário. Como exemplo prático, ano passado eu passei o inverno todo sem algo para vestir nos pés para usar com meia calça e saia. Eu praticamente ignorei a existência de saia durante a estação, deixando de lado alguns itens de lãzinha, bem invernais e somente por conta da ausência desse item.
E não comprei por duas razões: porque
não tinha dinheiro e porque eu não achei nada que me satisfizesse. Acho que se
a gente vai gastar com algo, tem que ser maravilhoso, divino e não deixar
qualquer rastro de dúvida. Daí que tenho certeza de que nos próximos meses, deverei procurar alguma coisa para esse fim.
Por outro lado, eu estou sentindo
menos controle esse mês em relação ao mês passado. Estou com mais “vontades”,
mais necessidades que, na verdade, são falsas necessidades... estou me vendo
numa situação em que tenho de resistir mais, pensar mais e fazer um esforço
muito maior do que aquele que eu estava fazendo no início do projeto. Estou com
medo que isso venha piorar nos próximos meses, afinal, a coisa está só
começando. Mas devo dizer que, na mesma proporção, acho que estou tenho uma
satisfação muito grande em ver que resisti àquela compra e que estou com uma
conta-corrente mais saudável. E outra coisa interessante é que eu estou
analisando bastante a qualidade da roupa nas lojas e pensando se “vale” o preço
cobrado. E posso falar? Muitas vezes a resposta é não.
Por fim, para terminar esse
post-desabafo-prestação de contas, que está um pouco randômico e
esquizofrênico, quero contar duas coisas interessantes que me aconteceram esses
dias. A primeira delas foi o ganho de um bônus do escritório em que eu
trabalho. Estou lá há quase 3 anos e isso nunca aconteceu. O engraçado é que
havia determinados meses em que eu estive desesperada por din din, porque,
claro, tinha gasto mais do que tenho – novidade!!! – e daria tudo para receber
um valor a mais... e agora que estou com a coisa controlada e fluindo, recebo
esse valor. Eu sou do tipo que acha que nada acontece por acaso e que tudo tem
seu tempo e creio que, pensando dessa forma, se eu tivesse recebido essa
quantia naqueles momentos, teria gasto tudo com dívidas, ao invés de dar um
encaminhamento interessante e produtivo ao din din.
E o segundo episódio é que eu ganhei
duas coisinhas esse mês, dois itens de maquiagem. Logo eu que nunca ganhei nada
na vida, rs!!!! Mentira, ganhei um sorteio de makes de um blog uma vez. Com a
revista Glamour, chegou um kit ótimo da Bare Minerals e, por conta do meu
aniversário, ganhei dois mini lápis-batom da Nars. Não sei se quando esse post for ao ar eu já terei feito resenha desses produtos, se não tiver feito, aguardem porque elas virão.
E, mais uma vez, penso que se eu tivesse ganho essas coisas em outro momento, teria sido mais uma maquiagem no meu organizador, eu não teria dado bola e sei lá. O que eu quero dizer é que certamente não teria surtido o mesmo efeito que surtiu agora, por conta do momento. Justamente porque estou sem “poder” comprar nada, qualquer presente é uma ocasião especial e motivo de alegria.
E, mais uma vez, penso que se eu tivesse ganho essas coisas em outro momento, teria sido mais uma maquiagem no meu organizador, eu não teria dado bola e sei lá. O que eu quero dizer é que certamente não teria surtido o mesmo efeito que surtiu agora, por conta do momento. Justamente porque estou sem “poder” comprar nada, qualquer presente é uma ocasião especial e motivo de alegria.
Deu pra entender o ponto? A visão da
coisa depende muito do ponto de vista, mas também do contexto e eu acho que
estou vivendo muito isso. Estou tendo que abrir mão de algumas vontades, mas
por outro lado, eu estou sentindo muitos ganhos com isso tudo. Está sendo uma
experiência um pouco radical (traumática, talvez?? rs), mas sem dúvida, muito
enriquecedora. Tenho sempre que ponderar as coisas que poderei fazer se
conseguir me controlar com os gastos. Poderei viajar com maior tranquilidade,
sem contrair dívidas, fazer cursos, e claro, o mais importante: curtir aquilo
que eu já tenho! Esse é um exercício que eu tenho feito diariamente e adorado!
Bem, então é isso. Esse post está
absolutamente imenso e nem eu estou me entendendo mais. Estou com um certo
problema de tempo para postar, então não sei se já saiu o post da minha viagem
ao Chile, se já fiz resenha dessas tais maquiagens mencionadas no post... mas o
importante é que tudo que escrevi aqui é sentimento/experimento sincero e que
espero que possa ajudar outras pessoas que estão passando pela mesma
experiência. Até o próximo post e boa sorte para que, assim como eu, está
dentro de algum projeto ou está querendo mudar a relação com o consumo. Força e
foco!!
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