domingo, 14 de fevereiro de 2016

DOCUMENTÁRIO THE WOLFPACK

Esse foi, provavelmente, o documentário mais surreal que já assisti. É muito curioso imaginar que existem pessoas num mundo tão globalizado como o de hoje, vivendo em bolhas. Não é difícil pensar quando elas vivem em comunidades afastadas ou em locais inóspitos. Mas no meio de Nova York? Surreal!!

Bem, os Angulo são uma família bem diferente do convencional. Susana, uma americana do interior, conheceu Oscar numa expedição pela América do Sul e se apaixonou pelo jeito desprendido do rapaz. Vontade de mudar o mundo, desapego total ao mundo material... Já viram isso em algum lugar? Sim, o homem era tipo um hippie.

Só que ao contrário dos hippies, que apenas evoluíram quando o auge do movimento passou, Oscar acredita que esse tipo de vida dá para acontecer. Só que ao invés de escolher uma fazenda para a criação de sua fama ou algo mais aberto, mais espaçoso, ele opta por um apartamento no çentro de Nova York. E lá, Oscar e Susana têm 7 filhos, sendo 6 homens e a caçula, uma menina. Dai vem a parte louca. Ele cria os filhos isolados do mundo, sem qualquer contato com a sociedade, a qual ele julga perigosa e interesseira. As crianças, algumas já adultas, nunca frequentaram uma escola, nunca sequer conversaram com pessoas.

O escapismos deles acontece mediante filmes. Eles são aficionados por filmes, assistem o tempo todo e o maior passatempo da família é reproduzir esses filmes. É o incrível é que, com as poucas ferramentas que eles dispõem, eles até que são bem bons nisso! É o visual deles é muito engraçado, porque eles são magrelos e têm cabelos bem compridos... São uma espécie de cruzamento de Família Lima com Evo Morales! E eles são todos meio sombrios, meio personagens de filmes dos anos 80, uma coisa meio gângster... É muito interessante.

Dai que o documentário relatado dia a dia dessa família tão diferente e acaba revelando que ninguém, absolutamente ninguém é feliz vivendo desse jeito. Aparentemente nem o próprio pai, que impôs a todos esse estilo de vida que, claro, estava fadado ao fracasso. É um a um, os filhos começam a sair do apartamento e descobrir coisas simples, como árvores, praia... gente. É lindo ver a Susana ligando para a própria mãe e contando que ela é avó de 7 netos! Enfim, o documentário é meio treva, completamente bizarro, incomum, mas muito interessante. 

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