quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

PRODUTOS ACABADOS DO MÊS - JANEIRO

Nossa, que mês porcaria! Acabou muita pouca coisa e eu quase não tenho nada para mostrar por aqui. Mas, por outro lado, andei comprando algumas coisinhas e devo fazer alguns posts em breve de resenhas, para deixar esse blog um pouco menos chato. No mais, vamos ver o que acabou no primeiro mês do ano.

1.   Água Termal Evian e La Roche Posay – sim, os primeiros produtos trazidos da minha viagem à França começaram a acabar. A sorte é que eu fiz um mini estoque, então eu acho que não vou precisar me preocupar tão cedo. Não vejo diferença entre marcas, eu compro aquelas que meu bolso consegue alcançar e ponto final. A de 300ml ficava na minha casa e a de 50ml na nécessaire do escritório. Ambas já foram devidamente substituídas.
2.   Shampoo Pantene Pró-V – Esse shampoo veio num kit com um condicionador e um shampoo anti resísuos e todos são gigantes, com 400ml de produto! E eu comprei porque estava muito baratinho e eu estava precisando de produtos de cabelo na época. Não vou dizer que não gostei desse shampoo, mas eu achei que ele deixou meu cabelo um pouco pesado e eu confesso que não curti o cheiro frutado, que é forte e gruda no cabelo.

3.  Maybelline Age Rewind Corretivo – nossa, esse corretivo estava há tanto tempo no meu organizador que eu acho que a validade expirou há milênios atrás. Mas, a verdade é que a textura e o cheiro estavam perfeitos, de modo que não me importei muito com essa questão. Esse corretivo não é do tipo que cobre olheiras, a não ser que as suas sejam realmente leves. No meu caso, acabava usando um produto power para neutralizar as olheiras e esse por cima para dar uma iluminada e melhorar a cobertura.
4.   Jaci Manteiga Corporal de Lavanda e Cacau – eu amo os produtos dessa marca que são naturais e veganos. Já fiz posts deles aqui no blog. Esse, em especifico, é uma manteiga que quando você esquenta nas mãos, se transforma numa espécie de óleo. Pode ser usado no cabelo, no corpo, no rosto, etc. Como ele é muito oleoso, não curti essas recomendações. Mas, eu apenas amei essa manteiga para usar nos meus pés antes de dormir. Além de prolongar a manicure, ele deixa os pés renovados depois de um dia castigados dentro de um sapato. 

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

SALDÃO DE LIVROS DO MÊS - JANEIRO

Primeiro mês do ano chegando ao final. Devo dizer que eu esperava que janeiro fosse se mostrar um mês muito produtivo nas leituras porque, afinal, passei 16 dias de férias. Mas, a verdade é que o livro-líder escolhido para o mês era muito grande e a leitura foi muito arrastada, de modo que, ainda que eu tivesse lido algo em torno de 50 páginas por dia, parecia que a leitura nunca mais chegaria ao fim e claro que isso dificultou que eu conseguisse ler outros livros.

Mas, a parte boa é que eu consegui finalizar a leitura do livro do mês – Os Irmãos Karamázov do Dostoievski -, encerrando mais um clássico da literatura mundial. Além dele, li o livro da TAG e também outros 3 livros mais curtinhos, mas igualmente interessantes.
- Os Irmãos Karamázov (Fiódor Dostoievski) – começando pela minha opinião: não curti muito, o que tornou a leitura arrastada, lenta e mais difícil. A linguagem, como já era de se esperar, é bastante rebuscada e o autor tem o hábito de filosofar por páginas e páginas sobre assuntos que, em verdade, não são importantes para a história. Achei os personagens muito dramáticos e o mote da narrativa absolutamente bobo. Claro que foi escrito em outra época. Através dele, conheceremos três irmãos (os Karamázov), cada qual com uma personalidade distinta, mas todos com nervos a flor da pele e muito emotivos/efusivos.
- Retorno a Brideshead (Evelyn Waugh) – livro super diferente que veio na caixinha da TAG deste mês. É um daqueles livros que não fosse pela assinatura, talvez nunca houvesse lido e nem me interessado. É curioso porque ele tem uma narrativa meio parada, uma coisa meio que “não acontece nada”, mas ainda assim ele é super fluído e eu gostei muito. Ele vai nos levar à Inglaterra do começo do século XX e nos mostrar como era verdadeiramente uma família nobre britânica. Claro que veremos que os membros viviam de aparências e tinham muuuuitos problemas, inclusive de relacionamento.
- Literatura de Viagem e Sátira Política (Carollina Carvalho Ramos de Lima) livro escrito por uma professora de história que trabalha com a minha mãe, na verdade, essa foi a tese de doutorado dela. Ela irá nos mostrar a importância da literatura de viagem para os historiadores, que nada mais é do que os diários que escrevemos quando viajamos, as cartas que enviamos e hoje em dia, por que não, os textos dos blogs. É através desses relatos escritos por nossos antepassados que hoje sabemos como era o mundo de antigamente. E ela vai nos levar ao livro A Carteira do Meu Tio, do Joaquim Manuel de Macedo, que é uma sátira da política da época do Segundo Império, escrito por meio da técnica da literatura de viagem.
- A Carteira do Meu Tio (Joaquim Manuel de Macedo) - o livro supra me levou a esse! Me deu muita vontade de ler esse livro depois que li alguns trechos dele no Literatura de Viagem, porque ele é inteligentíssimo e poderia muito bem ter sido escrito hoje. O Sobrinho pretende ser político e o Tio, que é um cara importante e seu padrinho, irá financiar uma viagem pelo Brasil para que o sobrinho possa ver o país a que pretende governar, conhecer seus problemas, suas necessidades, etc. Mas ele é uma sátira à política da época e, portanto, veremos um Sobrinho já com as características de um político padrão: desonesto, corrupto, desinteressado nos problemas dos outros e interessado unicamente na chamada “política do Eu”. Muito interessante!
- As Sombras de Longbourn (Jo Baker) – livro muuuuito gostosinho de ler, e o único que li online e, portanto, não vai aparecer na foto desse post. Ele foi escrito por uma escritora inglesa contemporânea, mas inspirado em Orgulho e Preconceito da Jane Austen. Na verdade, ela utiliza-se da história daquele livro, dos personagens e cenários, mas os protagonistas de As Sombras de Longbourn são os empregados, que sequer são citados no romance de Jane Austen. Não é um livrão, mas para quem ama Orgulho e Preconceito e ficou tristinho com o fim (volta Mr. Darcy!!!!), vai gostar muito desse romancezinho bem gostoso e que, de quebra, conta com uma infinidade de descrição dos costumes daquela época. 

domingo, 28 de janeiro de 2018

LUISANCE BROW DOUBLE EFECT - COR B - REVIEW

Eu já comentei por aqui que os produtos made in China de maquiagem têm melhorado demais nos últimos tempos. São muitas as opções e cada vez mais eu tenho visto blogueiras e Youtubbers fazendo vídeos e posts inteirinhos só com makes de marcas xing lings com resultados impressionantes. E os preços são incrivelmente convidativos, assim como as opções e variedades. E numa das minhas idas à 25 de Março, eu comprei esse duo para sobrancelhas da marca Luisance por apenas R$ 7,00.

Havia duas opções de cores, a A e a B, sendo a A para cabelos/pêlos carinhos e a B para cabelos/pêlos mais escuros. Trouxe a B comigo para ver qual que era, mas já com o pensamento: se não curtir, pelos menos terei jogado fora apenas R$ 7,00! Como vocês podem ver pelas fotos, de um lado da embalagem você tem um lápis retrátil chanfrado para desenho e preenchimento e, de outro, uma escovinha com cor, para deixar os pelos no lugar e, mais uma vez, dar uma preenchida. A validade é abril/2020, o que eu achei bem bom.

Devo dizer desde já que eu gosto de preencher minhas sobrancelhas porque elas são muito falhadas. A verdade é que eu gosto é de corrigi-las, para que pareçam mais “normais”, mas eu não gosto de sobrancelha muito marcada ou muito pesada. Daí, eu devo dizer que o lado do lápis chanfrado serviu muito bem para o meu propósito. Como vocês podem ver, ele parece bem escuro na embalagem, mas no swatch, ele se mostra bem neutrinho e suave. Ele não é muito pigmentado e por isso mesmo eu acho que ele fica mais natural. E é bem fácil desenhar os pêlos.

Já o lado da escovinha não me serviu muito. Confesso que se o gelzinho fosse transparente, eu acho que esse seria o produto favorito da vida para a função! Mas, o gelzinho é muito pigmentado e, apesar de no swatch ele parecer da exata mesma cor do lápis, ele acumula demais e deixa o visual super pesado. Daí que a parte do gel vai ficar para uma próxima! No mais, acho que por R$ 7,00, se um lado só funcionou, e muito bem por sinal, já estou mais do que satisfeita com esse produto. 

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

VIAGEM FRANÇA - DIA 09 - MARAIS E ÎLE DE LA CITÉ


blusa My Basics e saia Farm - ambos foram comigo para a Alemanha! A jaqueta é Ralph Lauren de brechó e eu amei o conjunto!!!
O dia amanheceu chuvoso e eu não tive outra alternativa senão sair na chuva, porque ficar dentro do hotel estava absolutamente fora de cogitação. Já estava esperando outro dia como aquele em que fui à Torre Eiffel e Invalides, no qual choveu o tempo todo e eu cheguei no hotel a noite congelada e ensopada. Fui direto em direção à Catedral de Notre Dame que, apesar de ter sido fotografada de longe logo no primeiro dia de viagem, ainda não havia sido vista com cuidado por fora e eu não tinha conseguido entrar. No final, a chuva me ajudou e não tinha fila alguma na porta – ufa!

Tive sorte de estar acontecendo uma missa no local e eu achei phyno sentar num banquinho (não sei como se chamam os bancos de igreja) e assistir um pouquinho, pegar um pouco da energia daquele lugar tão histórico e antigo. Fiquei um pouco por lá, o que me ajudou a proteger da chuva, e depois fui dar uma volta nos arredores, fazendo tempo enquanto não dava o horário para subir à torre. A Notre Dame em si é gratuita, você paga apenas para subir e ver o sino e as gárgulas, além da vista incrível, o que eu recomendo com amor.

Às 10hs em ponto subi as escadas que são bastante estreitas, o que me deixou um pouco nervosa. Mas, esse primeiro lance, além de levar a um primeiro piso, onde você pode comprar souvenires e também o ingresso para o topo, conta com número limitado de visitantes, o que me deixou mais tranquila. Depois, mais um lance de escadas que começam mais largas e vão se estreitando. Lá em cima, onde também é um pouco estreito, você se depara com as famosas gárgulas, que são incríveis e renderam muitas fotos. Valeu muito a pena os 10 Euros despendidos!!

De lá, ainda debaixo de chuva, segui para o que eu classifiquei de um dos lugares mais lindos já vistos na minha vida! Eu não encontrei em toda a viagem uma capela/igreja tão maravilhosa como a Sainte Chapelle, e olha que eu entrei em 1 milhão de igrejas!!!! E não é por menos, porque ela foi construída exatamente com o objetivo de abrigar uma grande relíquia: a coroa de Cristo – ou o que pensam tratar-se dela -, que hoje encontra-se em Notre Dame, por motivos de segurança. Nela, há duas capelas, a inferior e a superior.


A primeira delas é legal, bonitinha, guarda alusões a São Luís – o Rei Luis IX, construtor da capela - e, mais uma vez, fiquei emocionada ao ver a menção a tantos nomes honrosos e históricos dos livros que tive a oportunidade de ler – Os Reis Malditos. Mas, é no andar de cima que a mágica acontece. É tanta beleza que a gente simplesmente não sabe para onde olhar e quer tirar foto de tudo e fica boba!! Não é à toa, tanto pela história, quanto pela beleza, que é Patrimônio Mundial da Unesco. A Sainte Chapelle é inteira de vitrais, com o teto todinho em azul pavão, todo trabalhado e o piso... gente, o lugar é uma obra de arte!! E o mais legal é que ela não foi danificada durante a Revolução Francesa. Dizem que 70% dos vitrais são originais!

De lá, segui para a Conciergerie, que é logo ao lado e você consegue comprar tickets combinados. A verdade é que o lugar é bem legal, mas depois de ter entrado na Sainte Chapelle e na Notre Dame,  nada superaria tamanha imensidão e grandiosidade!!! Muito bem. O local é bem rústico e escuro, cheio de colunas e com o teto todo de arcos ogivais. Eu achei que o trabalho de iluminação que eles fizeram lá dentro ficou bem incrível. O lugar foi residência de reis até o século XIV e depois disso, foi convertido em prisão.

O que eu amei na Conciergerie é que ela traz um panorama sobre a Revolução Francesa, com vídeos, prints, textos e bastante informação. Durante o período, lá ficou conhecido como a câmara da morte e a personagem mais ilustre foi Maria Antonieta que passou seus últimos dias na Conciergerie antes de ser decapitada. E por isso, lá encontramos uma capelinha em homenagem a ela e também alguns objetos como a camisola e um tufo de cabelo.


Saí de lá com o tempo mais amistoso, sem chuva!!! Almocei no mesmo lugar do café da manhã e segui para o Marais. Claro que me perdi, porque não fiz outra coisa nessa viagem senão me perder!! Mas eu sempre vejo um lado positivo nisso porque acabei me deparando com a Eglise Saint Louis, na Îlle se Saint Louis, que fica bem ao lado da Îlle de la Citè, onde se localizam os monumentos já citados. A igreja é apenas maravilhosa por dentro e muuuuuuuuito antiga.


Andando, andando, andando, cheguei à Praça da Bastilha, lugar bem feiosinho, mas onde estava rolando uma feira super divertida, com comida, roupas e todo tipo de quinquilharia. Acabei comprando dois colares lindos para mim e um para a minha mãe, no que se mostrou uma das melhores compras da viagem. Segui para a Praça des Voges e entrei no apê do Victor Hugo. Vale a pena dar uma checada porque além de ser charmosíssimo e gratuito, tem um banheiro super limpinho!!!

Aí, como sempre, me perdi novamente até chegar no Marais, onde cheguei com um pouco de atraso e muuuuuito cansada. O Marais é um bairro judaico e bem boêmio. É como se fosse uma Vila Madalena com muita história para todos os cantos. Ele é bem movimentado, repleto de gente alternativa, barzinhos, restaurantes, lojinhas e brechós. E claro que lá há muita referência ao nazismo e também “homenagens”, ou melhor dizendo, lembranças de quando as crianças judias foram retiradas de suas escolas para nunca mais serem vistas. Por lá, além de passar uma tarde absurdamente agradável, comi o melhor faláfel da minha vida!!!!!


E quando você acha que o dia acabou, ele não acabou... Resolvi voltar para o hotel caminhando! Fui para o Halles, que é uma espécie de shopping modernoso, gigantesco, lotado de lojas e ótimo para usar telefone, fazer xixi, descansar os pés e coisas do tipo. Passei pela Place Vendôme, que é muito linda, mas não tem nada de interessante para pessoas desprovidas de din din, rs!!! E, por fim, finalmente consegui entrar na Igreja Madeleine, que sempre estava fechada. E vou falar que valeu todo o sacrifício, porque o interior dela é um dos mais bonitos. Fora que estava tocando uma música boa, que dava uma paz... No fim, acabei voltando de metrô para o hotel porque meus pés já não estavam mais aguentando!!

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

TAG LITERÁRIA - DEZEMBRO/2017 - A PRAÇA DO DIAMANTE

Livro da TAG de dezembro que acabei de ler no exato dia 31/12! Mas, como sou uma pessoa lenta, só consegui resenhar agora. É um daqueles livros que eu certamente não teria lido se não fosse pela assinatura. Ele não tem um enredo muito atraente e confesso que eu demorei para engrenar na história. Foi escrito por uma catalã, na língua catalã, e é considerado um clássico.

A protagonista é Colometa, uma moça simples que vive em Barcelona. Trabalha num comércio pequeno, é órfã de mãe e seu pai há muito se esqueceu dela. Um belo dia, Colometa conhece Quimet na Praça do Diamante, um jovem galanteador, animado, que a tira para dançar. A verdade é que a moça descreve o rapaz de uma forma a não demonstrar que ele é um cara bonito ou “apaixonável” (“ele tem olhos de mico”). Mas, eu creio que pela aventura e pela liberdade, Colometa acaba se envolvendo com o rapaz, noivando e se casando.
Só que Quimet é um cara machista e dominador, de modo que a protagonista passará a viver a vida que o marido impôs e não aquela que ela escolheu para si. Mas ela é uma pessoa meio apagada e, não sei se foi impressão minha, mas não tive o entendimento de que ela era infeliz. Eles têm dois filhos e Colometa tem como amiga, em verdade, apenas D. Enriqueta, uma senhora de idade que lhe dá conselhos e a trata como uma espécie de filha.
Um belo dia, Quimet resolve criar pombos em casa, dezenas deles e coloca Colometa para cria-los. E essa é a parte, na minha opinião, meio opressiva. Porque ela narra a situação como sufocante, como se ela sentisse cheiro de pombos em todos os lugares, como se a casa estivesse sempre suja e impregnada de aves e ela sente-se na obrigação de acabar com aquilo, mas não sabe como. E numa cena que, pra mim, é a primeira “grande cena” do livro, ela começa a chacoalhar os ovinhos para que não naçam mais filhotes e aquilo não se torne um pesadelo ainda maior.
Muito bem, em determinado momento, estoura a revolução e Quimet vai para a guerra ao lado dos revolucionários. Nesse momento, Colometa perde o emprego de doméstica e a situação começa a se complicar na cidade. A comida começa a acabar, assim como o dinheiro da família. Quimet morre na guerra e, numa “segunda grance cena” do livro, há dias sem ter o que comer e sem mais nada para vender, Colometa sai em busca de ácido nítrico, com o intuito de matar-se e aos seus filhos, acabando com o sofrimento da família.
Só que a vida é surpreendente e antes que ela conseguisse êxito na empreitada, o dono da venda a chama para trabalhar, e passa a cuidar de Colometa e das crianças como se fossem da sua família. Ele e a protagonista se casam e, de alguma forma, o leitor passa a perceber que é a partir desse momento que Colometa e as crianças passarão, de fato, a viver. É como se Quimet, ou a sombra dele, atrapalhassem a felicidade daquela família, sugassem suas energias. 

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

VULT - BATOM LÍQUIDO MATTE COR 04 - REVIEW

Eu mostrei nesse post aqui que comprei um batom líquido matte da Vult numa espécie de “emergência” e a verdade é que eu me apaixonei. Veja bem, eu continuo achando que esse tipo de batom é desconfortável, porque deixa a boca muito ressecada, mas a verdade é que ele compensa com uma durabilidade incrível e com outra coisa que é bem importante pra mim: ele não vaza nas laterais.

Acho que já contei a vocês por aqui que eu tenho um problema com os meus lábios: sempre que eu passo um batom cremoso – que é o meu acabamento favorito, dá um tempinho e ele já escapou inteirinho pelos mini vasinhos que cercam os beiços, me deixando com uma cara de palhaço. Isso sempre acontece, não importa que eu passe lápis de boca ou que eu passe um corretivo ao redor. Mas, a verdade é que com esse batom matte, isso não acontece. E o que eu tenho feito é ou usá-lo sozinho ou usá-lo como base para um batom cremoso da mesma cor.

E com tanto amor, eu acabei consumindo também o bonito na cor 04, que é uma espécie de magenta queimado, um dos meus tons favoritos e que super orna com a minha pele. Ele tem a exata mesma consistência do vermelhão que mostrei no outro post e gruda nos lábios o dia todo. Como vocês podem ver pelo swatch acima, os batons mais parecidos com ele são os da R12 Sephora e o Craving da MAC, que por serem mais cremosos, costumo usar por cima do 04 da Vult, como mencionei. 

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

PRODUTOS PARA O CABELO

essa foto é mega antiga, mas eu amo!
Muito bem. Como eu já falei trocentas, vezes por aqui, tenho cabelos muito finos e muito lisos, o que significa que se ele seca ao natural, que é o que acontece na minha realidade de falta de tempo e habilidade, ele fica completamente sem graça. Isso me faz estar sempre atrás de produtos novos para dar uma bossa ou um voluminho nas madeixas, deixando-as mais interessantes e o visual mais moderno.
Daí que nesse post eu resolvi fazer um apanhadão de produtos que tenho usado como finalizadores capilares, que eu aplico após o banho, com os cabelos ainda úmidos. É assim que eu faço todos os dias. Passo o produto escolhido, sempre prestando atenção se todos os cantos foram alcançados, e massageio, para dar uma espalhada. Finalizo com um toque na franja e fico amassando até que o cabelo esteja seco.

O que acontece ao longo do dia, inevitavelmente, é que o efeito voluminho vai sumindo e o cabelo vai caindo, ficando cada vez mais sem graça. Mas o que dá para fazer - eu não faço, por pura preguiça -, é dar uma reavivada ao longo do dia com o produto escolhido. Dá super certo. E como eu tenho uma quantidade bem boa de produtos no meu armário, resolvi vir aqui falar um pouquinho sobre alguns deles, mostrando as diferenças e as finalidades.
foto antiga, mas ainda tenho uma porção desses produtos

Aussie Beach Miracle Waves - esse é o mais novo da coleção e não está na foto acima - aliás, eu vi que sequer fiz post sobre ele -, foi comprado na minha viagem à Paris. Não levei nenhum finalizador capilar nesse trip e no meio do caminho - mentira, lá pelo começo da viagem -, senti uma falta incrível de um produto desse tipo. Esse foi baratinho, custou uns 5,00 Euros e devo dizer que curti muito sua atuação. 

Ele é um dos que deixam o cabelo mais durinho, menos confortável de mexer, mas ainda assim, deixa as madeixas movimentadas e naturais. Dá pra ver que tem algo ali, mas como o visual não é pesado, ele funciona apenas como uma colinha para deixar o cabelo do jeito que eu quero. A única coisa que me incomoda nele é o cheiro, que parece remédio e é meio forte. O bom é que eu só sinto na aplicação, depois ele acaba sumindo. 


Spray Tresemmé Perfeitamente Desarrumados - mais um que não está na foto - eu sou uma ótima blogueira!! Esse produto é um pouquinho diferente dos demais porque ele não deixa o cabelo durinho ou mais firme. Ele apenas confere uma leve texturinha, um voluminho mais natural. O cabelo não vai ficar bagunçado e você vai conseguir mexer nele normalmente, como se nem tivesse produto ali. Por isso, ele é legal para aqueles dias que você quer dar uma folga para os produtos mais “power”, mas não quer deixar o cabelo lambidão. A única coisa que me incomoda nele é o cheiro, que eu acho bem ruim, mas sai logo.


- John Frieda Luxurious Volume eu adoro qualquer coisa dessa linha Volume da marca e costumo usar o shampoo e o condicionador também. Eles não fazem milagre e não são "volume em forma de potinho”, mas ajudam a deixar os fios mais soltos e isso dá a ilusão de um cabelo mais cheio. Esse produto em específico me custou os olhos da cara na época e já está bem usado, inclusive meio que perdendo a força. 

No começo, ele era um dos meus produtos mais poderosos, que deixavam meu cabelo até durinho, mas agora, ele está meio que fazendo o mesmo efeito do Tressemè. Por isso ainda o conservo comigo e continuo usando para aqueles dias em que eu quero movimento e um “twist” com carinha de natural.


Beauty Box Surf Breeze - Finalizador Beauty Box – esse é um dos meus mais antigos e eu acho que o que mais “firma” no cabelo. Ele tem um cheiro delicia de baunilha e uma textura mais grudenta na hora de passar, mas que vai embora quando seca. Com ele, eu consigo modelar mais o meu cabelo do que com os outros produtos e dependendo do comprimento em que está o meu cabelo, ele até fica com um volumão, com cara de cabeleireiro. Mas, tal qual os demais, depois da aplicação você tem que ficar amassando as mechas até que elas sequem por completo, senão o próprio peso do cabelo vai deixá-lo liso e durinho!


Eu tenho outros produtos - alguns nem apareceram na primeira foto -, mas eu achei que ia ficar um pouco de repeteco de texto e resolvi deixar como está. Esses, de toda sorte, são os que eu mais uso e os que eu achei que valeria a pena trazer aqui. 

domingo, 21 de janeiro de 2018

ANGÉLICA E O REI

Nesse terceiro volume de Angélica, eu tive a impressão de estar revendo a série Versailles – post aqui. E foi por essa razão, que eu passei a ter certeza de que os autores, à exceção de personagens fictícios como a própria protagonistas, de fato utilizaram-se de personagens da própria história da França e de fatos ocorridos naquela época. E eu achei muito legal na maneira como eles inseriram a história de Angélica nesse contexto e como ela se relacionou com os personagens de verdade.

Neste volume Angélica está muito bem de vida, devidamente estabelecida como uma comerciante de sucesso, e casada com Felipe, seu primo e marechal. Em verdade, a única coisa que falta na vida da moça é um lugar na corte, situação absolutamente essencial e almejada por todos aqueles que querem ter “um lugar ao sol” e, como sabemos, o matrimônio de Angélica se deu com esse intuito.
Claro que, como era de se esperar, e a exemplo do que foram as núpcias do casal, a vida em conjunto não vai nada bem. Felipe colocou como principal mote em sua vida não deixar que a esposa seja feliz e pior, que consiga atingir o seu objetivo, que é exatamente atrair a atenção do rei.
Mas sabemos que Angélica é, sobretudo, uma pessoa absolutamente astuta, que já passou por muito nessa vida e que não deixará que seu esposo atrapalhe qualquer tipo de plano. Como o próprio título desse terceiro volume já diz, Angélica e o Rei se entenderão muitíssimo bem e ela conseguirá o seu lugar na corte, independentemente de todas as estratégias traçadas por Felipe para impedir que isso aconteça. O legal é que a gente vai acompanhando a troca de favores que se estabelece entre os membros da nobreza. Absolutamente tudo é negociável e as pessoas não se rogam nas promessas para obtenção de um cargo com mais prestígio.
E dando um pequeno spoiller, o rei se apaixona por Angélica, Felipe se apaixona por Angélica... todos se apaixonam pela nossa protagonista1 O livro é marcado por mortes tristes e também pela questão do veneno, tão tratado na Série Versailles. 

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

LIVRO - HISTÓRIA DA MENINA PERDIDA

Último volume da Quadrilogia Napolitana da Elena Ferrante. E, a exemplo dos demais, ele começa exatamente onde o último terminou, no caso, com a protagonista Lenu abandonando sua família e indo para a França com Nino, o grande amor de sua vida. Só que como todos os envolvidos são italianos de sangue quente, essa decisão não vai agradar e vai provocar uma série de consequências que irão colocar à prova o próprio amor desse casal. E claro que o pivô da confusão não poderia ser ninguém mais do que Lila! Durante um tempo, esse romance entre os dois dará certo, e eles viverão numa bolha de amor e sucesso – pois os livros de Lenu estão estourando. Mas todo o entorno desse casal se desmorona. As filhas se rebelam contra uma mãe ausente, o marido ficará enlouquecido, assim como os sogros, que tornam-se hostis e o pessoal de Nápoles, incluindo sua mãe, ficarão contra a decisão de Lenu.

Desolada e confusa, ela vai morar com os sogros e, depois, com a cunhada, em um apartamento repleto de gente alternativa e drogada. Lá ela conviverá com Franco, seu ex-namorado, e presenciará seu suicídio, situação que servirá de estopim para essa vida bagunçada escolhida pela protagonista. Lenu, então, assume seu relacionamento com Nino e vai morar em Nápoles. Lá, ela acaba convivendo, mais uma vez, com toda vizinhança napolitana, o que a motiva a escrever cada vez mais. Em contrapartida, ela terá de lidar com três situações: a vida dupla de Nino, que não abandonou sua família original e simplesmente acrescentou mais uma ao currículo, a doença de sua mãe e uma terceira gravidez, ao lado de Lila.

O fato de as amigas estarem grávidas ao mesmo tempo as aproxima. Cuidarão uma da outra, dos filhos umas das outras e morarão no mesmo prédio. Isso porque Lenu, após descobrir que Nino tinha várias amantes e não podia controlar esse ímpeto, resolve abandoná-lo e viver sozinha com as filhas. Sua mãe vai morrer, sua irmã vai se casar com Marcello Solara e junto de Lila, elas passarão a publicar artigos e fazer de tudo com vistas a prisão dos irmãos Solara, os camorristas do bairro. Lila e Lenu viverão uma vida de quase simbiose, de dependência mútua, onde uma não conseguirá viver sem a outra, ainda que tal relação faça tão mal a ambas. As meninas das amigas crescerão juntas e as comparações serão feitas, inevitavelmente.
Até que entendemos o título do livro, com o sumiço de Tina, a filha de Lila. Com essa fato, ela enlouquece e a vida de todos ao redor muda completamente, mostrando que, de uma forma ou de outra, todos no bairro dependiam de Lila para algo, ou apenas a respeitavam de uma forma quase submissa. E é nesse contexto que o livro vai transcorrer até o final, com o inevitável sumiço de Lila, que é exatamente quando o primeiro livro começou. 


A Amiga Genial 
História do Novo Sobrenome 
História de Quem Foge e de Quem Fica

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

SÉRIE DARK

Que série incrível!!! Alemã, original do Netflix e com um “Q” de Stranger Things. Na verdade, eu diria que é uma espécie de Stranger Things de gente grande! Vamos lá. Há uma cidadezinha na Alemanha, que é meio que cortada por uma floresta com uma grande caverna no centro. A cidade é bem sinistra e todo mundo se conhece, todo mundo trai todo mundo, é uma podridão horrível. Esse é o contexto.

A história se passa em 2019 e há 33 anos atrás, um garoto desapareceu sem deixar vestígios. Agora, passado todo esse tempo, a história parece voltar a se repetir, com o que seria o sobrinho do primeiro desaparecido, também sumindo do mapa. E o pior, outros dois garotos também desaparecem e um quarto não identificado surge morto na floresta, aumentando o mistério. Chove o tempo todo, está sempre escuro e coisas sinistras começam a acontecer, como pássaros mortos caindo do céu e a energia da cidade falhando em determinados momentos.

Bem, talvez daqui para frente rolem uns spoillers. O que a gente vai acabar percebendo, é que essa caverna sinistra, que na verdade fica muito próxima à usina nuclear da cidade, guarda uma fenda no tempo. Nela, a cada 33 anos, que é quando o sol e os planetas estão exatamente na posição correta, você consegue passar para “outro tempo”. Então, desse momento em diante, a série começa a ser passada em 2019, 1986 e 1953. Vemos todos os personagens em todas as idades e notamos que alguns deles, na verdade, apenas viajaram no tempo.

Mas, a coisa não é tão simples quanto parece. Existe um cara esquisitão que é quem está sequestrando as crianças para a realização de testes, tem a coisa da ”mudança do tempo”, do querer mudar os fatos para um futuro melhor e as consequências que podem advir dessas ações, e muitas outras coisas. A série é bem legal, bem sinistra e a segunda temporada já foi confirmada. 

sábado, 13 de janeiro de 2018

LIVRO - HARRY POTTER E A ORDEM DA FÊNIX

É realmente impressionante como os livros da saga Harry Potter são incríveis e delicinhas de serem lidos. Esse quinto volume, em particular, tem mais de 700 páginas e foi lido por mim em apenas 2 semanas, considerando-se que estava lendo outros títulos ao mesmo tempo e também considerando-se a correria do final de ano e os eventos pipocando por toda parte.

No final do quarto volume, vimos que o Voldemort se fortaleceu e agora ele já consegue atuar por conta própria e possui poderes muito potentes, semelhantes àqueles que possuía antigamente. Vimos também que ele conseguiu reunir seu exército de Comensais da Morte, facilitando sua atuação. Ou seja, o perigo retornou e não há outra escolha a não ser lutar. E é nesse contexto que entra a Ordem da Fênix, que é uma espécie de brigada secreta de pessoas interessadas no extermínio do Lord das Trevas. Ela é formada por aurores, pessoas ligadas ao ministério, professores e toda sorte de “bruxos do bem”, incluindo os Longbotton, os Weasley, Sirius, Lupin e todo pessoal que lutou contra as forças do mal antes de Harry nascer.
Só que essa Ordem age na surdina, porque além de terem de se esconder das forças do mal, os membros também têm de enfrentar o descrédito. O Ministro da Magia – em razão de interesses absolutamente pessoais e escusos -, não acredita (ou não crer acreditar) na volta de Voldemort. Ele fará de tudo para que a comunidade bruxa também siga esse caminho. Para tanto, colocará em dúvida qualquer relato havido por Harry Potter e por Dumbledore – a quem taxará de gagá – e colocará a própria Hogwarts em observação. Através da ditatorial Umbridge, Hogwats passará a ser supervisionada de perto e qualquer atividade suspeita por parte de alunos e professores, será retaliada. Ela basicamente toca o terror no colégio e age através do medo. 
Em paralelo a essa loucura, Harry começa a apresentar sinais mais e mais fortes de sua ligação com Voldemort. Ele passa a ter sonhos muito realistas e a sentir os exatos mesmos sentimentos do Lord das Trevas. Inicialmente, tal conexão parece bastante favorável, uma vez que Harry consegue visualiza as maldades que o bruxo está fazendo e salvar algumas pessoas de suas presas. Mas depois, o próprio Voldemort percebe essa questão e passa a usá-la a seu favor, atraindo Harry e os membros da Ordem para uma armadilha. As coisas não ficam exatamente bem depois disso, mas pelo menos, a situação serviu para que toda comunidade bruxa tivesse a confirmação da volta do Lord das Trevas e Harry tem algumas questões antigas esclarecidas.

O próximo volume já vai começar com a luta do bem contra o mal!

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

VIAGEM FRANÇA - DIA 08 - VALE DO LOIRE

blusa Siricutico, cardigã e calça My Basics
Outro dia maravilhoso na minha viagem, um dos mais amados. Está comprovado que eu amo castelos e cidades medievais e não importa o quão incrível seja Paris, eu acabei me apaixonando mesmo foi por essas cidadezinhas de interior. E a título de curiosidade, devo dizer que o start, o impulso que motivou a minha ida a França foi um Globo Repórter em que a Glória Maria visitou o Vale do Loire e desde então, sou louca para visitar a região. Para tanto, tendo em vista que não há trens para lá, contratei uma excursão com a Paris City Vision e fui de ônibus leito para o interior.

Acordei super cedo, ainda era noite, saí do hotel às 6:10hs e segui em direção ao metrô Louvre/Rivoli. Cheguei ao escritório da agência que fica em frente à estátua da Joana D´Arc, local super central e conhecido e troquei meu voucher. Como ainda era cedo, fui dar um passeio lá na frente, nas Tulherias, e tirar foto de algumas estátuas e da paisagem. 

Dentro do ônibus, a guia ia falando português e forneceu informações bastante instrutivas sobre os locais a serem visitados e também sobre as pessoas que ali habitaram no passado. Confesso que foi bem legal porque eu não fazia ideia do que esperar.


Paramos na estrada para fazer xixi e esticar as pernas e depois, seguimos em direção à primeira parada: Amboise. Ela encontra-se à beira do Rio Loire e a vista da estrada já te deixa babando, porque o rio é realmente bonito e a cidade é medieval, fofa e até que grandinha! Lá tem um castelo que foi habitado pelas dinastias Valois e Bourbon desde 1200 e poucos até 1500 e poucos. O castelo é bem legal porque está super bem conservado, é grande e conta com um jardim muito bonito, pontes e tudo aquilo que a gente espera. Vou contar um pouco sobre a história do local.

O castelo de Amboise fica numa região bem estratégica e de lá do alto, é possível ter uma visão bem privilegiada de todo local, de modo que seus habitantes pudessem se proteger de invasores indesejados, incluindo os temidos vikings. Mas lá também foi palco de nascimento e criação de grandes monarcas e também de visitas de pintores renascentistas ilustres.


Dentre muitos monarcas, pelo menos durante a minha visita, foram destacados Charles VIII e sua esposa, Ana de Bretanha. Claro que o casamento dos dois aconteceu com vistas a uma aliança política na região, o que era costumeiro na época, em meados de 1480 e poucos. Sem deixar descendentes, com a morte de Charles prematuramente ao 28 anos – vítima de uma pancada de cabeça numa das portas do castelo (risos) -, veio Luis XII, que casou-se com a mesma Ana da Bretanha, que não deixou herdeiros vivos. 

Mais tarde, veio François I, que era um grande incentivador dar artes, um verdadeiro mecenas. E em meados de 1500, ele convidou o próprio Leonardo da Vinci, já com idade avançada, a visitar Amboise. Lá, o artista pintou a célebre Monalisa, que foi comprada pelo rei – eis a razão do porquê ela está no Louvre, ela é francesa!!! – e lá o artista foi enterrado, na capela do castelo.

O castelo em si tem uma decoração bem modesta e pouco mobiliário e a razão disso é muito simples. Antigamente, os monarcas não estabeleciam residência fixa num só local, eles viajavam bastante e ficavam hospedados em outros castelos. Daí, como não havia uma profusão de grana para deixar todas as residências mobiliadas – como mais tarde se veria em Versailhes e Fontainebleau, por exemplo -, os empregados iam na frente da comitiva, levando tudo o que havia de móveis e faziam a sua instalação na residência seguinte, antes dos monarcas chegarem.



Muito bem. Da visita do castelo, nos foram concedidas algumas horas para o almoço, antes de prosseguirmos viagem para a próxima cidade. E foi uma delícia, porque ao invés de almoçar num restaurante, eu comi um quiche e um doce e fui explorar aquela cidadela tão bonitinha, uma das mais fofas que me deparei durante a viagem. Fui até a Igreja St. Denis, que é de 1100 e poucos e vi muitas casinhas de época. O comércio local também é muito bom, assim como a vista encantadora para o rio.


Pouco tempo depois e muitas cidades gracinha no meio do caminho, fui parar em Chenonceau que, confesso, foi o que eu menos curti dos três castelos visitados. Mas, em compensação, a história dele é a mais legal de todas. Dentre muitos reis e rainhas, dois dos habitantes célebres do local foram Henri II e Catarina de Médicis, por volta de 1500 e poucos (alguém assistiu The Reign?). 

A rainha era muito feia e tinha noção disso, mas em compensação, era extremamente astuta e tinha mão de ouro para política. Eles se casaram muito cedo, ambos com 14 anos de idade, e não havia jeito de surgir um herdeiro. Foi aí que o tio de Henri sugeriu uma visitinha de uma mulher mais velha para ensinar ao sobrinho as artes do amor.

Diane de Poitiers foi a escolhida e, apesar de ser bem mais velha que Henri, ela era muito bonita e ele se apaixonou por ela. Como Catarina precisava/dependia dessa mulher para que continuasse a dar filhos ao seu marido (eles tiveram 10 filhos, a estratégia do tio deu super certo!) e para fins de equilíbrio do casamento, o triângulo amoroso foi estabelecido no local, todos com benefícios. Diane tinha seu lugar na nobreza, com benefícios de rainha, Catarina governava o reino inteiro e Henri se mantinha sossegado e feliz.

A última célebre monarca que viveu no local foi Louise de Lorraine, que viúva de Henri III, enclausurou-se em seu quarto na torre, onde dedicou-se ao luto e à leitura e morreu de tristeza no local. Hoje o castelo é propriedade particular de uma família suíça fabricante de chocolates. O castelo é muito bem conservado e muito bonito, e, apesar de ter até mesmo obras de pintores célebres, como Rubens, ele não conta com o charme de uma cidadezinha medieval no seu entorno, como Amboise. Mas os jardins realmente valem muito a pena.

Por fim, a última parada antes do retorno à Paris foi Chambord, que é o maior castelo de todos os visitados. Ele foi criado por François I, o mecenas de Leonardo da Vinci, e utilizado como refúgio para os dias de caça na região. O local é imenso, assim como as florestas no entorno e o curioso é que ele conta com inúmeras lareiras e cheira a madeira queimada. O maior charme do castelo, sem dúvida, é a escada espiral dupla, bem no seu centro, projetada por ninguém menos que o próprio Leonardo da Vinci. É composta por duas rampas geminadas que se enrolam uma na outra em torno de um núcleo oco com aberturas. Se duas pessoas usarem uma rampa diferente, podem ver-se pelas aberturas durante todo o percurso, mas nunca se cruzarão uma com a outra.


Ele conta com vários cômodos mobiliados, mas menos do que Chenonceau. Há muitos andares e muitas salas a serem vistas. O curioso é que esse castelo foi muito pouco usado, ele é uma espécie de elefante branco, um dinheiro jogado fora. Uma pena que tínhamos tempo limitado em cada um desses castelos, essa é a desvantagem de estarmos em excursão. Gostaria de ter visto Chambord com mais calma, explorado cada um dos andares, os terraços, os jardins... Ele conta com um vilarejo no seu entorno e eu também queria dar uma explorada nesse lado de fora, por isso acabei fazendo tudo meio que correndo, com medo do tempo. Definitivamente, um dos melhores dias, dos que mais valeram a pena.   
tchau dia lindo!!!