blusa My Basics e saia Farm - ambos foram comigo para a Alemanha! A jaqueta é Ralph Lauren de brechó e eu amei o conjunto!!! |
O dia amanheceu chuvoso e eu não tive outra alternativa senão sair na
chuva, porque ficar dentro do hotel estava absolutamente fora de cogitação. Já
estava esperando outro dia como aquele em que fui à Torre Eiffel e Invalides, no
qual choveu o tempo todo e eu cheguei no hotel a noite congelada e ensopada.
Fui direto em direção à Catedral de Notre Dame que, apesar de ter sido
fotografada de longe logo no primeiro dia de viagem, ainda não havia sido vista
com cuidado por fora e eu não tinha conseguido entrar. No final, a chuva me
ajudou e não tinha fila alguma na porta – ufa!
Tive sorte de estar acontecendo uma missa no local e eu achei phyno
sentar num banquinho (não sei como se chamam os bancos de igreja) e assistir um
pouquinho, pegar um pouco da energia daquele lugar tão histórico e antigo.
Fiquei um pouco por lá, o que me ajudou a proteger da chuva, e depois fui dar
uma volta nos arredores, fazendo tempo enquanto não dava o horário para subir à
torre. A Notre Dame em si é gratuita, você paga apenas para subir e ver o sino
e as gárgulas, além da vista incrível, o que eu recomendo com amor.
Às 10hs em ponto subi as escadas que são bastante estreitas, o que me
deixou um pouco nervosa. Mas, esse primeiro lance, além de levar a um primeiro
piso, onde você pode comprar souvenires e também o ingresso para o topo, conta
com número limitado de visitantes, o que me deixou mais tranquila. Depois, mais
um lance de escadas que começam mais largas e vão se estreitando. Lá em cima,
onde também é um pouco estreito, você se depara com as famosas gárgulas, que
são incríveis e renderam muitas fotos. Valeu muito a pena os 10 Euros
despendidos!!
De lá, ainda debaixo de chuva, segui para o que eu classifiquei de um dos
lugares mais lindos já vistos na minha vida! Eu não encontrei em toda a viagem
uma capela/igreja tão maravilhosa como a Sainte Chapelle, e olha que eu entrei em 1 milhão de
igrejas!!!! E não é por menos, porque ela foi construída exatamente com o objetivo
de abrigar uma grande relíquia: a coroa de Cristo – ou o que pensam tratar-se
dela -, que hoje encontra-se em Notre Dame, por motivos de segurança. Nela, há
duas capelas, a inferior e a superior.
A primeira delas é legal, bonitinha, guarda alusões a São Luís – o Rei
Luis IX, construtor da capela - e, mais uma vez, fiquei emocionada ao ver a
menção a tantos nomes honrosos e históricos dos livros que tive a oportunidade
de ler – Os Reis Malditos. Mas, é no andar de cima que a mágica acontece. É
tanta beleza que a gente simplesmente não sabe para onde olhar e quer tirar foto
de tudo e fica boba!! Não é à toa, tanto pela história, quanto pela beleza, que
é Patrimônio Mundial da Unesco. A Sainte Chapelle é inteira de vitrais, com o teto todinho em
azul pavão, todo trabalhado e o piso... gente, o lugar é uma obra de arte!! E o
mais legal é que ela não foi danificada durante a Revolução Francesa. Dizem que
70% dos vitrais são originais!
De lá, segui para a Conciergerie, que é logo ao lado e você consegue
comprar tickets combinados. A verdade é que o lugar é bem legal, mas depois de
ter entrado na Sainte Chapelle e na Notre Dame, nada
superaria tamanha imensidão e grandiosidade!!! Muito bem. O local é bem rústico e escuro, cheio de colunas
e com o teto todo de arcos ogivais. Eu achei que o trabalho de iluminação que
eles fizeram lá dentro ficou bem incrível. O lugar foi residência de reis até o
século XIV e depois disso, foi convertido em prisão.
O que eu amei na Conciergerie é que ela traz um panorama sobre a Revolução Francesa, com vídeos, prints, textos e bastante informação. Durante o período,
lá ficou conhecido como a câmara da morte e a personagem mais ilustre foi Maria
Antonieta que passou seus últimos dias na Conciergerie antes de ser decapitada.
E por isso, lá encontramos uma capelinha em homenagem a ela e também alguns
objetos como a camisola e um tufo de cabelo.
Saí de lá com o tempo mais amistoso, sem chuva!!! Almocei no mesmo lugar
do café da manhã e segui para o Marais. Claro que me perdi, porque não fiz
outra coisa nessa viagem senão me perder!! Mas eu sempre vejo um lado positivo
nisso porque acabei me deparando com a Eglise Saint Louis, na Îlle se Saint
Louis, que fica bem ao lado da Îlle de la Citè, onde se localizam os monumentos
já citados. A igreja é apenas maravilhosa por dentro e muuuuuuuuito antiga.
Andando, andando, andando, cheguei à Praça da Bastilha, lugar bem
feiosinho, mas onde estava rolando uma feira super divertida, com comida,
roupas e todo tipo de quinquilharia. Acabei comprando dois colares lindos para
mim e um para a minha mãe, no que se mostrou uma das melhores compras da viagem.
Segui para a Praça des Voges e entrei no apê do Victor Hugo. Vale a pena dar
uma checada porque além de ser charmosíssimo e gratuito, tem um banheiro super
limpinho!!!
Aí, como sempre, me perdi novamente até chegar no Marais, onde cheguei
com um pouco de atraso e muuuuuito cansada. O Marais é um bairro judaico e bem
boêmio. É como se fosse uma Vila Madalena com muita história para todos os
cantos. Ele é bem movimentado, repleto de gente alternativa, barzinhos,
restaurantes, lojinhas e brechós. E claro que lá há muita referência ao nazismo
e também “homenagens”, ou melhor dizendo, lembranças de quando as crianças
judias foram retiradas de suas escolas para nunca mais serem vistas. Por lá,
além de passar uma tarde absurdamente agradável, comi o melhor faláfel da minha
vida!!!!!
E quando você acha que o dia acabou, ele não acabou... Resolvi voltar
para o hotel caminhando! Fui para o Halles, que é uma espécie de shopping
modernoso, gigantesco, lotado de lojas e ótimo para usar telefone, fazer xixi,
descansar os pés e coisas do tipo. Passei pela Place Vendôme, que é muito
linda, mas não tem nada de interessante para pessoas desprovidas de din din,
rs!!! E, por fim, finalmente consegui entrar na Igreja Madeleine, que sempre
estava fechada. E vou falar que valeu todo o sacrifício, porque o interior dela
é um dos mais bonitos. Fora que estava tocando uma música boa, que dava uma
paz... No fim, acabei voltando de metrô para o hotel porque meus pés já não
estavam mais aguentando!!
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