blusa Siricutico, cardigã e calça My Basics |
Outro dia maravilhoso na minha viagem, um dos mais amados. Está comprovado
que eu amo castelos e cidades medievais e não importa o quão incrível seja
Paris, eu acabei me apaixonando mesmo foi por essas cidadezinhas de interior. E
a título de curiosidade, devo dizer que o start, o impulso que motivou a minha
ida a França foi um Globo Repórter em que a Glória Maria visitou o Vale do
Loire e desde então, sou louca para visitar a região. Para tanto, tendo em
vista que não há trens para lá, contratei uma excursão com a Paris City Vision
e fui de ônibus leito para o interior.
Acordei super cedo, ainda era noite, saí do hotel às 6:10hs e segui em
direção ao metrô Louvre/Rivoli. Cheguei ao escritório da agência que fica em
frente à estátua da Joana D´Arc, local super central e conhecido e troquei meu
voucher. Como ainda era cedo, fui dar um passeio lá na frente, nas Tulherias, e
tirar foto de algumas estátuas e da paisagem.
Dentro do ônibus, a guia ia falando português e forneceu informações bastante instrutivas sobre os locais a serem visitados e também sobre as pessoas que ali habitaram no passado. Confesso que foi bem legal porque eu não fazia ideia do que esperar.
Paramos na estrada para fazer xixi e esticar as pernas e depois, seguimos
em direção à primeira parada: Amboise.
Ela encontra-se à beira do Rio Loire e a vista da estrada já te deixa babando,
porque o rio é realmente bonito e a cidade é medieval, fofa e até que
grandinha! Lá tem um castelo que foi habitado pelas dinastias Valois e Bourbon
desde 1200 e poucos até 1500 e poucos. O castelo é bem legal porque está super
bem conservado, é grande e conta com um jardim muito bonito, pontes e tudo aquilo
que a gente espera. Vou contar um pouco sobre a história do local.
Dentro do ônibus, a guia ia falando português e forneceu informações bastante instrutivas sobre os locais a serem visitados e também sobre as pessoas que ali habitaram no passado. Confesso que foi bem legal porque eu não fazia ideia do que esperar.
O castelo de Amboise fica numa região bem estratégica e de lá do alto, é
possível ter uma visão bem privilegiada de todo local, de modo que seus habitantes
pudessem se proteger de invasores indesejados, incluindo os temidos vikings. Mas
lá também foi palco de nascimento e criação de grandes monarcas e também de
visitas de pintores renascentistas ilustres.
Dentre muitos monarcas, pelo menos durante a minha visita, foram
destacados Charles VIII e sua esposa, Ana de Bretanha. Claro que o casamento
dos dois aconteceu com vistas a uma aliança política na região, o que era
costumeiro na época, em meados de 1480 e poucos. Sem deixar descendentes, com a
morte de Charles prematuramente ao 28 anos – vítima de uma pancada de cabeça
numa das portas do castelo (risos) -, veio Luis XII, que casou-se com a mesma Ana da
Bretanha, que não deixou herdeiros vivos.
Mais tarde, veio François I, que era um grande incentivador dar artes, um verdadeiro mecenas. E em meados de 1500, ele convidou o próprio Leonardo da Vinci, já com idade avançada, a visitar Amboise. Lá, o artista pintou a célebre Monalisa, que foi comprada pelo rei – eis a razão do porquê ela está no Louvre, ela é francesa!!! – e lá o artista foi enterrado, na capela do castelo.
Mais tarde, veio François I, que era um grande incentivador dar artes, um verdadeiro mecenas. E em meados de 1500, ele convidou o próprio Leonardo da Vinci, já com idade avançada, a visitar Amboise. Lá, o artista pintou a célebre Monalisa, que foi comprada pelo rei – eis a razão do porquê ela está no Louvre, ela é francesa!!! – e lá o artista foi enterrado, na capela do castelo.
O castelo em si tem uma decoração bem modesta e pouco mobiliário e a
razão disso é muito simples. Antigamente, os monarcas não estabeleciam
residência fixa num só local, eles viajavam bastante e ficavam hospedados em
outros castelos. Daí, como não havia uma profusão de grana para deixar todas as
residências mobiliadas – como mais tarde se veria em Versailhes e Fontainebleau,
por exemplo -, os empregados iam na frente da comitiva, levando tudo o que
havia de móveis e faziam a sua instalação na residência seguinte, antes dos
monarcas chegarem.
Muito bem. Da visita do castelo, nos foram concedidas algumas horas para o almoço, antes de prosseguirmos viagem para a próxima cidade. E foi uma delícia, porque ao invés de almoçar num restaurante, eu comi um quiche e um doce e fui explorar aquela cidadela tão bonitinha, uma das mais fofas que me deparei durante a viagem. Fui até a Igreja St. Denis, que é de 1100 e poucos e vi muitas casinhas de época. O comércio local também é muito bom, assim como a vista encantadora para o rio.
Pouco tempo depois e muitas cidades gracinha no meio do caminho, fui parar em Chenonceau que, confesso, foi o que eu menos curti dos três castelos visitados. Mas, em compensação, a história dele é a mais legal de todas. Dentre muitos reis e rainhas, dois dos habitantes célebres do local foram Henri II e Catarina de Médicis, por volta de 1500 e poucos (alguém assistiu The Reign?).
A rainha era muito feia e tinha noção disso, mas em compensação, era extremamente astuta e tinha mão de ouro para política. Eles se casaram muito cedo, ambos com 14 anos de idade, e não havia jeito de surgir um herdeiro. Foi aí que o tio de Henri sugeriu uma visitinha de uma mulher mais velha para ensinar ao sobrinho as artes do amor.
Diane de Poitiers foi a escolhida e, apesar de ser bem mais velha que Henri,
ela era muito bonita e ele se apaixonou por ela. Como Catarina
precisava/dependia dessa mulher para que continuasse a dar filhos ao seu marido
(eles tiveram 10 filhos, a estratégia do tio deu super certo!) e para fins de equilíbrio do casamento, o triângulo
amoroso foi estabelecido no local, todos com benefícios. Diane tinha seu lugar
na nobreza, com benefícios de rainha, Catarina governava o reino inteiro e Henri se
mantinha sossegado e feliz.
A última célebre monarca que viveu no local foi Louise de Lorraine, que viúva
de Henri III, enclausurou-se em seu quarto na torre, onde dedicou-se ao luto e
à leitura e morreu de tristeza no local. Hoje o castelo é propriedade
particular de uma família suíça fabricante de chocolates. O castelo é muito bem
conservado e muito bonito, e, apesar de ter até mesmo obras de pintores
célebres, como Rubens, ele não conta com o charme de uma cidadezinha medieval
no seu entorno, como Amboise. Mas os jardins realmente valem muito a
pena.
Muito bem. Da visita do castelo, nos foram concedidas algumas horas para o almoço, antes de prosseguirmos viagem para a próxima cidade. E foi uma delícia, porque ao invés de almoçar num restaurante, eu comi um quiche e um doce e fui explorar aquela cidadela tão bonitinha, uma das mais fofas que me deparei durante a viagem. Fui até a Igreja St. Denis, que é de 1100 e poucos e vi muitas casinhas de época. O comércio local também é muito bom, assim como a vista encantadora para o rio.
Pouco tempo depois e muitas cidades gracinha no meio do caminho, fui parar em Chenonceau que, confesso, foi o que eu menos curti dos três castelos visitados. Mas, em compensação, a história dele é a mais legal de todas. Dentre muitos reis e rainhas, dois dos habitantes célebres do local foram Henri II e Catarina de Médicis, por volta de 1500 e poucos (alguém assistiu The Reign?).
A rainha era muito feia e tinha noção disso, mas em compensação, era extremamente astuta e tinha mão de ouro para política. Eles se casaram muito cedo, ambos com 14 anos de idade, e não havia jeito de surgir um herdeiro. Foi aí que o tio de Henri sugeriu uma visitinha de uma mulher mais velha para ensinar ao sobrinho as artes do amor.
Por fim, a última parada antes do retorno à Paris foi Chambord, que é o maior castelo de
todos os visitados. Ele foi criado por François I, o mecenas de Leonardo da
Vinci, e utilizado como refúgio para os dias de caça na região. O local é
imenso, assim como as florestas no entorno e o curioso é que ele conta com
inúmeras lareiras e cheira a madeira queimada. O maior charme do castelo, sem
dúvida, é a escada espiral dupla, bem no seu centro, projetada por ninguém
menos que o próprio Leonardo da Vinci. É composta por duas rampas geminadas que
se enrolam uma na outra em torno de um núcleo oco com aberturas. Se duas
pessoas usarem uma rampa diferente, podem ver-se pelas aberturas durante todo o
percurso, mas nunca se cruzarão uma com a outra.
Ele conta com vários cômodos mobiliados, mas menos do que Chenonceau. Há
muitos andares e muitas salas a serem vistas. O curioso é que esse castelo foi
muito pouco usado, ele é uma espécie de elefante branco, um dinheiro jogado
fora. Uma pena que tínhamos tempo limitado em cada um desses castelos, essa é a
desvantagem de estarmos em excursão. Gostaria de ter visto Chambord com mais
calma, explorado cada um dos andares, os terraços, os jardins... Ele conta com
um vilarejo no seu entorno e eu também queria dar uma explorada nesse lado de
fora, por isso acabei fazendo tudo meio que correndo, com medo do tempo.
Definitivamente, um dos melhores dias, dos que mais valeram a pena.
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