sexta-feira, 20 de novembro de 2015

FILME - MEDIANERAS


Esse filme não é novo, é de 2011, mas me foi muito recomendado e, como adoro cinema argentino, aproveitei a preguiça para vê-lo. Quero iniciar pela introdução. Antes do filme de fato começar, o diretor faz uma introdução muito legal, mostrando Buenos Aires, seu crescimento desenfreado e desordenado e como isso influenciou a sociedade. Ele meio que faz um paralelo entre as doenças modernas das grandes cidades, como depressão, angústia, pânico, etc., à sua arquitetura dura e confusa. 

Aliás, vocês sabem o que são medianeras? São aqueles lados vazios que prédios mais antigos geralmente têm, sem janelas, onde geralmente se colocam propagandas. E o título “Medianeras” é uma metáfora que o autor faz com pessoas que se fecham para o mundo após terem passado por uma situação ruim ou traumática. Essas pessoas são como paredes sem janelas, duras e sem função.
amo esse quadrinho
E essa é a situação dos protagonistas. Martim foi abandonado pela namorada e hoje, vive num apartamento minúsculo e mal iluminado de onde, com ajuda da internet, trabalha, pede comida, compra todo tipo de coisa, sem precisar sair de casa e, portanto, encarar o mundo. Mariana terminou com o namorado e agora, precisa reaprender a viver sozinha, consigo mesma, e ainda com a frustração de não exercer sua profissão, em meio à crise argentina. As personagens não se conhecem a princípio, suas vidas se cruzam o tempo todo, mas elas não percebem. Somos apresentados a ambos de forma simultânea e paralela.
os protagonistas em seus desencontros
O filme é um pouco diferente, eu o encaro mais como artístico do que outra coisa. Ele é um pouco parado, mas de nenhuma forma cansativo. E ele está cheio de frases incríveis e tiradas ótimas que nos fazem pensar e refletir e eu adoro filmes assim! E os atores são muito bons, o que torna tudo ainda melhor. Recomendo bastante esse filme e recomendo bastante também o cinema argentino em geral, que costuma ser muito bom. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário