segunda-feira, 23 de outubro de 2017

VIAGEM FRANÇA - DIA 04 - MONTMATRE + CEMITÉRIO PÈRE LACHAISE

roupa fresquinha para aguentar o dia super quente. A blusa é Loja Prosa e o short é Emanuelle Junqueira comprado no Enjoei- melhor compra da vida. O resto é repeteco
Quarto dia da minha viagem... Apesar de me dar um trabalhão fazer esses posts, com eles eu acabo viajando novamente à França e revivendo tudo o que passei naqueles dias tão mágicos e maravilhosos! Confesso que esse foi um dos mais mixurucos da viagem, dos que eu menos curti – o que não quer dizer que não tenha sido maravilhoso.

A idéia era acordar um pouco mais tarde, lá pelas 7:30hs, mas a verdade é que acordei antes das 6 e as 7:30hs já estava na rua, pronta para um dia que prometia muito calor e caminhada. Meu café da manhã foi um suco de laranja e um pacote de palmiers, comprado no supermercado da esquina no dia anterior. Segui para o metrô e de lá, para a estação Abbesses em Montmatre. Essa estação é um teste para cardíacos, porque você sobe uma escadaria sem fim para chegar na rua e não há escadas rolantes ou elevadores. Portanto, se você tem algum problema de mobilidade, aconselho um outro meio de transporte.
estação Abbesses
região de Montmatre
Montmatre é o bairro boêmio de Paris, fica localizado mais ao norte da cidade, meio que na divisa entre “onde ainda é possível andar e onde já é proibido, por ser mais perigoso”. E ele é o local mais alto da cidade. Lá você encontrará a Basílica de Montmatre, que era o meu destino imediato e também aqueles locais de cenas típicas de filmes, com artistas de rua pintando quadros, lojinhas fofas, bistrôs e pessoas bonitas flanando.

Descendo na estação Abbesses, você vai dar de cara com o funicular que vai subir para a igreja. Eu peguei e não me arrependi. Primeiro porque você pode usar o exato mesmo ticket do metrô, sem ter de gastar nada mais por isso e segundo, porque a escadaria é terror e você já estará cansado de subir as escadarias do metrô! A Sacre Cour é linda e como eu cheguei bem cedo, ainda não havia muitos turistas e nem fila para entrar. A igreja estava bem vazia e eu tive a oportunidade de ver tudo com calma, sem ficar me acotovelando com os chineses.

A igreja em si é mais diferentona do estilo padrão das igrejas de Paris. No geral, são todas góticas e muito antigas, mas a Sacre Cour é branquinha, muito grandalhona e tem um formato que lembra muito as mesquitas árabes. E isso se deve ao fato dela ser mais moderna – iniciou-se sua construção em 1875 e foi terminada em 1914. 

Um pouco de história fornecida pela Wikipedia: “A ideia de construir um templo dedicado ao Sagrado Coração surgiu depois da guerra Franco-Prussiana (1870), como pagamento da promessa feita por Alexandre Legentil e Hubert Rohault de Fleury de erguer uma igreja caso a França sobrevivesse às investidas do exército alemão. O arquiteto Paul Abadie projetou a basílica depois de vencer um concurso com mais de 77 arquitetos, mas ele morreu em 1884, logo após o início da obra. O estilo é marcado por influências românicas e bizantinas. Muitos elementos da basílica são baseados em temas nacionais: o pórtico, com três arcos, é adornado por duas estátuas de Santa Joana D'Arc e do Rei São Luís IX e o sino de dezenove toneladas (um dos mais pesados do mundo), refere-se à anexação de Saboia em 1860.”

A entrada é gratuita, mas se você quiser, pode pagar para ver a vista lá de cima ou para ir à cripta, o que eu não fiz. A basílica fica num ponto super alto da cidade, de modo que mesmo lá da escadaria, você já consegue ter uma vista privilegiada de Paris e de todos os pontos históricos/turísticos. É lindo demais e vale muito a pena. Cuidado apenas com os golpistas e pedintes – eu me deparei com dois naquela hora da manhã, imaginem no horário de pico!

Saí da igreja e fui andando pelo bairro, explorando todos os arredores. A questão é que precisa ter disposição e fôlego para isso porque o bairro é basicamente composto por um emaranhado de ladeiras em paralelepípedo e escadarias íngremes! Mas vale a pena e se você tiver mais tempo e grana – coisa que eu não tinha – dá para almoçar ou tomar um café num dos restaurantesinhos/bistrôs da região. Mas eu tinha outra idéia, que era seguir a pé ao Moulin Rouge.



A rua que segue para o Moulin Rouge é uma graça e você tem vontade de guardar no bolso! Eu me demorei um bocado a chegar ao meu destino porque entrei e saí de uma porção de lojinhas e ainda fiz algumas comprinhas de dermocosméticos! Mas a minha dica é não se afastar muito dali porque a região fica realmente no limite entre o cool e o perigoso. Ah, devo dizer que achei o Moulin Rouge pequeno e a região bem decadente, mas Ok, é turístico, rs!!!
De lá, cometi o maior erro da minha vida: precisava almoçar, fazer xixi e seguir para o cemitério, que fica do outro lado da cidade. Para isso, achei que valeria a pena ir andando até a Estação St Lazare, que não é exatamente perto, mas dá para ir andando. Acontece que, por alguma razão, eu me perdi e o dia estava realmente um forno! E eu me perdi bem! Acabei andando perdidona por cerca de 1 hora inteira numa região que não estava muito bem delimitada no meu mapa.
Consegui chegar no meu destino depois de muito custo, mas estava só o pó, realmente muito cansada. Na estação, comi uma quiche de queijo, salmão e espinafre que estava uma delícia e um croissant de chocolate e segui para o Cemitério Père Lachaise, que é um ponto bem turístico da cidade, para aqueles que dispõem de mais tempo em Paris. E quando cheguei na porta, vi que o negócio seria hard, porque o cemitério é imenso!!!!!!! E eu já falei que estava fazendo o dia mais quente da viagem????

A verdade é que eu fiquei um tempão no lugar e vi alguns túmulos icônicos, como do Chopin, Molière, Jim Morrison e da Piaf, mas é absolutamente impossível ver todos!! Não há mapas e o cemitério é bem antigo, tem uns túmulos meio caindo e você tem literalmente que passar no meio de alguns deles para chegar onde você quer e, convenhamos, não é um local exatamente seguro e tranquilo. Procurava sempre ficar perto de algum ser humano, rs!!! E por isso, não explorei o local inteiro. Mesmo assim, o passeio me rendeu a tarde toda e gostei bastante.  
a esquerda a Laffayete e a direita o Opera
Como já estava só farofa e com a camiseta grudando no corpo, resolvi seguir andando para o hotel! Fui para a galeria Lafaiette, onde fiz xixi, tirei algumas fotos e flanei um pouco, aproveitando o ar condicionado! Claro que o local é lindo de morrer, icônico e muito chique, mas a verdade é que as roupas, maquiagens e acessórios vendidos por lá são absolutamente inacessíveis a um turista comum. Os árabes e chineses estavam se acabando em lojas de marca que eu sequer tenho condições de comprar o chaveiro! Mas ainda assim, é legal ter acesso a essas grifes que a gente vê só em revistas e internet.


De lá, é só seguir reto – e ter mais um pouco de disposição – cheguei no meu hotel, sentindo como se um rolo compressor houvesse passado por cima de mim!!! Comi uma salada e fiquei por lá, tentando me recuperar e me preparar para aquele que seria, sem dúvida, o melhor dia da viagem e um dos melhores da minha vida! 

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