Marie Kondo, para quem
não conhece, é uma japonesinha - fofura demais - que, desde pequena, se
descobriu como uma organizadora exime. Filha do meio, ela achava que deveria se
virar sozinha, enquanto seus pais se preocupavam com os irmãos mais novo e mais
velho, que exigiam mais de sua atenção. Por isso, ela passava a maior parte do
tempo sozinha e, nesse período, saia pela casa organizando tudo e jogando fora
aquilo que achava que não precisava mais.
Quando ela cresceu, fez
desse dom um ofício e hoje dá palestras no mundo todo sobre técnicas infalíveis
de arrumação, daquelas que mudam a vida da pessoa. E o mais incrível é que ela
jura que nunca houve um caso de efeito rebote. Pois bem, li um de seus livros
numa única tarde e vou dizer que o achei bem interessante. É claro que, pelo
menos no meu caso, não deu para aplicar tudo o que estava disposto por ali, mas
ele me ajudou horrores e eu vou dizer que em dois dias, arrumei meu quarto
inteiro e me desapeguei de vários sacos de tranqueiras que já não me eram
úteis.
É incrível
como vamos juntando tralhas ao longo da vida e como isso vai enchendo nossos
armários. A proposta da Marie Kondo é justamente desapegarmos desses objetos
que já não nos são mais úteis. Ela fala uma coisa que eu acho muito curiosa,
que é: se você pegou aquele objeto e ele não te trouxe nenhum carinho, nenhuma
emoção, é porque você não vai sofrer em desapegá-lo. E ela tem toda razão.
Abaixo, eu trouxe alguns trechos do livro que achei bem interessantes:
“o
ritmo em que eu diminuía a quantidade de itens não acompanhava o ritmo em que
eu adquiria coisas novas. Assim, tive que encarar o fato desanimador de que meu
quarto continuava uma bagunça.”
“Tirar
as coisas do campo de visão cria a ilusão de que a bagunça foi eliminada, mas
logo logo os compartimentos voltam a ficar cheios e o quarto fica desorganizado
novamente. É por isso que a organização deve ser iniciada pelo descarte.
Precisamos exercitar o autocontrole e resistir à tentação de guardar objetos
até que tenhamos identificado aqueles de que realmente necessitamos.”
“Uma
das principais causas da desorganização é ter coisas demais, e o motivo desse
excesso é justamente ignorar a quantidade de itens repetidos que temos.”
“desfazer
de coisas que deixaram de ser úteis, como algo que quebra e não tem mais
conserto, ou uma aparelho com uma peça importante faltando. Outro é descartar
coisas desatualizadas, como roupas fora de moda e itens relacionados a épocas
passadas. A melhor maneira de fazer a triagem do que fica e do que sai é
segurar cada item e indagar: “isso me traz alegria?” Se a reposta for
afirmativa, guarde-o. Caso contrário, jogue-o fora. Este não é só o critério
mais simples, como também o mais preciso.”
“Quando
você se deparar com algo que não consegue desapegar, pense bem no real
propósito desse objeto na sua vida. Você vai se surpreender ao constatar
quantos de seus pertences já cumpriram sua função. Ao reconhecer sua
contribuição ao abrir mão deles com um sentimento de gratidão, você conseguirá
colocar sua casa e sua vida em ordem. No final do processo, restarão apenas as
coisas que são valiosas para você.”
“O
princípio básico da organização é exatamente este: defina um lugar específico
para cada coisa uma vez e coloque em seu devido lugar assim que terminar de
usá-la. Experimente. Você vai parar de comprar coisas desnecessárias , não irá
acumular objetos inúteis, manterá a casa em ordem e só terá à sua volta aquilo
que lhe dá prazer.”
“desapegar
é mais importante do que acrescentar”.
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