Como é de conhecimento geral, estou em Buenos Aires. Gostaria de
estar na França, no Ushuaia, no Perú e em tantos outros lugares que morro de
vontade de conhecer, mas o din din estava curto e eu tinha apenas 6 dias de
férias remanescentes. Não que eu não quisesse estar aqui, estava mega empolgada
e estou amando cada momento, Buenos Aires é incrível e todo mundo deveria ter a
oportunidade de vir aqui conhecer um pouquinho mais da cultura dos nossos
hermanitos.
O que eu quero dizer, no final das contas, é que se eu quiser ir
para a Frrança, eu vou, se eu quiser ir para Bs As eu vou e se eu quiser ir
para o Afeganistão, eu vou também. Isso é um problema único e exclusivo meu.
Por favor, não me julguem!
E a questão que eu quero abordar nesse post nem é o destino, mas
sim o fato de eu estar viajando, porque isso, de alguma forma, incomoda as
pessoas. Eu amo viajar, todo mundo sabe disso e mesmo assim, quando eu digo que
estou indo para algum lugar, as pessoas não se alegram, ao contrário, elas
questionam, elas julgam... Elas perguntam do porquê de estar indo viajar
e não adquirindo um carro, um apê, casando, tendo filhos... Sério que eu vou
ter que entrar nesse mérito da “vida perfeita” que se estabeleceu para uma
mulher no século XV??? Por que eu não posso simplesmente viver a minha vida???
E mais, se eu ganho um salário, é porque eu trabalhei para
conquistá-lo, ele é fruto do meu esforço e, portanto, no que eu irei aplicá-lo,
é um problema exclusivamente meu! Me desculpem se eu não tenho que pagar
escolha dos filhos, levar o carro para revisão ou coisas que o valham. Foi uma
escolha minha ser solteira, não ter filhos e andar a pé!
Se a sua escolha não foi essa, eu não posso fazer nada, mas não
vou deixar de viajar por solidariedade a você! Não me julgue!!! Eu gasto meu
din din onde eu quiser e eu escolhi viajar porque é o maior prazer que eu tenho
na vida! E enquanto estou aqui em Buenos Aires, já estou pensando em tantos
outros lugares onde quero estar um dia, que quero conhecer... e já estou
fazendo projetos de economias e sacrifícios que, ao final, vão me levar onde eu
quero. E ninguém sabe da minha vida e das privações que eu tenho por conta
desse meu amor por viajar.
Isso tudo pra dizer que, olhe só, eu tive de curtir essa minha
viagem em silêncio e não contei a ninguém fora do meu circulo familiar mais
apertado e restrito, que iria viajar. Não estava na vibe de ter de responder
perguntas que não são da conta de ninguém e nem de ficar sendo observada com
olhares de reprovação. Eu precisava descansar e não ficar mais estressada e
cansada do que já estava. Com o fim do desabafo, vou prosseguir normalmente com
minha viagem, que está incrível!!! Na volta conto a vocês!
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