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blusa Loja Prosa, cardigã H&M, short Emanuelle Junqueira e o colar foi comprado no dia anterior numa feira no Marais |
No meu décimo dia de viagem, tinha como objetivo a visita ao monumental
Mont Saint Michel na Normandia. Para tanto, acordei super cedo e fui em direção
à Estação Pyramides do metrô, encontrar a empresa de turismo Paris Vision, a
mesma que me levou ao Vale do Loire. Como já estava muito bem localizada na
região, mesmo tendo saído do hotel tão
cedo e com as ruas ainda escuras, me virei bem e consegui chegar bem fácil no
ponto de encontro. Comprei um croissant, um folheado de chocolate e um café
(ai, que saudades!!!) porque seriam 5 horas de viagem até o destino, com apenas
1 parada, e vocês sabem que eu tenho pavor de passar fome!!
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Na empresa, ganhamos um guia interativo, daqueles que você vai clicando
com uma caneta de laser (eu não sei como funcionam essas tecnologias) e durante
o caminho, já tinha me inteirado bastante sobre o local. Então, antes de
qualquer coisa, vou falar um pouquinho sobre o Mont Saint Michel. A começar com
a sua localização: trata-se de um vilarejo medieval francês localizado a 350km
de Paris, na fronteira entre a Normandia e a Bretanha. Inclusive, dá para ver
que de um lado é a Normandia e o outro a Bretanha, são paisagens bem
diferentes.
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No caminho já nas proximidades do Mont, a gente encontra vilarejos, hotéis
e um lugar extremamente charmoso como, aliás, qualquer cantinho na França,
especialmente na região da Normandia. O Mont, propriamente dito, fica cercado
pelo mar e o acesso é feito através de uma ponte. Você pode chegar por lá a pé,
de shuttle, de bike... só não dá para ir de carro. E lá naquela montanha linda
que vocês estão vendo nas fotos, há uma vila medieval (charmosíssima), um
mosteiro e uma abadia, que dá nome ao Monte. Na verdade, a entrada do Mont é
gratuita, você paga apenas para entrar na abadia.
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Apesar de o dia estar feio – porém quente -, o passeio rendeu muitas
fotos de paisagens, porque não só o monte é lindo demais, como a coisa no
entorno é muito magnífica, porque lá ocorre um fenômeno das marés que me
lembrou muito do Filme A Mulher de Preto. Isso porque em algumas épocas do ano,
todo o entorno do monte fica alagado, ele fica ilhado e o perigo é que tanto
a cheia quanto o próprio retorno das águas acontece de forma muito rápida,
pegando os desavisados desprevenidos. Há muitos avisos no local e, confesso,
tive um pouco de receio de me afastar muito. Como vocês podem ver, a areia é
meio argilosa e estava bastante úmida, sinalizando que a água esteve por lá há
pouco tempo.
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Muito bem. A região é considerada sagrada desde a época dos celtas. E
conta a história que lá havia apenas a vila medieval e um mosteiro, quando o
bispo Aubert viu três aparições do Arcanjo São Miguel. Todas elas se deram em
sonhos e nelas, a divindade ordenava que o Monte Tombe (como era chamado
“túmulo ou tumba”) fosse consagrado em sua honra. O bispo não levou a sério nem
a primeira nem a segunda aparições do arcanjo e somente levou a cabo a terceira
porque São Miguel lhe perfurou o crânio,
para que fosse acreditado. E em 708, o bispo convenceu a Igreja a iniciar a
construção da abadia, daí o nome. As obras foram terminadas apenas no século
XIII.
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Daí vêm as histórias. Uns dizem que o Santo Graal ficou escondido no
local, outros dizem que lá eram realizadas reuniões dos Templários... enfim,
várias são as histórias que tornam o local tão especial e objeto de peregrinação
dos crentes. E eu devo dizer que o Mont é realmente impressionante não só pela
beleza, mas porque de fato você sente estar em um lugar incrível, meio que “abençoado”.
O local serviu como adoração e caridade e depois como prisão, o que era
bastante lógico, pela sua localização. Hoje, na ilha moram pouco mais de 20
pessoas, incluindo aquelas que cuidam dos hotéis e os próprios religiosos.
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De longe, já é possível vê-lo e claro, muitas foram as fotos tiradas até
que eu conseguisse adentrá-lo! E logo no começo, nos deparamos com a Grande
Rue, que é a avenida principal, se é que podemos chamá-la assim. Trata-se de
uma rua super estreita, de piso de pedra e inclinada, uma vez que é através
dela que se consegue chegar à abadia, lá no alto – aliás, haja fôlego!! Nessa
rua, e nas vielinhas do entorno, há lojinhas e restaurantes para todos os
bolsos e gostos.
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Como eu sempre fico com um pouco de medo nessas visitas com horário, não
perdi muito tempo e segui direto para a abadia (depois eu vi que sobrou tempo e
deu para passear bastante tanto no vilarejo quanto no entorno do monte). A
abadia, importante dizer, não me impressionou tanto como o restante do passeio.
Acho que talvez seja porque no 10º dia de viagem, eu já havia me habituado às
paisagens deslumbrantes e à viagem ao passado. Mas devo dizer que ela é imensa
e que, portanto, é interessante reservar um bom tempo para ver tudo com calma.
Do lado de fora, além de tomar um delicioso sorvete de salt caramel e
comprar alguns souvenires, ainda entrei em cada uma das lojinhas e vielinhas e
encontrei essa igrejinha linda de Saint Pierre, que fica bem escondidinha mas
que por dentro é a coisa mais linda desse mundo. Na porta, uma estátua da Joana
D´arc, o que é de se esperar, lembrando que estamos na Normandia.
Chegamos em Paris em torno de 21hs, no exato momento em que estava
anoitecendo e, além dessas paisagens lindas, ainda passamos na frente da Torre
Eiffel, que estava iluminada e piscando.