domingo, 4 de fevereiro de 2018

SÉRIE - THE HANDMAID´S TALE

Assistir à cerimônia do Globo de Ouro me deixou com vontade de acompanhar uma porção de séries que não estão disponíveis no Netflix, dentre elas, The Handmaid´s Tale, baseado no livro homônimo (O Conto da Aia), da Margareth Atwood. Eu li o livro – post aqui -, mas confesso que gostei muito mais da série que, além de mais “aflitiva”, é mais clara ao expectador.

A série se passa nos Estados Unidos de hoje, mas com um cenário meio complicado: os abusos do homem – poluição, desmatamento, consumo excessivo, dentre outros -, deixaram o ambiente muito ruim e como consequência, a população está ficando infértil. Cada vez menos crianças nascem e quando nascem, apresentam algum tipo de problema. Então, no meio a esse cenário, um grupo de extremistas religiosos assume o comando – de forma absolutamente agressiva, através de guerra e mortes -, impondo um regime insano.

Através desse regime, as pessoas deixam de ser quem eram e deixam de possuir as vidas e as relações pessoais/familiares que tinham antes. A começar, os direitos de todas as mulheres são suprimidos. Se elas forem férteis, elas passam a ser Aias, ou seja, pessoas cuja missão é apenas e tão somente procriar. Elas são levadas a um centro onde se submeterão a uma espécie de lavagem cerebral – provocada pelo medo – e de lá, partirão para viver com uma família onde, mensalmente, serão estupradas pelo patrão, com o objetivo de engravidarem. Essas moças levarão uma vida de escravidão, maus tratos e muita disciplina.

O restante da população se dividirá entre aqueles que não servem para nada, os quais são enviados a colônias – lugares tidos como muito ruins -, virarão empregados, olhos, dentre outras nomenclaturas, todas com muitas regras, com espaço limitado de atuação, tendo de se policiarem o tempo todo com vistas a evitar punições e desagrados. Resumindo, a sociedade passa a ser de exclusão. É o darwinismo sendo aplicado de forma forçada.  

E nesse contexto, a personagem principal é June, que antes de toda essa situação possuía um marido (Luke), uma filha (Hannah) e uma melhor amiga (Moira). Ela se transformou numa Aia e durante a série vamos acompanhando suas aflições, as situações a que é submetida, suas relações com as outras Aias e pessoas que a cercam e a luta por não esquecer de sua vida anterior, além da esperança em rever seus entes queridos. A série é bastante aflitiva, com ótimos atores e personagens e o que dá mais desespero é que, se formos pensar muito bem, não é algo tão distante ou impossível de que um dia realmente possa acontecer. 

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