Eu
comprei o primeiro volume dessa tetralogia meio que na onda da modinha. Detesto
ler livros hypados, mas esse me interessou, por alguma razão. Só que depois da
compra, ele meio que ficou esquecido na minha prateleira, porque eu li/assisti
a resenhas bem negativas e meio que perdi a vontade. E contrariando totalmente
todas as expectativas, quando ele finalmente veio parar nas minhas mãos,
devorei suas pouco mais de 300 páginas em 1 semana. Achei deliciosa demais a
leitura e não conseguia largá-lo mais!
A tetralogia Napolitana, escrita pela italiana
Elena Ferrante (trata-se de um pseudônimo, ninguém nunca a viu ou sabe o seu
nome verdadeiro) logicamente se passa em Nápoles e vai nos transportar para
aquele lugar, mais ou menos em meados da década de 1960. Eu já fiquei bem empolgada
só com esse contexto, porque minha família veio de lá e eu identifiquei vários
trejeitos e estereótipos narrados no livro dentro da minha própria família.
Pois bem, vamos conhecer uma vila, na qual há várias famílias, com numerosos
filhos, todos mais ou menos da mesma idade. E dentre eles se destacam Linu,
nossa narradora e Lila, sua melhor amiga. Lila é uma menina muito difícil, com
uma personalidade fortíssima, aterradora, além de muitíssimo inteligente. Linu,
a princípio sua sombra, nutre pela amiga uma espécie de veneração a qual, ao
mesmo tempo serve por alimentar uma competição entre elas, forçando a narradora
a ir mais longe. É algo saudável, digamos assim e, cada uma de sua forma, ama
incondicionalmente a outra.
E ao longo da narrativa, vamos acompanhando o
crescimento dessas duas amigas, suas conquistas, o crescimento também dos
outros amigos, as brigas, os namoricos, seus trabalhos, seus estudos... E eu
acho que quem não gostou do livro foi meio que por causa disso. Digamos que ele
não envolve uma história propriamente dita, com começo, meio e fim, ele vai nos
contando apenas como se deu o crescimento dessas duas meninas. E o mais
incrível é que o livro termina com um gancho enorme e dá muita vontade de sair
correndo e comprar o próximo volume! Quem gostou de Anarquistas, graças a Deus
– guardadas as devidas proporções – certamente irá gostar de A Amiga Genial.
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