sábado, 29 de abril de 2017

PRODUTOS ACABADOS DO MÊS - ABRIL

Abril foi um dos meses mais fracos que já tive com relação a produtos acabados. Foram muito poucos o que, não vou mentir, vem sendo um alívio pra mim, porque não estou podendo gastar muito. E como vocês podem ver pela foto abaixo, foram apenas 2 produtos full size, sendo o restante, de amostrinhas. Ah, desculpe pela foto meio ruim, mas é que o tempo aqui em São Paulo anda muito nublado e a luz natural não está ajudando. 

1. The Body Shop Tea Tree Cool & Creamy Wash - eu vou dizer que esse produto foi comprado quando fui para a Argentina ano passado, usado até o fim e, para ser honesta, até agora eu não sei direito para que serve e como usá-lo. No início, eu havia ignorado a palavra "wash" da embalagem e o usava como hidratante, depois vi que era um sabonete, mas ele não faz espuma e tem uma textura muito pesada... Não sei. Simplesmente não curti.

2. Aveeno Positively Radiant - amostrinha vinda na revista Allure de Abril. Trata-se de um sabonete esfoliante com micro partículas, bem suavezinho e bem gostosinho de usar. O cheiro é gostoso também. Mas, eu uso os produtos recomendados pela minha dermato, de modo que não pretendo comprá-lo. 

3. Chanel Blue Serum - mais um produto vindo na revista do mês. Produto chique e que a gente torce pra ser ruim porque sabe que não vai ter grana para comprá-lo depois, rs!!! Mas eu devo dizer que de todos os produtos da marca que eu experimentei até hoje - todos amostra, claro -, esse foi o que eu menos curti. Não compraria o full size nem que fosse rycah!

4. Greenland Body Butter Mint-Lavender - pensa num hidratante delicioso e com o melhor cheiro do mundo. Sim, é ele! Eu conheci essa marca quando fui para Portugal, ela é holandesa, comprei algumas coisas e quase surtei com a qualidade. Fora que a lata é uma graça. Esses produtos são vendidos na Sephora americana e nas Sephoras européias. Vale muito a pena!

5. Clinique Repairwear laser focus - amostrinha vinda num resgate feito na Sephora. Gostei bastante desse produto, que é para ser usado na área dos olhos. Apesar de a embalagem contar com apenas 5ml, rendeu muito e eu acho que uma full size vai durar a vida toda!

TAG LITERÁRIA - ABRIL/2017 - OS IRMÃOS SISTER

O livro de abril até que chegou rapidinho, mas deixei para lê-lo no final do mês porque estava com outras leituras na frente. Eu estava achando, na verdade, que seria um livro pesado, passado no Velho Oeste, principalmente depois que li que envolvia uma dupla de irmãos cuja profissão era nada menos do que assassinos de aluguel. Mas, logo nas primeiras páginas eu percebi que era exatamente o oposto, o livro é super leve, divertido e você até consegue visualizar um filme de comédia baseado na história.
“O livro indicado por Daniel Galera nos transporta para o faroeste americano na metade do século XIX. Uma dupla é contratada para assassinar um garimpeiro em plena corrida do ouro no oeste americano: um deles, o narrador da história, é ingênuo e cheio de compaixão; o outro, um executor pragmático e brutal. Em meio ao humor negro e à violência, brotam emoções intensas e reflexões profundas sobre honra, amizade, amor, misericórdia, família. A obra venceu dois dos mais importantes prêmios do Canadá, além de ter concorrido ao Booker Prize.”
O narrador é o irmão mais novo, mais tranquilo e mais “cabeça no lugar” do que o irmão mais velho. Eli Sister é um amor, super carinhoso, amigo dos animais, sempre ponderando se deve ajudar as pessoas – ou simplesmente matá-las, rs – ao passo que Charlie Sister é um beberrão e leva sua profissão muito a sério. E os dois se dão super bem, cada um dentro de sua personalidade, vivem aventuras incríveis, se deparam com ótimos personagens e, o melhor, nos levam àquela época, em que, por exemplo, uma escova de dentes era novidade!
capa mais linda da vida!
E o mais incrível é que o livro enviado pela TAG conta com a capa original, vendida por aí, mas em versão emborrachada, toda estilizada. Um amor. Acho que dos quatro que li esse ano, esse foi o que eu mais gostei. Vamos aguardar a edição de maio que, pelo que ouvi falar por aí, vai ser incrível. 

quinta-feira, 27 de abril de 2017

SALDÃO DE LIVROS DO MÊS - ABRIL

Mais um mês acabado e mais algumas leituras finalizadas. Nesse mês que passou, tirando Maria Antonieta, não teve livrão calhamaço, daqueles que a gente tem que ler com calma, aos poucos. Não teve Dostoiévski, não teve Melville, Victor Hugo, Charles Dickens ou algum outro escritor antológico. No mais, eu acho que as leituras desse mês foram bastante ricas. Vamos dar uma olhada? 
sim, tem um livro ao contrário, porque eu sou bastante esperta, rs!!
- Maria Antonieta (Stefan Zweig): terminei de ler esse livro maravilhoso começado em março. Ele é imenso e eu levei um tempão para terminá-lo - não está na pilha da foto porque foi lido online. Ele vai nos contar a história dessa rainha tão famosa desde o período em que era uma criança na Áustria até a sua morte na guilhotina. Através do livrão, vamos conhecer alguns "babados" históricos, costumes, personagens e tantas outras curiosidades que não são ditas. Livro incrível, já fiz resenha.
- Os Elefantes não Esquecem (Ágatha Christie): essa foi uma releitura para o meu "desafio" de ler todos os livros da autora até os 40 anos. Esse livro é bem legal, a leitura é fluida, rapidinha e, apesar de tê-lo lido anteriormente, não me lembrava de sua história, mas acabei adivinhando o assassino.
- No País dos Homens (Hishan Matar): livro surpreendentemente bom. Quando comprei, dei uma rápida olhadela na contracapa e sabia apenas que se passava na Líbia do regime do Kadafi, mais nada. Ele nos conta, sob a narrativa de uma criança, os horrores daquele período, os sacrifícios feitos pelas famílias, as torturas em rede nacional, o medo e todas as outras consequências de um regime tão duro.
- A Máquina de Fazer Espanhóis (Valter Hugo Mãe): finalmente li algo desse autor tão premiado e nossa... gostei muito. A história se passa dentro de um asilo, sob o olhar do Sr. Silva, um senhor de 84 anos que perdeu sua esposa, o grande amor de sua vida. E nós vamos saber quais são as suas sensações dessa mudança brusca em sua vida, como é ser velho, suas relações com os outros hóspedes do asilo... só que tudo isso numa linguagem quase poética. Eu nunca usei tantos post it num livro - vários trechos geniais.
- A Montanha Mágica (Thomas Mann): nossa, esse mês que passou foi difícil porque tive que ler a quota de 40 páginas de abril e mais umas 20 de março que tinha deixado para trás. Mas eu consegui e posso ticar mais um trecho desse calhamaço difícil. faltam cerca de 200 páginas agora para terminar esse trem!
- A Amiga Genial (Elena Ferrante): esse livro tem pouco mais de 300 páginas e eu o li em menos de 1 semana. Amei, não conseguia mais largá-lo e não vejo a hora de devorar os outros livros da coleção. A linguagem é deliciosa, fácil de ler, fluida, as personagens são incríveis e a gente simplesmente não consegue largar o livro!
- Os Reis Malditos - O Rei de Ferro (Maurice Druon): esse foi um livro começado esse mês, li cerca de 1/3, mas que só será terminado em maio. É uma releitura de uma série que amo de paixão, estou lendo online e gostaria de tê-lo na minha prateleira. Trata-se de uma outra parte da história da França e mais um pouquinho de conhecimento para levar na minha viagem.
- Os Irmãos Sister (Patrick de Witt): que livro fofo!! Foi o livro enviado pela TAG nesse mês e eu o achei uma gracinha, fora que é a capa mais linda de todos os livros que tenho na minha prateleira. Não traz uma história emocionante, não é uma leitura imperdível, mas é certamente muito prazerosa e foi uma delícia ter recebido.
- Girl Boss (Sophia Amoruso): assisti à série (péssima, btw) e me deu vontade de ler o livro porque o assunto me interessa e porque li por aí que é BEM melhor que a série. E é verdade. Não é um livro incrível, mas conta a história real de uma pessoa que não tinha nada e com uma idéia na cabeça e muita coragem, iniciou um negócio multimilionário. Acho que é uma lição de vida. 

quarta-feira, 26 de abril de 2017

LIVRO - MARIA ANTONIETA

Por ocasião da minha ida à França, resolvi dar uma investida em alguns livros de história para me inteirar melhor sobre os fatos e os locais em que irei visitar. Já li Os Miseráveis, livro amado e querido e agora acabei de ler o calhamação Maria Antonieta. Claro que a história da França é riquíssima e se desenrola por vários séculos e vários personagens e acontecimentos super marcantes, mas acho que a figura dessa rainha tão emblemática é muito mais presente nos dias de hoje.  Muitos dos monumentos em que irei visitar serviram a ela, como o próprio Palácio de Versalhes e a Conciergerie, onde passou seus últimos dias antes de ser decapitada. E eu queria conhecer'um pouco mais da sua história.
O livro vai retratar como era o contexto histórico de meados do século XVIII, no reinado de Luís XV, avô do esposo da Maria Antonieta. Na ocasião, França e Áustria eram países poderosíssimos e que brigavam muito entre si. E, para selar o fim dessa rivalidade e o “cessar fogo”, casaram-se os herdeiros Luís XVI e Maria Antonieta, sendo ele com 16 e ela com 14 anos. Duas crianças se casando, mas a expectativa dos reinos – e do mundo todo – era de um herdeiro o mais breve possível. Todavia, e um fato absolutamente curioso que acabou moldando o caráter dos regentes, é que Luís XVI possuía um grave caso de fimose e, por conta disso, o casamento só foi consumado 7 anos após.

Com isso, diante do fato de que o caso era de conhecimento público, o rei se tornou um cara tímido e de pulso fraco, ao passo que sua esposa, no intuito de evitar a cama do marido a noite a vergonha que lhe esperava, inventava festas e eventos que se estendiam até tarde. É de se lembrar também que, sendo uma moça muito nova à ocasião do matrimônio, não possuía pensamentos e atitudes de uma rainha adulta, que era o que se esperava. Então, esse combo acabou culminando com aquela imagem da Maria Antonieta que temos hoje, de uma pessoa que pródiga e fútil que, de fato foi, mas não totalmente por sua culpa. 
Ela não estava ali não para governar, mas para se divertir da melhor forma possível. Fazia uso de sua beleza, de sua posição e da apatia do esposo – com quem se dava muito bem -, para “causar geral”. Não era, em absoluto, seu interesse ser uma grande rainha, a exemplo de sua mãe, Maria Tereza, de Catarina a Grande da Rússia ou da Rainha Elizabeth da Inglaterra. Ela só queria se divertir! E o mundo, principalmente sua família, começaram a se preocupar bastante com essa postura. Veja carta de José II à irmã Maria Antonieta:
“Mandas demitir ministros, ordenas outro ao exílio em suas terras. Crias novos cargos dispendiosos na corte! Já te perguntaste alguma vez com que direito te intrometes nos assuntos  da corte e da Monarquia francesa? Que tipo de conhecimentos adquiriste  para ousar intrometer-te e imaginar que tua opinião poderia ter alguma importância, principalmente nos assuntos de Estado,  que  exigem  conhecimentos  especialmente profundos? Tu, uma pessoa jovem e amável, que não pensa o dia inteiro em nada que  não sejam  frivolidades, vestidos e  divertimentos, que  nada lê, não produz nem ouve ao menos um quarto de hora por mês uma conversa sensata, que não reflete, que não leva um pensamento até o fim e nunca, e disso tenho certeza, pensa nas consequências do que diz ou faz…” 
Aquela rainha despreparada, que durante anos evitou o marido – que não podia satisfazê-la – e que nunca viu limites, porque o rei era “pamonha” demais para contrariar sua esposa, acabou por exagerar em seus caprichos e levar a França à bancarrota. Claro que a culpa não era exclusivamente sua, porque uma rainha pródiga deve ser freada por seus ministros e pelo próprio marido. Mas, o povo exigia um culpado, um bode expiatório. E essa rainha, que dava festas e comprava mimos caríssimos para si, passou a ser odiada pelo povo, que passava fome e cujos ideais liberais cresciam a cada dia, com uma burguesia insurgente e pró ativa. Fofocas passaram a circular em Paris, incluindo inúmeros amantes que teriam se deitado com a rainha, incluindo intrigas e toda sorte de situações que eram maldizidas à Maria Antonieta.
A verdade é que ela passou anos dentro de uma bolha, só se divertindo, gastando dinheiro e beneficiando ninguém menos do que a si própria. Ela não fazia idéia de como viviam as pessoas que estavam abaixo de si, como era o dia a dia da população a quem governava e também nunca se interessou por isso. Da mesma forma, nunca se interessou por história ou política e nunca deu ouvido a conselhos que lhe seriam muito úteis mais tarde. Em outras palavras, talvez por simples omissão ou por acreditar estar plenamente segura dentro de sua casca, Maria Antonieta cavou sua própria sepultura. 

O livro é interessantíssimo. Leiam!!!

segunda-feira, 24 de abril de 2017

BATOM FACE IT COR FIRST TIME - REVIEW

Antes de começar o post, quero pedir desculpa pelas fotos que não ficaram ótimas, mas o tempo por aqui anda nublado e eu conto com a luz natural, já que não tenho um estúdio fotográfico ou equipamentos apropriados.

Faz mais de um mês que consumi esse batom – numa ação impulsiva louca – e percebi que ainda não falei dele por aqui. Mas de hoje não escapa! Eu sou uma pessoa muito consciente quando o assunto é roupa sustentável e eu procuro comprar cosméticos que não sejam testados em animais ou que eu sei que não agridem tanto o ambiente. Isso ainda é um pouco difícil na minha vida, porque eu acho que a gente não tem à disposição uma alternativa para, por exemplo, os produtos que a dermato nos recomenda, ou aqueles aos quais estamos acostumados no nosso dia a dia.

E eu sei que, principalmente com relação a maquiagens, eu nunca tive esse cuidado, o que é um contrassenso, concordam? Pois bem. Recentemente, através dos vídeos postados pela Julia Petit na semana de moda aqui de São Paulo, eu acabei conhecendo os batons da marca Face it. Me apaixonei demais pelos que a Julia usou naqueles vídeos e quis imediatamente comprar um para experimentar. Eu tenho essas urgências estúpidas de vez em quando e quando vou ver, já comprei! Não que não tenha gostado do produto, não é isso, mas é que ele custa R$ 74,00 + frete (ouch!).

A marca é brasileira e utiliza em seus produtos elementos sem química e tóxicos e eles não são testados em animais. Ou seja, trata-se de uma alternativa de beleza que não agride o meio ambiente ou nós mesmos. Os batons são certificados pelo PETA e prometem alta aderência e fixação, cobertura aveludada e matte. São livres de PEG, BHT e BHA, chumbo e outros metais pesados, derivados do petróleo ou de qualquer produto de origem animal. Disponível em 6 cores diferente.
meus batons nudes
luzes diferentes. da esquerda para a direita: MAC Warm me up, Kiko 901, MAC A Perfect Day, Maybelline Sozinha Nunca, MAC Hugh Me, MAC Honey Love, Face it

O que eu achei? Tirando o preço que é terror, me surpreendi primeiramente com a belezura da embalagem, que é bem clean, bonita e firme. Conta com a validade na bundinha – situação que ganhou alguns pontos comigo -, e também o nome do batom. A cor escolhida foi a First Time, que é um nude mais puxado para o cinza/marrom, super diferente. 

Não tinha nada parecido no meu organizador e acho que ainda estou me acostumando. Vocês podem ver pelos swatches realizados em todos os meus batons nudes que realmente não há nada parecido.

A fixação é um absurdo de boa e a pigmentação idem. Ele desliza muito bem nos lábios e não incomoda. Apesar de ser matte, não é daquele tipo que te dá sede ao longo do dia, que craquela ou que te deixa irritada – oi Ruby Woo! Ele é bem confortável de usar. Minha única queixa seria com relação ao cheiro, que é bem forte e lembra argila. Falo isso porque tenho algumas máscaras de argila com cheiro bem similares. E como a boca fica logo embaixo do nariz, me incomoda um pouco.  

sábado, 22 de abril de 2017

VICHY NORMADERM DEEP CLEASING - REVIEW

família completa
Vamos falar sobre um produto que eu amo de paixão e que, guardadas as devidas proporções, não custa muito caro. Digo isso porque a noção de caro e barato é bastante relativa pra mim. Às vezes minha dermato me passa um produto que eu acho carésimo, mas depois que compro, ele dura vários meses, de modo que eu acabo mudando de idéia. Esse sabonete, por exemplo, custa em torno de R$ 75,00, mas tem 400ml e rende horrores!

Pois bem, primeiro, importante dizer que essa linha Normaderm da Vichy - tenho vários produtos - é específica para quem tem pele oleosa e recomendada para uso diário. Ou seja, ela cuida da sua pele, controla a oleosidade e é gentil com você, não é daqueles produtos que repuxam a pele, sabe? Esse deep cleansing, por exemplo, é um gel facial e, segundo a marca, ele promove a uma limpeza profunda, controla a oleosidade, controla o brilho, desencrusta os poros, possui ação calmante e antiinflamatória e não resseca a pele. E eu vou dizer que ele cumpre tudo isso. 

Para que vocês tenham uma idéia, eu uso esse produto à noite no banho, depois de passar o dia todo trabalhando, sendo exposta a poluição, impurezas e ainda, com a pele maquiada e cheia de produtos. Quando eu usava um sabonete comum para o rosto, quando chegava na vez do tônico/água micelar, o algodão ficava sujinho, mostrando claramente que o sabonete não tinha servido pra nada. Eu me sentia super desprotegida. Com esse gel é o oposto, você passa o algodão e ele sai limpinho. Por isso que, pra mim, esse produto é amor eterno. Ele faz tudo o que eu espero de um sabonete de rosto para o meu tipo de pele. 

Ele pode estranhar um pouco porque não é cheiroso e não faz muita espuma, mas eu prometo que se você esfregar um pouco, fizer uma massagem com ele, ele vai dar um efeito ótimo na pele e remover todas as impurezas. É mágico!!!

quinta-feira, 20 de abril de 2017

LIVRO - HARRY POTTER E A PEDRA FILOSOFAL

Contei nesse post aqui que comprei o box da saga completa do Harry Potter, a coisa mais gracinha do mundo, que tem enfeitado a minha prateleira desde então. E a idéia – sem compromisso algum – era ler todos os 7 livros ao longo deste ano. Quero tentar ler uma série por ano, ou algo do tipo. E, apesar de já ter lido esses livros no passado, achei que a releitura depois de mais de 10 anos seria bem legal. E eu estava certa. Acabei de devorar Harry Potter e a Pedra Filosofal – rapidamente, por sinal – e em cada linha ficava cada vez mais claro e evidente o porquê essas histórias fizeram e ainda fazem tanto sucesso em todos os públicos e faixas etárias e o porquê a J.K. Rowlin é um gênio!

Que livro gracinha, gostoso de ler, tocante, inteligente e o mais importante, destituído de enrolação. A cada capítulo nos deparamos com um fato novo, com uma informação crucial ou com um novo personagem incrível. E tudo isso vai se entrelaçando ao longo da trama e criando ganchos também para os próximos livros que completam a saga. Eu ia pular um mês para ler o próximo, mas já estou querendo correr para a minha prateleira e arrancá-lo de lá! E para quem passou as últimas décadas hibernando ou em outro planeta, segue um resumo da história, extraído do site Info Escola - http://www.infoescola.com/livros/harry-potter-e-a-pedra-filosofal/

Harry Potter vive com os tios Dursley, onde é mal tratado até completar seus 11 anos. É com essa idade que o jovem bruxo começa a receber cartas da escola de Hogwarts. Na noite de seu aniversário Harry é visitado por Hagrid (um ser gigante que trabalha para o diretor de Hogwarts), o qual revela que Harry é filho de bruxos e foi convidado a ingressar na escola de bruxaria. A verdade é toda revelada a Harry Potter, que seus pais foram mortos pelo terrível bruxo Voldemort e que a sua cicatriz era marca da tentativa de assassinato que Harry sofrera. Esse primeiro livro apresenta o leitor aos principais personagens da série e cria uma aura de “simpatia” pelo personagem principal (Harry).

Harry em seu primeiro ano “escolar” na escola de bruxaria é apresentado a Ronald Wesley e Hermione Granger (seus futuros melhores amigos). Harry é apresentado também ao mundo dos bruxos e descobre que é muito famoso por ter sobrevivido ao ataque de Voldemort. Após várias aventuras, os garotos juntos descobrem que a pedra filosofal (segundo a lenda tem o poder da imortalidade) está guardada na escola de Bruxaria.”

terça-feira, 18 de abril de 2017

LIVRO - CRIME E CASTIGO

Demorei um mês inteiro para dar cabo desse livro que tem pouco mais de 600 páginas e é dividido em 6 partes. E as razões são simples. A primeira delas é que, como eu já contei por aqui, me deu a louca no mês de março e eu resolvi ler trocentos livros ao mesmo tempo e a segunda razão é que esse livro, apesar de incrível, é um pouco pesado e exige do leitor um pouco mais de dedicação e atenção. Crime e Castigo veio num box maravilhoso, acompanhado dOs Irmãos Karamazóv, que será lido, creio eu, mais para frente. Recomendo demais esse box porque é lindo e essas duas obras são importantíssimas para a literatura.

Pois bem, através de Crime e Castigo do incrível Dostoievski, conhecemos Ródion Raskólnikov, um ex estudante de direito que, no momento, encontra-se falido e bastante deprimido. Longe da família e dos amigos, vivendo num cubículo alugado, com a mensalidade atrasada, ele inicia uma série de diálogos internos sobre a sua própria existência no mundo e daqueles que o rodeiam. O livro, aliás, é bem interessante porque ele nos coloica dentro da mente do narrador, uma mente bem perturbada, cheia dúvidas, incertezas, ora dotada de pensamentos bons, ora dotada de pensamentos ruins. E, num determinado momento, voltando, o narrador começa a sentir uma raiva desmedida pela usurária, a Fulana que lhe aceitas objetos em penhor.
O ódio vai crescendo dentro dele. E o pior é que ele não tem raiva da Fulana em específico, mas sim daquilo que ela representa. E ele começa a pensar em matá-la. Daí vem um raciocíciono que eu, particularmente, acho bem interessante e que dá toda bossa ao texto. Ele se questiona: se Napoleão, Cesar e outros grandes foram responsáveis por tantas mortes e, ainda assim, são considerados grandes heróis, por que não fazer o mesmo ele mesmo? É como se os fins justificassem os meios. Matando a usurária, ele estaria, dentro de tal raciocínio, matanto o próprio capitalismo opressor. É uma figura de linguagem!
E sim, o plano é levado a efeito, no divisor de águas do livro. O momento que antecede à morte da usurária é explêndido, cheio de detalhes e, mais uma vez, não se esqueçam, estamos dentro da mente do narrador, que continua andando em direção a tal destino, mas sem saber exatamente se é isso mesmo que deve fazer. Não vou descrever a cena, por óbvio, para não estragar esse momento de vocês, mas é uma das melhores da literatura. É como se você estivesse ao lado do narrador, vivendo o momento – apenas brilhante! E depois disso, o que temos é um Ródion se corroendo por dentro em razão de remórsio (?) pelo crime que acabara de cometer. Esse é o castigo do título: ter de conviver com esse peso, sem poder dividi-lo com ninguém.
E a questão é que foi o crime perfeito. Ninguém viu Ródion entrando no prédio, matando a usurária, saindo do prédio... não houve rastro, não houve testemunhas, não houve nada. Mas, ainda assim, ele está completamente perturbado. O sentimento de culpa o corrói – é impressiuonante – e certamente ele não esperava por isso. Não era essa a idéia que ele tinha quando planejou o assassinato. Daí, ora ele começa a apresentar o desejo de ser punido, ora o desejo de se matar, ora de repelir todos ao seu redor, ora de salvar o mundo... é uma mistura de sentimentos e sensações que denotam com clareza o transtorno do narrador diante do que fizera.
Eu não vou contar mais para não entrar em spoilers, mas vou dizer que é um livro incrível e, mesmo não tendo lido mais nada do autor, eu já estou absolutamente encantada e consigo entender claramente o porquê ele é considerado um dos gênios da literatura. E, com a leitura, vocês vão se deparar com aquele cenário de miséria tão caricato e presente em obras da época – como em Victor Hugo, Gogol e Charles Dickens. Irá se deparar com personagens ilustres, como o policial, a prostituta, a mãe sofredora, o melhor amigo... são todos incríveis e improváveis ao mesmo tempo. É um livro que te faz pensar, refletir e sentir. É curioso porque, mesmo nunca tendo cometido um crime, a descrição e riqueza de detalhes do autor é tamanha, que a gente começa a sentir exatamente aquilo pelo qual Ródion está passando. As leituras desse ano estão incríveis!!!!!

sábado, 15 de abril de 2017

LIVRO UM, DOIS E JÁ

Mês passado fiz uma viagem a Araraquara, que fica a 4:30hs de São Paulo. Estava no ônibus e precisava de distrações, por isso, levei comigo alguns livros, claro! Dentre eles, esse do post de hoje, bastante fininho e peculiar. Ele possui apenas 93 páginas, com uma diagramação bem grande e confortável e conta com uma linguagem coloquial, fluida e contínua, sem interrupções. Não há capítulos nem divisões. A autora é a uruguaia Inés Bortagaray e, ao menos quando li Um, Dois e Já, era a única obra dela publicada aqui no Brasil.

Pois bem, inexiste no livro uma história em si. Ele retrata a viagem de uma família – marido, mulher, três filhas e um filho, sob o olhar de uma das crianças. A família está de férias, indo para o litoral e a menina vai contando as brigas e brincadeiras entre os irmãos, as sensações que têm no caminho, lembrança dos amigos, memórias... e o legal é que esse tipo de lembrança da garotinha é a mesma que eu tenho da minha própria infância, das viagens que fazia a Santos. E acho que é por isso que achei o livro tão delicinha. Ele custa menos de R$ 10,00 na Amazon e você consegue ler rapidinho, em coisa de 1 hora. 

quarta-feira, 12 de abril de 2017

VIAGEM - PRÓXIMO DESTINO MÊS A MÊS

No mês que passou, as coisas com relação aos preparativos da minha viagem não ficaram muito diferentes. Finalmente consegui agendar a renovação do meu passaporte – para maio, acreditem! – e eu andei comprando mais alguns ingressos de museus, passeios e outras coisinhas que farei na França. A parte boa disso é que, ao menos ao que parece, eu irei viajar com todos os ingressos comprados, de modo que o din din que levar será exclusivamente para comida e comprinhas. Isso é mais do que excelente, uma preocupação a menos.

No mais, achei pertinente falar sobre algo que tenho feito – desde de janeiro – que eu acho que pode ser interessante. Eu tenho lido muitos livros sobre a França, sejam livros históricos, propriamente ditos, sejam livros romanceados, mas que têm a França e a história como cenário. E isso é muito legal porque é como se eu já estivesse viajando desde já, conhecendo cada um dos lugares e os personagens que lá frequentaram. Fora que, quando chegar de fato a tais lugares, eu saberei sobre sua história, o que tornará a visita muito mais rica, sem dúvida.
Eu comecei a ter essa idéia depois que voltei da Alemanha. Primeiro porque eu notei que, tirando a parte do século XX (Segunda Guerra e Guerra Fria), eu não sabia nada sobre a história do país. A parte mais antiga era bem desconhecida e cada vez que eu visitava um castelo, por exemplo, ficava imaginando quem teria habitado aquele lugar. E segundo porque, depois de ouvir áudio guides e guias locais, e saber um pouco sobre aquelas pessoas, me interessei por algumas delas e quis me aprofundar com leituras quando cheguei ao Brasil. 
Para que vocês tenham idéia, eu comecei o ano lendo Os Miseráveis, que é uma histórica linda que mistura romance com fatos históricos e tem Paris como cenário. Depois, eu li a bibliografia da Maria Antonieta e passei a conhecer melhor essa parte da história - ainda estou lendo -, bem como uma das mulheres mais famosas da França. Lembrando que pretendo visitar a Conciergerie, local onde ela esteve presa antes de ser executada e Versailles e o Trianon, locais onde ela viveu. Há tempos atrás li a saga Os Reis Malditos de Maurice Druon,- essa é uma coleção que pretendo comprar com o tempo – e me foi muito rica também (correção: baixei toda coleção online!). Para os próximos meses, tenho separado Angélica e a vasta coleção que se passa na França e O Corcunda de Notre Dame que já está lá em casa. Vou ver se consigo alguma coisa sobre Napoleão – alguém me recomenda algo? 

terça-feira, 11 de abril de 2017

NEUTROGENA HIDRATANTE ANTIIDADE PARA AS MÃOS - REVIEW

Já perdi as contas de quantas vezes mostrei produtos diferentes para as mãos aqui no blog. Minha vida com mãos secas é uma saga e eu vou falar que pra mim, o verão é muito pior do que o inverno, porque o ar condicionado acaba com as minhas cutículas, que começam a levantar e até a sangrar. Eu uso, claro, hidratante/cerinha específicos para cutículas, mas eles não são suficientes pra mim. 

Daí, em uma das minhas idas à dermato, ela me indicou num hidratante da Neutrogena que tem a textura de silicone, é bem levinho, não meleca a mão, mas também, a deixa hidratada por mais tempo. Só que a anta comprou o produto errado e como eu não sou do tipo que joga as coisas no lixo, estou usando o creme comprado errado e devo dizer que ele não vem me agradando. 

Como a embalagem diz, trata-se de um hidratante para as mãos, com FPS 30 e propriedades antiidade. Daí que, se pelo menos não está ajudando com a secura, está me protegendo! A embalagem é em bisnaga, tal qual a maioria e conta com 56g de produto. Segundo a marca: "NEUTROGENA® Norwegian Formula Hidratante Anti-Idade para as Mãos - FPS 30 possui a tecnologia Helioplex®, que oferece ampla e duradoura proteção contra os raios UV. Previne linhas finas, manchas solares e tonalidade não uniforme. Sua fórmula com glicerina restabelece e retém a hidratação por 24 horas, deixando a pele macia e com uma sensação não oleosa." Ele custa em torno de R$ 40,00 - não é nada barato.

Ocorre que eu não curti esse produto nas minhas mãos. Ele é daquele tipo que, no começo, não é absorvido e a sua mão fica bem melequenta. Aí de tá siricutico e você começa a esfregar as mãos e, adivinha: o produto esfarela. E mesmo que você não esfregue as mãos, ele some rápido e você fica com elas secas tudo de novo. Achei bem ruinzinho. Ele anda meio de lado na minha vida, mas por R$ 40,00, vou ter que fazer uma força e aproveitar até a última gota!

sexta-feira, 7 de abril de 2017

LIVRO - ANARQUISTAS GRAÇAS A DEUS

Que livro gracinha! Fazia tempo que estava querendo ler e acabou que o devorei em março, embolado com outros livros cujas leituras já estavam em andamento. Mas, como Anarquistas graças a Deus me foi emprestado, estava com prazo para devolução. O livro, para quem não sabe, foi escrito por Zélia Gattai esposa de Jorge Amado,e ele reúne histórias de sua infância na Alameda Santos em São Paulo, numa família típica italiana do início do século XX.

Pra mim esse livro teve um gostinho especial porque moro em São Paulo e conheço todos os endereços mencionados e porque venho de uma família de imigrantes italianos, que provavelmente passaram pelas mesmas experiências que os pais e avós da Zélia. E a minha avó materna, que é a pessoa mais nostálgica que conheço, conta muitas histórias de sua infância e de seus pais e muitas delas são muito parecidas com as lembranças da autora. E acho que isso trouxe pra mim uma “lembrança que me pertence, mas que não vivi” – tá parecendo música do Renato Russo!
No mais, recomendo demais o livro, porque ele vai retratar São Paulo do início do século XX, os costumes, as vestimentas e fatos históricos como a revolução, a imigração italiana, a emancipação das mulheres, as reuniões anarquistas e comunistas. Vai nos trazer também memórias incríveis dessa mulher maravilhosa, seu amor por livros, a educação que recebeu, seu contato com os primos, as “viagens” ao Brás e a São Caetano, passeios de trem, amor por bichos, as personalidades de seus pais e irmãos, os namoricos escondidos, o amor pela babá Maria Negra e tantos outros detalhes incríveis que fazem desse livro uma leitura extremamente delicinha e obrigatória para entender quem são os paulistanos de hoje. 

quarta-feira, 5 de abril de 2017

FILME LION - UMA JORNADA PARA CASA

Ainda dentro dos filmes do Oscar assistidos depois da cerimônia de entrega dos prêmios, fui com a minha mãe ver Lion... meudeus!!!!! Antes de começar, já vou dizendo que foi um dos filmes mais lindos e mais tocantes que já vi na minha vida. Junto à A espera um milagre, Lado a lado e outros, Lion me fez chorar do início ao fim. Saí de lá com a blusa molhada, os óculos embaçados e uma pergunta: “por que diabos esse filme não levou o Oscar”???????? Sim, Moonlight é muito bonito, mas não chega nem aos pés de Lion. E o que falar de La La Land? Como comparar Lion a ele? É até uma ofensa!!!

Muito bem. A começar pelo começo, trata-se de uma história verídica e absolutamente poética ao mesmo tempo, o que confere ao filme uma graça especial. Saroo (interpretado primeiro pela criança mais maravilhosa e fofa desse mundo, Sunny Pawar e, depois pelo charmosíssimo Dev Patel), é um garoto paupérrimo de 5 anos que vive numa favela na Índia com sua mãe e irmãos. Guddu, o irmão mais velho é uma espécie de ídolo e o amor entre os dois, aliás o amor entre os membros da família, não obstante todas as dificuldades, é absolutamente incrível e tocante. 

Um belo dia, os dois irmãos inseparáveis saem juntos e Saroo acaba se perdendo e indo parar dentro de um trem que o leva ao outro lado do país, numa região em que até mesmo a língua falada é diferente. O problema é que Saroo não sabe seu sobrenome, o nome da mãe ou mesmo da região de onde vem. O mais bonitinho é quando perguntam a ele o nome da mãe e ele responde simplesmente “Mãe”, rs!

Nesse momento, ele vai passar por todos os perrengues que se tem ideia, numa busca pela sobrevivência. Até que o destino bate à sua porta e ele é levado à Austrália, onde é adotado por um casal incrível interpretado por Nicole Kidman e David Wenham. Ele é muito bem criado, com muito amor, mas a memória de seu passado na Índia é muito presente e, 20 anos depois, ele resolve sair em busca desse período e saber um pouco sobre quem ele é e como estão seus parentes de sangue. 

Nesse ponto, o filme retrata muito bem o mesmo tema que foi abordado pelo Livro Xará – TAG de fevereiro – que é aquele imigrante que não se sente totalmente indiano nem totalmente australiano. É como se ele estivesse sempre dividido entre os dois mundos e sempre se sentindo incompleto.

leve lencinho porque é pesado!!

terça-feira, 4 de abril de 2017

BATOM KIKO SMART N° 901 - REVIEW

Eu já contei um pouquinho a vocês aqui no blog sobre a minha primeira visita à Loja da Kiko Milano aqui no Brasil. Fiquei bastante contente com a chegada da marca em terras brasilis e espero que eles tragam toda linha completa e consigam manter aquela vibe da marca de produtos muito bons com preços acessíveis. 

Muito bem. Quando estive na loja naquele primeiro momento, ela estava apinhada de gente e eu confesso que não consegui ter muito acesso aos produtos, ver as coisas com a calma que eu gostaria. Daí, levei a Sombra n° 06 que já está resenhada aqui no blog e pronto. Mas, conforme eu andava pelo shopping com a minha sacolinha na mão, pensava mais e mais nos batons nudes que eu havia visto no corner, que eram bem bonitos e estavam saindo por R$ 25,90. Pensei tanto que acabei voltando à loja para garantir um. 

Um dos meus batons favoritos da vida e o que eu mais uso é o Hugh Me da MAC, que estava quase acabando naquela ocasião e eu não estava preparada para gastar R$ 69,90 num novo. E como vocês podem ver pelo swatch abaixo, o Hugh Me e o 901 da Kiko são quase irmãos gêmeos! Na foto, o da MAC está um pouquinho mais escuro, mas na prática, não há qualquer diferença. Ambos são bastante hidratantes e têm acabamento mais brilhantinho, como se fosse um gloss mais pigmentado e mais confortável de usar, sem ser pegajoso. 

O batom da Kiko tem uma embalagem bem bonita e boa, conta com 3,5g de produto contra 3g dos batons da MAC. A validade expira apenas em julho/2019 e a marca ainda conta com uma infinidade de cores - não consegui achar esses batons no site da marca aqui no Brasil, mas ó pra gente ficar deprê, lá na gringa ele custa €1,90!!!

domingo, 2 de abril de 2017

LIVRO - 1808

Achei o livro incrível e delicinha de ler. Apesar de ser um livro histórico de não ficção, a leitura é super agradável, fluida e as 400 e poucas páginas são devoradas rapidamente. Eu acho muito importante, além de curioso, entender como foi o processo de formação do nosso país não só pela via contada pelos professores nas aulas de história, mas também através de personagens que viveram naquele período e deixaram manuscritos, cartas e qualquer tipo de registro que, após, foi resgatado para compor esse calhamaço lindamente organizado por Laurentino Gomes.

E, através desse livro, vamos tomar conhecimento, de forma absolutamente detalhada, de como se deu a fuga da família real e boa parte da corte, em 1807 de Portugal para o Brasil. Vamos conhecer todas as circunstâncias, cada um de seus personagens e notar que, de fato, D. João VI e Carlota Joaquina eram as pessoas mais caricatas que se têm registro e foram essas pessoas que deram formato ao que conhecemos hoje como Brasil (sinistro, né???). D. João era um rei absolutamente confuso, submisso e, acima de tudo muito porco!!! Ele não tomava banho, não trocava de roupa e ainda guardava coxinhas de frango nos bolsos. Carlota Joaquina era manipuladora, interesseira e muito doida!
"Como se verá nos capítulos adiante, esses personagens podem ser, sim, inacreditavelmente caricatos, algo que se poderia dizer de todos os governantes que os seguiram, inclusive alguns muito  atuais.  As pessoas fazem História, mas raramente se dão conta do que estão fazendo. "Christopher Lee, This Sceptred Isle - Empire 
Depois desse primeiro trecho, que mais parece um filme de comédia trapalhona, bem ao estilo Monty Phyton, a coisa começa a ficar mais “séria”. Isso porque, apesar de toda essa confusão e falta de planejamento antes e durante a viagem, quando a família real chega ao Brasil, as providências para tornar esse pedaço de terra um país, ou ao menos uma extensão de Portugal, começam a ser tomadas. Criação de um governo, ministérios, bancos, escolas, universidades, teatros, igrejas, abertura dos portos ao comércio e tantas outras providências que aceleraram o crescimento por aqui e acrescentaram muito ao nosso país. Não fosse pela vinda da família real naquele momento, provavelmente os estados brasileiros teriam se rebelado, alguns territórios teriam decretado a independência e o Brasil permaneceria como colônia renegada e explorada durante muito tempo.
E a parte triste disso tudo é que nós vamos perceber que a questão da corrupção e do “cada um por si” vem daquele período. Desde muito tempo atrás, as pessoas tentam tirar proveito de sua posição ou de uma situação, prejudicando o erário público. Mas isso também é interessante, porque verificamos a origem desse governo corrupto que conhecemos hoje e que ao longo de mais de 200 anos vem explorando o país e prejudicando a população. Livro incrível. Recomendo!