quarta-feira, 5 de abril de 2017

FILME LION - UMA JORNADA PARA CASA

Ainda dentro dos filmes do Oscar assistidos depois da cerimônia de entrega dos prêmios, fui com a minha mãe ver Lion... meudeus!!!!! Antes de começar, já vou dizendo que foi um dos filmes mais lindos e mais tocantes que já vi na minha vida. Junto à A espera um milagre, Lado a lado e outros, Lion me fez chorar do início ao fim. Saí de lá com a blusa molhada, os óculos embaçados e uma pergunta: “por que diabos esse filme não levou o Oscar”???????? Sim, Moonlight é muito bonito, mas não chega nem aos pés de Lion. E o que falar de La La Land? Como comparar Lion a ele? É até uma ofensa!!!

Muito bem. A começar pelo começo, trata-se de uma história verídica e absolutamente poética ao mesmo tempo, o que confere ao filme uma graça especial. Saroo (interpretado primeiro pela criança mais maravilhosa e fofa desse mundo, Sunny Pawar e, depois pelo charmosíssimo Dev Patel), é um garoto paupérrimo de 5 anos que vive numa favela na Índia com sua mãe e irmãos. Guddu, o irmão mais velho é uma espécie de ídolo e o amor entre os dois, aliás o amor entre os membros da família, não obstante todas as dificuldades, é absolutamente incrível e tocante. 

Um belo dia, os dois irmãos inseparáveis saem juntos e Saroo acaba se perdendo e indo parar dentro de um trem que o leva ao outro lado do país, numa região em que até mesmo a língua falada é diferente. O problema é que Saroo não sabe seu sobrenome, o nome da mãe ou mesmo da região de onde vem. O mais bonitinho é quando perguntam a ele o nome da mãe e ele responde simplesmente “Mãe”, rs!

Nesse momento, ele vai passar por todos os perrengues que se tem ideia, numa busca pela sobrevivência. Até que o destino bate à sua porta e ele é levado à Austrália, onde é adotado por um casal incrível interpretado por Nicole Kidman e David Wenham. Ele é muito bem criado, com muito amor, mas a memória de seu passado na Índia é muito presente e, 20 anos depois, ele resolve sair em busca desse período e saber um pouco sobre quem ele é e como estão seus parentes de sangue. 

Nesse ponto, o filme retrata muito bem o mesmo tema que foi abordado pelo Livro Xará – TAG de fevereiro – que é aquele imigrante que não se sente totalmente indiano nem totalmente australiano. É como se ele estivesse sempre dividido entre os dois mundos e sempre se sentindo incompleto.

leve lencinho porque é pesado!!

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