Que livro delicinha de ler!! Acho que o
devorei em uma semana porque, apesar da história não ser incrível, eu me
identifiquei com a narradora-protagonista, com sua vida e a leitura é tão
fluida, que simplesmente não dá para parar de ler. Foi meu terceiro livro da
TAG Inéditos e meu segundo favorito até agora, perdendo apenas para A Boa
Filha.
A história se passa na década de 60 e
nossa protagonista é Katherine, uma professora de jardim de infância que
resolveu, junto com a melhor amiga, abrir uma livraria. No início, as coisas
vão muito bem e o sucesso do empreendimento faz com que seus pais se “esqueçam”
de que ela não se casou e não lhes deu nenhum filho. Mas, o que acontece é que,
com o passar do tempo, e o surgimento dos shoppings centers, a livraria vai se
tornando obsoleta e as sócias têm de tomar uma decisão: fechar a loja ou
abri-la em um conglomerado.
Paralelamente a esse impasse, Katherine
passa a ter uns sonhos muito estranhos e incrivelmente reais. Neles, ela é
casada com Lars e tem trigêmeos de uns 6 anos, sendo um deles, Michael,
autista. Sua vida nesses sonhos, portanto, é completamente diferente, ela
largou a livraria para dar atenção a seu marido e filhos e, aparentemente, está
brigada com sua antiga sócia.
E o livro todo fica nesse vai e vem e
cada vez mais vamos descobrindo detalhes dessa vida paralela que Katherine vive
através de seus sonhos, que são muito interessantes. A questão é que, em
determinado momento, assim como a narradora-protagonista, deixamos de ter
certeza sobre o que é sonho e o que é realidade. Qual das duas vidas realmente
está acontecendo?
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