sábado, 14 de julho de 2018

LIVRO - CAMINHO DA LIBERDADE


Devo dizer que comprei esse livro num quiosque por R$ 10,00 e ele se tornou um dos meus favoritos do ano. Eu já notei que amo histórias verídicas – autobiográficas ou não – em que uma pessoa ou um grupo delas passa por uma situação de risco extremo e absolutamente impensável e sobrevive para contar a história. posso trazer alguns outros título desse estilo que amei: No Ar Rarefeito, A Escalada, No Coração do Mar... dentre outros.

Pois bem, Slavomitr Rawicz é um polonês que apenas lutava com seu exército para expulsar os nazistas de seu país. O que ele não sabia era que a “libertação” russa lhe traria mais problemas do que os nazistas. Seu crime: ser polonês. A sentença: ser torturado por anos e depois, ser encaminhado a um gulag na fria Sibéria. Devo dizer que, apesar de 25 anos de condenação, o problema principal não era o gulag, mas sim, o caminho que o levou até lá, em situações absolutamente degradantes.
Bem, em determinado momento, ele resolve que a única saída para a sobrevivência é fugir do local e, para tanto, ele elege 6 companheiros. A preparação é feita e, sem um mapa ou mesmo provisões suficientes – seja para o frio ou para a fome -, os 7 seguirão neve adentro na imensidão siberiana. O objetivo é rumar para o sul e chegar até a Índia. Claro que no caminho muita coisa vai acontecer.
Ainda dentro da neve, já próximo à Transiberiana, Kristina, uma fugitiva de outro campo se encontrará com o grupo e, de 7, eles passam a ser 8. Tudo vai aparentemente bem até a Mongólia, onde são muito bem recebidos pelos locais que, mesmo com as dificuldades encontradas com as línguas, irão salvar os fugitivos da fome, do frio e da sede. Claro que eles estão em condições sub-humanas, mas o importante é que eles sabem o destino e estão focados.
O problema acontece quando chegam no deserto de Gobi. Sem provisões, principalmente água, e naquela imensidão de calor e areia, os corpos castigados começarão a cobrar seu preço. Nesse momento, e ao contrário de todo trajeto até então, eles não encontram nenhum acalento e nada no que se apegarem. O resultado: 2 mortes e muita exaustão. Bem, 6 chegam ao Tibete, onde, mais uma vez, encontram muita hospitalidade.
Ainda assim, as condições de seus corpos faz uma 3ª vítima. O deserto de Gobi, certamente, foi a pior parte, mas as montanhas que dividem o Tibete da Índia, somado ao frio e, mais uma vez, à falta de provisões, não tornará a vida dos fugitivos melhor. Eles passarão muito perrengue no caminho e perderão mais um companheiro. Ao final, apenas 4 chegam ao destino. Eu apenas amei esse livro!!!

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