Preparados para zilhões de fotos?
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Lukito bem meia boca porque a foto ficou ruim. Blusa Banana Republic e saia F21
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aqui eu adicionei esse bolerão que amo horrores e comprei em Munique |
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Claro que todos
os meus dias na Alemanha foram muito incríveis, foi a viagem dos sonhos e não
houve qualquer senão que a desabonasse. Mas, esse dia foi particularmente
especial porque conheci os Alpes, o castelo que inspirou Walt Disney a pensar na Bela Adormecida e, de quebra, conheci uma cidadezinha super fofa.
E vou começar contando a vocês como tudo começou.
Eu sabia que
queria visitar Neuschwanstein,
o castelo maravilhoso que vocês estão vendo nas fotos abaixo. Sabia que ficava
relativamente próximo à Munique, que seria possível um bate e volta, mas que o
caminho não era nada tranquilo. Explico. Para chegar até lá, você tem que pegar
um trem em Munique que te leve à Füssen. Em Füssen, você tem que pegar um
ônibus que te leve até Neuschwanstein,
sendo que você tem que contar que tem zilhões de turistas que têm a mesma idéia
e que não é garantido que haja um ônibus disponível no exato momento em que
você chegar na estação.
Daí, você tem duas opções: comprar o ingresso do
castelo na hora, sem qualquer garantia que, depois de todo esse trampo, ainda
terá ticket disponível (quando eu cheguei havia uma fila para comprar o ingresso
digna de show!) ou você pode comprá-lo adiantado, pela internet. Só que daí
fica aquela coisa: e se eu comprar um ingresso para as 15hs e não conseguir
chegar a tempo por causa do transporte???
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Linderhof
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os jardins em volta do castelo são lindos. Todos inspirados em Versailles
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essa parte me lembrou a igreja de Braga, em Portugal
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tão bem cuidado!!! |
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Dito isso,
resolvi que não queria passar por esse tipo de perrengue, porque não queria
correr o risco de não conseguir ver o castelo, que era o meu maior desejo.
Seria muito frustrante e eu não estava disposta a passar por isso. Daí que,
contrariando todas os meus ideais de viajante de espírito livre, eu contratei
uma excursão que me levasse até o local.
A empresa escolhida foi a GTA – dá para
pesquisar pela internet -, que é super conhecida e idônea. Na data marcada,
fui encontrar com o ônibus que me levaria ao passeio. O ônibus era maravilhoso,
com ar condicionado, com guia falando e explicando o tempo todo e o melhor:
áudio em português durante todo o percurso. No total, o tour envolveu 3 paradas
e vou contar cada uma por aqui.
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Linderhof
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passando mal de lindo!!
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oiê!!
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tudo tão lindo... |
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Mas primeiro, vou
contar a vocês a história do rei Ludwig, que foi quem construiu os castelos de
Linderhof e Neuschwanstein.
Bem, o moço assumiu o trono da Baviera aos 18 anos, super novinho, sem muita
experiência no assunto e sem o menor dom para a coisa. Ao contrário dos reis da
época que governavam com mão de ferro e eram austeros, briguentos e tal, Ludwig
era dado às artes, à música, à arquitetura. E o melhor: era uma pessoa sensata,
pelo menos no início.
Ele costumava, por exemplo, disfarçar-se de plebeu e
visitar as tabernas, para ouvir as reclamações e anseios da população. Não é
demais??? Só por isso já me apaixonei por ele. Ele foi um grande entusiasta da
ópera na época, foi ele quem financiou as obras de Richard Wagner, por exemplo,
e também revolucionou a arquitetura. Muito do que a Alemanha tem hoje, deve ao
rei Ludwig.
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as paisagens são de tirar o fôlego
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eu juro que tirei mais de 30 fotos do caminho!! |
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Mas, esse lado
artístico dele, contraposto à mais completa ausência de tato para lidar com
ministros, com a questão das finanças e demais situações burocráticas do
governo, tiveram um preço. Quando a Baviera foi anexada pela Prússia – não
deixou de ter governo próprio, mas teve de se submeter às vontades daquele
governo, incluindo fornecer pessoal e apoio de guerra -, o rei resolveu relaxar
de vez e deixar de governar. O resultado foram 3 castelos incríveis e .... a
falência do reino.
No final das contas, ele foi interditado, traído por seus
companheiros, destituído do trono e morto pouco tempo depois. Hoje sabe-se que
ele sofria muito por ser homossexual, que tinha uma sensibilidade muito
incompreendida para a época e que, apesar de suas construções terem causado
desconforto nos cofres públicos, estimularam o comércio e a construção civil,
salvando muitos moradores locais da situação de pobreza e miséria. E pensando
mais adiante, temos que hoje a região recebe milhares de turistas e deve boa
parte de sua economia aos feitos do Rei Ludwig. Visionário!!!
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casinha maravilhosas de Oberammergau
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não é uma graça??
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pinturas variadas e muito peculiares
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eu fico passada com o cuidado que essas casinhas têm |
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Contada a
história desse rei por quem me apaixonei, passemos aos locais visitados. A
primeira parada, já nos Alpes, foi o Palácio de Linderhof, construído pelo
nosso amigo. Trata-se de uma construção mais simples, mais modesta, mas não
menos bela. Com jardins incríveis e paisagens de tirar o fôlego. O único senão
de estar de excursão é que falta um pouco de liberdade e a gente tem horário
para tudo, não consegue admirar direito as coisas. Foi o único dos três
castelos que o rei viu finalizado e era um local bem querido por ele, que
costumava passar dias afastado da corte, só curtindo. Apesar do tamanho
diminuto, ele foi inspirado em Versailles e o interior é a coisa mais linda do
mundo.
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não parece de boneca?
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visão geral da cidade. Sim, é tudo isso, rs
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mais variações de pinturas
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esse é o centrinho comercial |
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De lá, fomos para
uma cidadezinha próxima e muito, mas muito fofa, chamada Oberammergau. Foi tipo
um bônus, porque não fazia ideia de que teríamos essa parada. A cidade é
minúscula, você consegue facilmente ver tudo em apenas 1 hora, mas é demais!!!
Todas as casinhas são desenhadas, têm pinturinhas nas paredes e a maioria funciona como lojinha, com artesanatos locais que são bem gracinha, como passadeiras,
enfeites de Natal e outras coisas.
Segundo nos explicaram, o pessoal que vivia
no lugar era muito religioso e um pai prometeu a algum santo – não me forcem a
lembrar esses detalhes -, que se seu filho ficasse bom da doença que o
acometia, ele pintaria imagens santas na parede. Assim foi, a coisa virou moda
e hoje, as casinhas são decoradas com os mais diversos motivos, tendo também
bastante das atividades exercidas. A cidade é bem rural, as casinhas têm
vaquinhas, galinhas e muitas plantas, super bem cuidadas. É uma graça.
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paisagem lá de cima do castelo
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vista da estrada
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e mais de perto. Fiquei muito orgulhosa dessa foto!
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chegando!!!
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cheguei!! |
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Por fim, última
parada, Neuschwanstein.
Como já estava na hora do almoço, paramos num restaurante – bem meia boca –
para comermos. A essas alturas, já havia feito amizade com algumas pessoas da
excursão, brasileiros, portugueses, japoneses... adoro ouvir opiniões de
pessoas de outros lugares.
E estando tanto tempo viajando sozinha, acho que
estava precisando falar a minha língua, rs!! Passado o almoço, vou contar a
vocês: não é tão simples assim chegar ao topo do castelo, de onde parte a
visita. Você tem que subir uma montanha absurdamente imensa e íngreme. E isso
pode ser feito de ônibus, a cavalo ou à pé. Fique de olho porque os transportes
têm filas e você tem que checar se vai dar tempo de chegar no castelo no
horário agendado – se chegar depois você não entra. Como sou corajosa, fui à
pé. Visualizem a cena: estava 35ºC e eu demorei 40 min para chegar ao topo.
Cheguei lá em cima nojenta, molhada de suor! Ninguém merece saber disso, mas
era a situação.
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as paisagens são de tirar o fôlego
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lateral
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parte interna
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outro ângulo
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portão |
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Claro que valeu a
pena, o castelo é maravilhoso. Não é permitido tirar fotos de dentro, por isso vocês estão vendo só fotos externas. Mas é demais, vale
muito à pena e eu não me arrependi nem um pouco de ter contratado essa
excursão. Foi muito legal. Na descida da montanha, tomei uns 2 sorvetes, rs!!!
Pegamos o ônibus e voltamos ao centro de Munique.
A cidade estava uma grande confusão
porque estavam chegando muitos imigrantes nesse dia e o caos estava
estabelecido. Adiei a volta para o hotel com uma passadinha na Kiko Milano, que
foi onde eu comprei os produtinhos que vocês têm visto resenha ao longo dos
meses. Próxima parada: Munique novamente. Último dia inteiro na cidade, fui
visitar o Residenz, o Allianz, o Museu da BMW e fazer algumas coisas diferentes.
Aguardem próximo post.
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