segunda-feira, 18 de abril de 2016

DIÁRIO DE VIAGEM - DIA 11 - BERLIN - PARTE 1 - A CHEGADA E O CASAL MAIS AMÁVEL DO PLANETA

E hoje finalmente chegamos na última cidade visitada durante minha viagem à Alemanha, a querida e cosmopolita Berlin. Mas não pensem que os posts da viagem estão acabando, porque ainda há muitos dias pela frente e muita coisa a ser dita. Esse post, como vocês já devem ter notado pelo título, será dividido em 2.

Antes de começar o dia propriamente dito, precisamos voltar um pouquinho ao dia anterior, porque como contei a vocês no último post, eu peguei o trem de Munique para Berlin às 17hs, com previsão de chegada às 23hs (sim, são 6 horas de viagem porque a distância é grande e há várias paradas no caminho). Eu já estava um pouco apreensiva com essa questão porque não gosto de chegar a uma cidade desconhecida a noite, isso me aflige um pouco. Mas, havia visto que a estação era perto do hotel e estudado um pouco o mapa. Só que a situação piorou um pouquinho porque o trem se atrasou para sair e depois, quebrou no caminho, delongando minha viagem em mais 2 hs. Ou seja, eu cheguei a Berlin a 1 da manhã.

Para completar a tragédia, em Munique estava fazendo 35ºC todos os dias e eu saí de lá de short e blusinha, levando apenas um casaquinho. Quando cheguei em Berlin, a temperatura era de 10ºC e eu estava congelando! Saí da estação, me deparei com essa igreja maravilhosa da foto que é a Kaiser Wilhelm Gedächtniskirche (vou falar mais dela em outro post), que sabia que ficava perto do hotel. Só que, por alguma razão, eu não encontrava o hotel de jeito nenhum. Os números não batiam com o mapa, não faziam sentido e eu, com a minha big mala e morrendo de frio, só queria um banho quente e uma cama. E na rua, àquela hora, só havia gente estranha e escuridão. Não tinha coragem de pedir ajuda a ninguém.

Foi aí que me aconteceu aquelas coisas que a gente acha que tem alguma mãozinha do nosso anjinho da guarda, porque não há outra explicação. Me deparei com um casal de negros, vestido com aquelas roupas típicas e lindas da África, super coloridas. E ambos estavam com uma áurea boa, uma cara de felicidade e, por alguma razão, me trouxeram segurança para pedir ajuda. Estava com o mapa e o endereço na mão, uma cara de sofrida, uma mala imensa e um simples pedido de ajuda. E posso falar??? “Casal, se vocês estiverem lendo isso (ah-hãm... rs!!!), meu muito obrigada sincero, do fundo do meu coração, porque acho que nunca conseguirei agradecer o suficiente o que vocês fizeram por mim naquela noite.”

Eles também não faziam ideia de onde ficava o hotel, mas se propuseram a se juntar a mim na busca. Nós rodamos durante uns 40 min, pegamos ônibus (de graça!!!), o homem carregou minha mala em alguns trechos, eles perguntaram para várias pessoas nas ruas, para taxistas... (lembrando que eu não falo alemão e eles falavam!!!). Ainda tudo com a maior disposição e bom humor, perguntando sobre o Brasil, se eu dançava samba... umas graças!!!! E nós passamos por umas regiões meio estranhas e inóspitas, com pessoas estranhas, que eu não gostaria de ter conhecido se estivesse sozinha. E eu ainda ouvi conselhos da mulher sobre não ir a certas regiões sozinha, porque não era seguro.

Ao final, achamos o hotel que, pasme, ficava bem ao lado da estação de trem, cerca de 2 quarteirões. O que nos confundiu, é que a rua do hotel muda de nome depois de um trecho e isso não estava escrito no mapa. E posso falar? Realmente, apesar de bem localizado, o hotel não estava em um lugar propício para andar a noite, principalmente uma mulher sozinha. E eu sou muito grata a esse casal tão simpático, esses anjos que se dispuseram a caminhar comigo por 40 min em busca de algo que não era de sua responsabilidade. Fica aqui o meu MUITO OBRIGADA!!

Amanhã eu publico o meu primeiro dia em Berlin, que foi muito incrível. 

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