domingo, 31 de maio de 2020

LEITURAS DO MÊS - MAIO /2020

Devo dizer que o mês de maio foi um dos melhores até agora. Claro que o fator “quarentena” ajudou bastante e o fator “livros muito interessantes” também. De todas as leituras do mês, não teve um livro sequer que eu não tenha curtido e são todos TÃO variados! 

- O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel - J.R.R. Tolkien (releitura)
- O Senhor dos Anéis - As Duas Torres (releitura)
- Don Casmurro - Machado de Assis (releitura)
- A Batalha das Rainhas - Jean Plaidy
- As Espiãs do Dia D - Ken Follett
- A Terceira Vida de Grange Copeland - Alice Walker
- Cleópatra - Uma Biografia - Stacy Schiff (Kindle)
- Aguapés - Jhumpa Lahiri
Reli dois volumes Do Senhor dos Anéis e foi uma delícia reviver esta que é uma das minhas histórias favoritas. De um livro de fantasia, passei para a Índia pós independência, através de uma família bastante complicada em Aguapés, meu terceiro romance da escritora Jhumpa Lahiri, que nunca decepciona.
Em A Terceira Vida de Grande Copeland, primeiro romance da premiada Alice Walker, voltei para os EUA da época pós escravidão e conheci as agruras de ser negro naquela época. Don Casmurro encerrou o terceiro livro do segundo volume da minha coleção, volume este que, frise-se, conta só com histórias picantes de traição. Em a Batalha das Rainhas, meu 5º volume da saga Plantageneta, conheci duas mulheres dominadoras e com uma vaidade impressionante. 
E mostrando como as leituras foram, de fato, absurdamente diversas, ainda li As Espiãs do Dia D, do meu amado Ken Follett, que me levou à França da Segunda Guerra e me apresentou a bravas mulheres que, juntas, fizeram história! E história também fez Cleópatra, um mulherão da porra, que dobrou dois imperadores romanos, falava 9 línguas, acabou com a fome de seu país e foi grande incentivadora da cultura e da educação, num período em que o mundo estava de cabeça pra baixo.
Ao que tudo indica, junho será mais um mês de quarentena (sério???). Então, mês que vem a gente se encontra pra dar uma olhada nos livros concluídos.  

quinta-feira, 28 de maio de 2020

GASTOS/PROVIDÊNCIAS VIAGEM - 5

Muito bem... com a proximidade da viagem, ou melhor, com ela supostamente em seu curso caso não tivesse saído cancelada, conseguimos minimizar outros prejuízos.

Os hotéis, a passagem São Paulo/Miami/São Paulo e a casa em que ficaríamos em Orlando já estavam resolvidos. Todos eles cobraram uma taxa de cancelamento/reagendamento, sendo que a Latam ainda vai nos dizer qual será o valor a maior que vamos ter que pagar com vistas ao reagendamento.
O problema estava nas passagens aéreas dos trechos que faríamos entre EUA e México e dentro do México. As empresas estavam absolutamente irredutíveis e nos informaram quem teríamos de arcar com a perda total do valor das passagens.
Nesse mês de maio, todavia, e para a nossa felicidade, a American Airlines e a Viva Aerobus (esta depois de muuuuuuuuuuuuuuuuuuuita dificuldade) mudaram suas políticas e nós conseguimos um procedimento parecido com aquele apresentado pela Latam. Sendo assim, nossos dois trechos (Cancum-Miami e Orlando-Cidade do México) foram cancelados e ficamos com um crédito para recompra de uma passagem para o ano que vem, sem pagamento de taxa, mas com o pagamento da diferença no valor da passagem.
E tal qual na Latam, a gente só vai conseguir comprar as passagens em julho/2020, que é quando abrirá data para maio/2021. E é apenas em julho, portanto, que saberemos o valor da diferença na passagem.
Bem, com isso, a real é que a gente teve um mínimo de prejuízo. Ainda não sabemos qual será o rombo orçamentário dos reagendamentos, considerando a alta (altíssima) do dólar, mas dentro da previsão inicial, nos demos muito bem! Quando tiver recomprado as passagens, voltarei aqui para falar sobre valores. Por enquanto, bora passar para a contagem regressiva: faltam 343 dias!

segunda-feira, 25 de maio de 2020

LIVRO - QUEDA DE GIGANTES

Esse livro foi consumido num sebo por apenas R$ 9,00. Há tempos estava de olho nessa coleção e aproveitei a oportunidade. O Autor, Ken Follet escreveu Os Pilares da Terra, que virou mini série estrelada por Eddie Redmayne. Naquele livro, a história se passa na Inglaterra do século XII e nos traz um panorama bem abrangente de como funcionavam as coisas na época, como a vida nos vilarejos, guerras, sucessão de tronos, conflitos religiosos, dentre outros.
A Queda de Gigantes, do mesmo autor, é o primeiro volume da Trilogia O Século e, tal qual Os Pilares da Terra, vai levar o leitor a algum momento histórico. O primeiro volume trata da Primeira Guerra Mundial, o segundo da Segunda Guerra Mundial e, por fim, o terceiro tratará da Guerra Fria. Confesso que não botei fé nesse calhamaço e até fiz plano de leitura pra não abandonar o livro pela metade.
Só que ele se mostrou uma grata surpresa. A escrita do autor é uma delícia e os personagens – apesar de muitos! -, extremamente cativantes. Daí que eu não conseguia parar de ler e devorei as mais de 900 páginas em apenas 1 mês e com outras leituras em andamento!



Muito bem. A primeira parte do livro começa com as apresentações de personagens e as intrigas. Na Inglaterra, temos o núcleo pobre, composto pela família Williams. Billy, o filho caçula trabalha numa mina de carvão e sua irmã Ethel é governanta de uma família abastada. O núcleo rico é formado pela família Fitzherbert, que é exatamente para quem Ethel trabalha. O conde Fitz é o patriarca, casado com Bea, uma princesa russa, e a parte mais divertida fica por conta de sua irmã, Maud Fitzherbert, que é ultra moderna e feminista.
Na parte russa, temos Grigori e Lev Pershkov, dois irmãos pobres que trabalham nas fábricas locais e lutam diariamente pela sobrevivência. Na parte norte americana, o personagem é Gus, funcionário do governo e quem nos fornece o olhar do presidente Wilson para a situação. E por fim, há o lado alemão, mas o personagem principal é Walter von Ulrich, que vive um romance com Maud Fitzherbert.
Esses são os personagens que, de uma forma ou de outra, acabam se entrelaçando e se encontrando ao longo do livro. Mas na segunda parte, temos o início da Primeira Guerra Mundial. E nesse momento é bem interessante porque o autor nos apresenta os fatos que deram ensejo ao conflito. Eu já estava bastante antenada com o caso porque acabei de ler A Primeira Guerra Mundial do Martin Gilbert, mas ainda assim, achei interessante como Ken Follet nos situa naquele diagrama, de forma suscinta, mas bastante rica.
E daí em diante, temos a mudança completa na vida dos personagens, porque a Primeira Guerra modificou por completo o cenário mundial, a vida como era conhecida e ninguém nunca mais foi o mesmo. Vamos nos deparar com a guerra em si e o papel de cada um dos personagens nela, a Revolução Russa e a luta pelo sufrágio feminino, tudo no mesmo livro. É como se cada um dos personagens estivesse numa frente diferente com vistas a mostrar ao leitor como foi aquele período.
Algumas questões, especificamente, são bastante interessantes. Por exemplo, ficamos sabendo que o voto feminino foi aprovado porque o partido trabalhista na Grã Bretanha precisava de votos e as mulheres nas fábricas eram seu maior eleitorado. E vocês sabiam que a Alemanha não só facilitou o retorno de Lênin para a Rússia como financiou sua propaganda massiva? Essas e outras informações são verídicas e o livro as traz implícitas na história, com um mix entre personagens fictícios e verídicos.
“- Antes da guerra, nosso governo gastava cerca de meio milhão de libras por dia com tudo: Exército, tribunais e prisões, educação, benefícios, administração das colônias, tudo. (...) Adivinhe quanto nós gastamos agora.
- O dobro? Um milhão por dia? Parece impossível!
- Você não chegou nem perto. A guerra custa cinco milhões de libras por dia. Isso é dez vezes o custo normal de governar o país.
Ethel ficou chocada.
- De onde vem esse dinheiro?
- É esse o problema. Nós tomamos emprestado.
(...)
- E como vamos conseguir pagar isso?
- Nós nunca conseguiremos pagar. Qualquer governo que tentasse cobrar essa quantidade de impostos necessária para quitar essa dívida causaria uma revolução.
- Mas então, o que vai acontecer?
- Se nós perdermos a guerra, nossos credores, que são quase todos americanos, irão à falência. E se ganharmos, vamos obrigar os alemães a pagar. O termo que eles usam é “reparação”.
- E como eles vão conseguir esse dinheiro?
- Passando fome. Mas ninguém liga para o que acontece com os perdedores. Além do mais, os alemães fizeram a mesma coisa com os franceses em 1871 -  está vendo por que não podemos fazer um acordo de paz com os alemães? Quem iria pagar a conta?
Enfim, recomendo demais esse livro e não vejo a hora de ler o próximo, Inverno do Mundo.

domingo, 17 de maio de 2020

OROFLUIDO - ASIA ZEN CONTROL ELIXIR E MÁSCARA HIDRATANTE - REVIEW

Bem, hoje vou falar sobre dois produtos comprados com vistas a suprir uma nova necessidade. Eu sempre tive cabelos bem curtos – saudades! – mas, em razão da minha viagem que deveria ter acontecido em maio e também em razão da quarentena eterna imposta pelo Coronavirus, eu fiquei um bom tempo sem fazer qualquer tipo de manutenção capilar. E aliado ao verão, que me proporcionou pelo menos alguns dias de piscina antes de tudo começar a virar do avesso, eu fiquei com os cabelos bem mau tratados.
Daí, resolvi adquirir dois produtos de uma marca que gosto bastante: Orofluído. A máscara já havia sido resenhada aqui no blog – post aqui -, mas o óleo foi novidade. Vou falar de cada um em separado e dar minhas impressões.
- Orofluido Asia Zen Control Elixir - Óleo Capilar 50ml – eu costumo usar óleos nos meus cabelos 1 vez por semana e a noite. Eu meio que espalho por tudo e durmo com o produto nos cabelos. No dia seguinte eu lavo, geralmente com um shampoo mais potente para tirar todos os resíduos e eu tenho a impressão que com esse processo, eu devolvo vida aos fios. Eles ficam mais macios e o cabelo mais saudável.


Não sei se esse é o intuito de um óleo capilar, mas é assim que eu costumo usar e sempre funcionou. Paguei R$ 74,83 por 50 ml de produto que vai durar para sempre! De acordo com a marca, ele confere brilho instantâneo aos fios e os protege da umidade sem deixar o cabelo pesado. “Com uma fórmula condicionante, Orofluido Asia Zen Control Elixir tem filtro UV que atua contra os danos causados pelo sol e funciona como uma barreira que evita a umidade e o frizz. O cabelo se mantém alinhado e com toque extremamente sedoso, além de intensamente macio e suave.
Em sua composição, ele conta com óleo de camélia, bambu, arroz e pantenol. Eles sugerem que seja aplicado nas mãos e distribuído uniformemente por todo cabelo antes da secagem ou da prancha ou para usar como finalizador. Ou seja, está absolutamente claro que eu uso o elixir de uma forma diferente daquela que é recomendada, de modo que eu não posso dizer se funciona ou não.


Mas, para a função que eu dou para esse tipo de produto, eu posso compará-lo ao óleo clássico da marca – post aqui – que era minha paixão. Aquele óleo, além de ser muito mais espesso do que esse (tinha consistências de óleo mesmo, enquanto que o Asia Zen é mais uma aguinha), tinha um cheiro MUITO mais gostoso. O cheirinho clássico da marca! E, mais uma vez, dentro da função que eu procuro, ele era 1000 vezes mais eficiente. Quando eu o usava, no dia seguinte parecia que eu tinha feito uma hidratação no salão, coisa que não acontece com o Asia Zen.

- Orofluido Mask – Máscara Hidratante 250ml – bem, como já mencionei aqui no post, eu usei esse produto há um tempo atrás, se eu não me engano, trouxe comigo de viagem na última vez em que estive em NY, em 2014. Ao contrário do óleo, eu não deixo meu cabelo embebido nesse produto por muito tempo, ele funciona comigo como uma espécie de condicionador: deixo agindo enquanto me ensaboo, lavo o rosto e tals e depois enxáguo.
Sei que não é essa a recomendação, mas eu acho que já deu para notar que eu confiro aos produtos a função que me vem na cabeça e não me importo muito se está correto ou não, contanto que funcione!


De acordo com a marca, ele é “recomendado para todos os tipos de cabelos, até mesmo coloridos. Confere suavidade, brilho e leveza, hidrata intensamente e repara em profundidade os fios secos e danificados, além de proteger a cor do desbotamento.” Ele é composto por três tipos de óleos naturais e tem uma fragrância de âmbar com um toque de baunilha.
Realmente, esse cheirinho clássico da marca é de matar! É muito gostoso! Mas eu não sinto que o cabelo fica com esse cheiro depois do enxágue, infelizmente. Com relação à ação do produto, devo dizer que esperava mais. Ele não me auxiliou muito com as pontas que estavam ressecadas por ocasião da falta de corte e excesso de piscina e também não achei que deixou meus cabelos mais macios. Ele tem uma consistência bem grossa e é um pouco difícil até de espalhar pelos fios. Não sei, tinha uma lembrança diferente dessa máscara.
E a parte interessante é que, ao contrário do óleo, eu tenho usado a máscara exatamente de acordo com o recomendado: após o enxágue do shampoo e deixando agir por alguns minutos. Ou seja, o negócio simplesmente não rolou! Paguei R$ 62,40, o que eu não acho que é muito por um produto importado e com 250ml.

sexta-feira, 8 de maio de 2020

REFLEXÕES DA QUARENTENA - CONSUMO



Hoje eu completo 55 dias de isolamento social. Estou trabalhando em home office e passo o dia inteiro de calça de moletom e camiseta de corrida, sem qualquer tipo de maquiagem ou arrumação. Tem gente que se sente melhor ou mais produtivo quando se arruma, mas eu simplesmente não vejo o menor sentido nisso.

Como consequência, meus armários estão lotados, pois todas as minhas roupas estão lavadas, passadas e guardadas. Isso é muito bom, porque, creio que pela primeira vez, pude ter uma idéia de tudo o que eu tenho e, com isso, fazer uma análise mais apurada sobre a situação. E é um pouco sobre essa questão que eu quero falar hoje, porque acho que esse isolamento me fez – finalmente – enxergar algumas coisas e mudar um pouco a minha perspectiva sobre o consumo.
A começar pelo meu armário. Eu faço muitas compras em brechós e a consequência disso é que eu acabo tendo mais peças estampadas do quer lisas. As estampas sempre chamam mais a minha atenção nos bazares e são, sem dúvida, as peças mais diferentonas. E a consequência disso é que eu tenho um armário lotado de peças, mas nenhuma delas conversa entre si. Com pouquíssimas coisas lisas, as opções de combinação são muito menores. Então, fiz uma espécie de inventário, anotei o que eu vou precisar comprar pra fazer esse guarda roupa render e ainda tirei uma série de peças que não uso mais. Uma parte será doada e a outra vendida.
Essa análise foi muito legal, porque se eu me deparar futuramente com uma peça estampada ou com algo que não vai ornar com o que eu já tenho, eu terei de analisar de, de fato, ela é especial a ponto de eu trazê-la comigo. Caso contrário, vou deixá-la onde está.
E a mesma coisa aconteceu com as minhas makes. Mais de 50 dias de cara lavada me levaram a analisar a quantidade de opções que eu tenho nas minhas gavetas e organizadores. Pelas fotos desse post, acho que dá para perceber que eu tenho todas as cores do arco-íris e outras mais em forma de lápis de olho. Eu eu digo o mesmo sobre as sombras e outros itens. A verdade é que não há nenhum lançamento veiculando por aí que eu já não tenha ou que seja, pelo menos, semelhante.
lápis de olho

E veja os batons!!! Gente, eu tenho vários no mesmo tom ou mesmo em tons parecidos. E a real é que, se há alguma cor que eu não tenha, provavelmente seja porque ela não orna com o meu tom de pele, porque se ornasse, eu já teria comprado! Não há no mercado nada muito novo ou muito inovador. É tudo mais do mesmo! E isso significa que, muito provavelmente, eu já tenho e não vou precisar comprar outro. Isso tudo me fez ver que eu tenho coisas demais – nossa, é o descobrimento da pólvora!!! – e que eu simplesmente preciso destinar meu dinheiro a outras coisas mais relevantes.
batons em bala

E não estou nem falando de investimentos ou gastos maiores. Estou falando em, de fato, pensar melhor nas minhas escolhas. Ao invés de comprar 3 makes baratinhas, comprar 1 que seja incrível. Ao invés de comprar 5 peças em brechó, comprar aquela peça daquela loja independente que tanto amo, mas não tenho condições de adquirir nem uma “brusinha”!
E fora isso, tem a questão dos consertos. Nessa organização do meu armário, eu vi que há uma série de peças que precisam ser arrumadas ou reformadas para um uso melhor. E gente, qual o sentido de ter uma peça de roupa parada no armário e, ao invés de levá-la a uma costureira, deixa-la lá e adquirir outra? Nenhum! Mesma coisa com alguns acessórios. Eu tenho muitas joias que eram das minhas avós – algumas com valor real outras com valor sentimental – que acho lindas, mas não uso por alguma razão. Seja porque são muito caretas, ou porque não combinam com um uso mais casual. E, inspirada na Isabella Blanco (se vocês não conhecem, procurem sua loja, blog ou Instagram de mesmo nome porque ela é maravilhosa!), pretendo dar um novo significado a essas peças e trazê-las para o meu dia a dia.
São investimentos, são questões que envolvem um gasto maior, mas se a gente contabilizar o que gasta com besteira no dia a dia e de forma absolutamente desnecessária, no final do mês vai acabar sobrando uma graninha para investirmos em coisas melhores e que certamente nos trarão uma satisfação maior do que aquele batom de farmácia no mesmo tom daqueles outros 10 que você já tem ou daquela blusa de brechó que parece tão incrível, mas que depois de um tempo, caem em desuso.
Portanto, e num primeiro momento, acho que essa foi a maior mudança interna que experimentei durante a quarentena. Claro que muitos dirão “é fácil dizer quando você está em casa”. Concordo, mas estou com vários projetos de transformação daquilo que eu já tenho em andamento e, convenhamos, se a antiga Camila ainda estivesse dentro de mim, teria comprado algumas coisinhas pela internet.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

LIVRO - OS SONHADORES


Quando esse livro chegou até mim, meu primeiro pensamento foi: a TAG foi muito infeliz com a escolha do título para esse mês. Sim, porque selecionar um livro cuja temática é uma epidemia misteriosa e sem tratamento que assola uma cidade inteira durante um curto espaço de tempo é quase um deja vù do que estamos vivendo nesse momento. E convenhamos, ninguém quer mais más notícias ou mesmo ler mais sobre o tema. Eu estava mais interessada numa história mais leve.
Mesmo assim, comecei a leitura e, para a minha surpresa, apesar dos pesares, achei o livro bem interessante e o devorei em menos de 1 semana – lembrando que eu tenho trocentas leituras em andamento ao mesmo tempo.

Muito bem, numa cidadezinha universitária em algum lugar da Califórnia, uma das estudantes simplesmente não acorda de seu sono. Não há nada que se possa fazer para modificar essa situação. Ela não está em coma, não há nada de errado com seus exames, mas ela apenas não acorda. A questão é que os dias vão passando e, além de não haver qualquer mudança no quadro da paciente, gradativamente, outros estudantes também começam a sucumbir à misteriosa doença do sono.
E os hospitais vão ficando cada vez mais apinhados de gente, e aqueles que tiveram contato com qualquer um dos estudantes passam a ser isolados e a viver em quarentena e ninguém entra ou sai daquela cidade até que se descubra a causa da misteriosa doença. E as pessoas vão entrando em pânico, muitos doentes são encontrados nas calçadas, outros dentro de suas casas porque não há unidades de saúde suficientes para realizar todos os resgates.
Até que, em determinado momento, algumas pessoas acordam e o que se descobre é que, durante todo o tempo de sono, elas estavam sonhando, ora com acontecimentos passados, ora com acontecimentos que ainda estavam por vir, como uma previsão do futuro. E aí, será que vão encontrar a cura da misteriosa doença, e os personagens principais, vão sobreviver??
Selecionei abaixo alguns trechos do livro que, além de interessantes, são assustadoramente reais, pelo menos com o que estamos experimentando nesse momento.
“No começo eles culpam o ar. É uma idéia antiga, um veneno no éter, um perigo que o vento carrega. Uma estranha névoa é vista à deriva cidade afora nessa primeira noite, a noite em que o problema começa. Chega como uma intempérie, ou feito fumaça, alguém disse depois, mas ninguém consegue localizar fogo nenhum. Alguns culpam a seca, que há anos vem sangrando o lago, amarronzando o ar com poeira.”
“ninguém usa a palavra quarentena, mas Mei procura no dicionário. Do italiano quarenta giorni, quarenta dias. Quarenta dias: o período que outrora os navios deveriam esperar antes de entrar no porto de Veneza – tempo suficiente, era a esperança deles, para que uma doença contagiosa se exaurisse.”
“Pense nisso, dizem as teorias: você acredita mesmo que um vírus totalmente novo poderia aparecer no país mais poderoso do planeta sem que os cientistas soubessem bem o que é? É bem provável que eles o tenham criado. Talvez estejam espalhando essa coisa de propósito, testando uma arma biológica. E pode ser que tenham a curta, mas a mantém guardada a sete chaves.
Ou talvez não haja doença nenhuma – é o que alguns começaram a postar online. Santa Lora não é o local perfeito para uma farsa? Uma cidadezinha isolada, rodeada por florestas, apenas uma estrada para entrar e outra para sair. E aquelas pessoas que você vê na TV? Podem ser vítimas contratadas. Talvez atores treinados, pagos para desempenhar o papel de vítimas. E os supostos doentes?”
“Não há leitos para as famílias presas no hospital, por isso eles dormem no chão dos corredores. A esta hora, ninguém é capaz de dizer, apenas olhando, quem dentre eles pode estar doente e quem está bem.”
“Cento e vinte casos se multiplicaram para duzentos e cinquenta em dois dias. Em pouco tempo, duzentos e cinquenta se proliferam até chegar a quinhentos. No entanto, com o hospital fechado para novos pacientes, esses doentes recentes serão espalhados em gigantescas barracas, como se tivessem sido abatidos em um campo de batalha em algum lugar distante.”
“no fim dessa semana, as autoridades em Santa Lora informam um novo marco: não há nenhum caso novo em sete dias. Aqui está o momento em que esperavam. Um vírus só pode queimar por um certo período – apenas uma determinada porcentagem de qualquer população está suscetível a um dado germe."

domingo, 3 de maio de 2020

REVLON ULTRA HD MATTE LIPCOLOR - 610 ADDICTION - REVIEW


Vou mostrar um produto adquirido no final do ano passado durante um impulso absolutamente injustificado. Eu gosto muito dos batons líquidos dessa linha da Revlon, tenho, inclusive, um exemplar vermelho, na cor Passion. Mas a verdade é que eles são bastante caros, custam, em média, quase R$ 60,00. E numa visita despretensiosa a uma farmácia, descobri que essa cor, a Addiction, estava em promoção.


Daí que, quando uma pessoa está meio chateada, ou com o saco cheio ou com qualquer outra condição que possa ser melhorada com a simples compra de um item de maquiagem, o que ela faz? Traz o item pra casa. Por cerca de R$ 22,00, então, esse batom veio pra minha bolsa. Ele é incrível? Sim. A cobertura é muito boa, ele é extremamente confortável, fácil de passar, deixa uma textura muito bonita nos lábios e tem excelente durabilidade. Não há o que se falar sobre a qualidade.

A embalagem é linda, o aplicador é ótimo e... a validade é fevereiro/2020, daí a promoção. Já disse por aqui que não ligo muito para validades, mas estou sempre atenta a mudanças de cheiro e textura, principalmente em produtos líquidos. Portanto, continuarei usando esse batom até que eu sinta alguma mudança nele.
Agora eu quero chamar atenção para um pequeno detalhe: quando cheguei em casa, notei que tinha mais outros 2 batons líquidos na EXATA mesma cor. Sim, exatamente mesma cor. É possível isso??? Como vocês podem ver pelas fotos abaixo, o Rosa Marcante da Eudora e o 04 da Vult são absolutamente idênticos ao Addiction. E, não bastasse essa situação, eu tenho outros batons muito parecidos, mas em bala: R12 Sephora e o Craving da MAC.

Ou seja, eu não precisava de mais um batom nessa cor!