Esse livro foi
consumido num sebo por apenas R$ 9,00. Há tempos estava de olho nessa coleção e
aproveitei a oportunidade. O Autor, Ken Follet escreveu Os Pilares da Terra,
que virou mini série estrelada por Eddie Redmayne. Naquele livro, a história se
passa na Inglaterra do século XII e nos traz um panorama bem abrangente de como
funcionavam as coisas na época, como a vida nos vilarejos, guerras, sucessão de
tronos, conflitos religiosos, dentre outros.
A Queda de Gigantes,
do mesmo autor, é o primeiro volume da Trilogia O Século e, tal qual Os Pilares
da Terra, vai levar o leitor a algum momento histórico. O primeiro volume trata
da Primeira Guerra Mundial, o segundo da Segunda Guerra Mundial e, por fim, o
terceiro tratará da Guerra Fria. Confesso que não botei fé nesse calhamaço e
até fiz plano de leitura pra não abandonar o livro pela metade.
Só
que ele se mostrou uma grata surpresa. A escrita do autor é uma delícia e os
personagens – apesar de muitos! -, extremamente cativantes. Daí que eu não
conseguia parar de ler e devorei as mais de 900 páginas em apenas 1 mês e com
outras leituras em andamento!
Muito bem. A primeira
parte do livro começa com as apresentações de personagens e as intrigas. Na
Inglaterra, temos o núcleo pobre, composto pela família Williams. Billy, o
filho caçula trabalha numa mina de carvão e sua irmã Ethel é governanta de uma
família abastada. O núcleo rico é formado pela família Fitzherbert, que é
exatamente para quem Ethel trabalha. O conde Fitz é o patriarca, casado com
Bea, uma princesa russa, e a parte mais divertida fica por conta de sua irmã,
Maud Fitzherbert, que é ultra moderna e feminista.
“- Antes da guerra, nosso governo gastava cerca de meio milhão
de libras por dia com tudo: Exército, tribunais e prisões, educação,
benefícios, administração das colônias, tudo. (...) Adivinhe quanto nós
gastamos agora.
- O dobro? Um milhão por dia? Parece impossível!
- Você não chegou nem perto. A guerra custa cinco milhões de
libras por dia. Isso é dez vezes o custo normal de governar o país.
Ethel ficou chocada.
- De onde vem esse dinheiro?
- É esse o problema. Nós tomamos emprestado.
(...)
- E como vamos conseguir pagar isso?
- Nós nunca conseguiremos pagar. Qualquer governo que tentasse
cobrar essa quantidade de impostos necessária para quitar essa dívida causaria
uma revolução.
- Mas então, o que vai acontecer?
- Se nós perdermos a guerra, nossos credores, que são quase
todos americanos, irão à falência. E se ganharmos, vamos obrigar os alemães a
pagar. O termo que eles usam é “reparação”.
- E como eles vão conseguir esse dinheiro?
- Passando fome. Mas ninguém liga para o que acontece com os
perdedores. Além do mais, os alemães fizeram a mesma coisa com os franceses em
1871 - está vendo por que não podemos fazer um acordo de paz com os
alemães? Quem iria pagar a conta?
Enfim, recomendo
demais esse livro e não vejo a hora de ler o próximo, Inverno do Mundo.
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