A TAG Curadoria
esse mês acabou com o leitor, rs!!! Trouxe uma temática extremamente indigesta
e que foi difícil de superar. Vou dizer que o fato de a protagonista ser
demasiadamente querida e de eu ter me apegado a ela, me fez, de certa forma,
superar os obstáculos da leitura e terminar essa belezinha dentro de pouco
tempo. Isso porque, apesar de tratar da escravidão nos EUA no começo do século
XIX, o livro é bom demais, super fluido, cheio de personagens interessantes e,
de quebra, nos acrescenta cultura e conhecimento da história americana. Ah, devo
dizer que Underground Railroad ganhou o Man Book Booker Prize e foi considerado
best-seller do The New York Times!
Bem, vamos lá,
primeiramente, vamos dizer que o Underground Railroad era uma rede
de rotas clandestinas existente nos Estados Unidos durante o século XVIII, que
era usada para a fuga de escravos africanos para os estados do norte ou para o
Canadá, que eram livres da escravidão, com a ajuda de abolicionistas. Então,
o livro vai falar, basicamente, de fuga de negros de fazendas do sul do país e
da ajuda de amigos brancos que arriscaram suas peles para ajudar essas pessoas
a sobreviver.
Cora é a segunda
geração de sua família nascida nos EUA. Sua avó veio da África, sua mãe nasceu
na Fazenda Randall, onde vive, e Cora também. A fazenda é algodoeira e, como se
sabe, todo tipo de atrocidade é cometida por lá: desmandos, estupros, trabalhos
forçados, etc, etc. Cora, como todos os outros negros naquelas condições, vivia
um dia de cada vez e agradecia quando terminava viva. Mas, ela era marcada,
porque sua mãe Mabel foi a única escrava que conseguiu fugir da fazenda sem
jamais ter sido encontrada.
Um belo dia, um dos
escravos novos, Cesar, propõe a Cora uma fuga. E, assim, eles fogem da fazenda
Randall. Só que como vida de negro não é fácil, principalmente naquela região
dos EUA, eles terão em seu encalço toda espécie de gente, principalmente
fazendeiros e caçadores de recompensa. Mas eles escapam e chegam à Carolina do
Norte por intermédio da Underground Railroad e a ajuda de abolicionistas. Não vou contar mais sobre
o livro, mas devo dizer que Cora não está segura na Carolina do Norte, ela
passará por inúmeros perigos, será pega, fugirá novamente e assim, sua vida
será para todo o sempre!
Cora não conseguia entender muito de seus poemas: a visita de uma presença magnífica, alguém
em busca de uma mensagem. Uma conversa entre uma bolota, uma árvore jovem
e um poderoso carvalho. Também um tributo a Benjamin Franklin e sua ingenuidade. Versos a deixavam
indiferente. Poemas eram próximos demais da reza, incitando
paixõesdeploráveis. Esperar que Deus o salvasse, quando a salvação dependia da própria pessoa. Poesia e
reza colocavam na cabeça das pessoas ideias que faziam
com que fossem mortas, distraindo-as do mecanismo cruel do
mundo.
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