quinta-feira, 9 de junho de 2016

DIÁRIO DE VIAGEM - DIA 13 - BERLIN - ALEMANHA ORIENTAL

Hoje é dia de Alemanha Oriental, nazismo, comunismo e toda essa parte do Século XX, bem diferente dos castelos, e da coisa mais "bucólica" que vimos antes. O dia estava muito frio, mas eu estava munida com o meu casaco novo - contei no post passado - e simplesmente não queria saber de preguiça! Saí do hotel cedo e o meu primeiro destino foi o Check Point Charlie. 
Look: calça e cardigã My Basics e blusa Anthropology. Ao lado, as comidas do dia.
ursinhos de Berlin
O nome é engraçado, mas a coisa lá foi séria. Trata-se da fronteira entre as duas Alemanhas, muito bem cuidada pelos soldados americanos e soviéticos. E apesar dessa divisão não existir mais, os alemães fizeram questão de manter o lugar tal qual era antigamente, talvez para que as pessoas não se esqueçam do que se passou por ali, para que turistas e até mesmo as novas gerações de Berlin possam sentir como foi aquele período.

E eu não estou brincando, você encontra na fronteira dois soldados, um com uniforme americano e outro soviético e eles tiram fotos com você e até carimbam seu passaporte. Eu juro que queria um carimbo do Check Point Charlie, mas os caras eram esquisitos e eu não entendi se tinha que pagar ou não... sei lá... fui embora porque fiquei um pouco constrangida. 
Check Point Charlie
os guardas chegando
Bem na frente dessa fronteira, você encontra o Museu do Check Point Charlie que é apenas INCRÍVEL!! Ele é bastante extenso, cheio de fotos, objetos, histórias e depoimentos de pessoas que viveram na época do comunismo, da divisão das Alemanhas e o que essas pessoas passaram. Há relatos de quem tentou escapar, há objetos criados por essas pessoas para burlar a fiscalização e muitas, mas muitas histórias impressionantes. Fiquei realmente tocada e fascinada com tudo aquilo. Não tenham preguiça de ler os depoimentos e nem sejam muquiranas, o museu vale muito a pena.
um pouco dos arredores
De lá, segui andando na mesma calçada e na região, você encontra mostras sobre a época, pedaços do muro que foram removidos e deslocados e todo tipo de souvenir soviético. O mais curioso é que ninguém precisa te avisar que você está no que era a Alemanha Oriental, porque é absolutamente nítido. As construções são muito diferentes, todas em blocos, concretos sem nenhum charme, nenhuma elegância encontrada do outro lado do "muro". Eu peguei até um desfile de carros militares e foi bem legal. 
um pedaço do muro
Topografia do Terror
Um pouquinho mais adiante, há a Topografia do Terror - e é de graça!! Trata-se de uma espécie de mostra a céu aberto que traz o que sobrou do muro, em seu local original, e na frente, um diagrama histórico, ano a ano de como o Nazismo começou na Alemanha, como estava o país na época, como foi que tudo aconteceu e chegou até aquele ponto. Quem foi Hitler, quais suas armas, muita coisa. E também há relatos, fotos, e você fica por lá durante um tempão porque é extenso e muito interessante. E essa foi a minha manhã cultural!
carros militares antigos
De lá, segui para o Museu Judaico, que é um pouco mais distante, mas dá para ir andando. Para quem está interessado em ir para Berlin e é do tipo mais medroso, já aviso que esse lado da cidade é um pouco sinistro e que eu não sei se você irá curtir muito ficar vagando por lá. Não há lojinhas, não há restaurantes bacanudos nem nada do tipo. Mas posso falar? Tem que ir!!! Eu, por exemplo, estava morrendo de fome e não vislumbrava um lugar legal onde pudesse comer. Acabei me deparando com uma "délhi" de turcos muuuuuito sinistros e comi um sanduíche que não sei o que tinha dentro. Eles mal falavam o alemão, quanto mais o inglês!
fachada do museu, jardim e árvore de romãs
instalação impressionante
Bem, voltando ao Museu Judaico porque me dispersei. Ele é imenso, eu entrei sem qualquer expectativa e me surpreendi demais! Ele é muito interessante e interativo e a arquitetura dele por si só é muito incrível. Você começa num lugar onde se depara com objetos de judeus que foram mortos em campos de concentração ou pessoas que viveram para contar a história. E ao lado desses objetos antigos e lindos, há sempre a história da família a quem ele pertenceu e o que aconteceu com ela. Muito terrível.

Mas terrível mesmo é um lugar onde você entra e tem a experiência de estar dentro de uma câmara de gás... sério, aterrorizante! Tive vontade de chorar, de sair correndo, não sei.... é chocante! Depois você sobe e se depara com um setor imenso e interativo que começa contando a histórias e os costumes dos judeus, que têm uma filosofia realmente muito bonita, e culmina com um diagrama da imigração deles, estatísticas, países que os receberam, onde eles estão, etc. É maravilhoso, recomendo esse museu com afinco!
Potzdamer Platz
Sony Center
Loja da Lego
Por fim, para terminar o meu dia, segui para o outro lado da cidade, a Potzdamer Platz, especificamente para o Sony Center, um centro de entretenimento bem modernoso. Por lá há lojas, principalmente de tecnologia, livrarias, tem loja da Lego, restaurantes, cinemas... é bem bacana e muito bonito. Descansei um pouco por lá, comi uma torta, tomei um café e como ainda tinha tempo (sim, o dia rendeu horrores), fui até o prédio ao lado, onde funciona o Mall of Berlin. Falar "prédio ao lado" é bondade minha, porque é um shopping monstruoso, com zilhões de lojas e restaurantes ótimos. E foi bom porque fugi da chuva. 
Mall of Berlin
Ufa, que dia cheio!!!! Próximo post será o último das atrações, porque no meu último dia, apenas chover a cântaros e depois segui para o aeroporto. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário