terça-feira, 7 de janeiro de 2020

VIAGEM - DIA 11 - 2º DIA EM SPLIT

Tenho que correr com os posts da última viagem porque já estou com a deste ano planejadíssima e, inclusive, com algumas coisas providenciadas!
Muito bem, o segundo dia em Split foi o dia real de conhecer a cidade, apesar de que no dia anterior eu já havia feito algumas coisas. Saí do hotel por volta das 8:30hs achando que o Palácio Dioclesiano – que, conforme mencionei no último post, em verdade é uma cidade antiga dentro de Split – estaria mais vazio e eu conseguiria tirar várias fotos e ver tudo com calma. Ledo engano! Já estava cheio, apinhado de excursões e, principalmente, de chineses, que sempre andam em bando e acordam muito cedo. No mais, parti para a exploração de lugares novos e também para dar uma olhadinha a mais em locais onde já havia estado.

Primeiro, devo dizer que as únicas coisas pagas na cidade toda são o complexo da igreja, que envolve a catedral, a sala dos tesouros, a cripta, a torre dos sinos e o baptistério, que antigamente era o Templo de Jupter, além dos subterrâneos do palácio, que compõem um ingresso a parte. Você compra tudo na hora, sem filas e sem qualquer perrengue e cada uma dessas atrações dá para ser feita num curto espaço de tempo. Portanto, apesar de estar tudo muito cheio, é até que tranquilo.
Comecei pelo complexo religioso, cujo ingresso custa 45Kunas (cerca de R$ 27,00). Seguindo as orientações do local, a primeira parada foi a Sala dos Tesouros. Devo dizer que, mesmo não sendo uma pessoa religiosa, fiquei realmente impressionada com tamanha riqueza. Vou ficar devendo fotos porque era proibido e tinha uma moça meio que me seguindo lá dentro. Mas, dando uma palhinha, por lá você encontra relicários, vestimentas, todo tipo de adorno e muita, mas muita riqueza, muitas pedras preciosas e tudo o mais. É muita ostentação. Só acho que eles poderiam tirar pó de vez em quando porque o lugar estava uma sujeira só.

De lá, segui para a Catedral de São Domnius e, meu Deus!!!!!! Que lugar incrível. Do lado de fora ela já aparenta se realmente impressionante, principalmente por causa da idade, mas a parte interna é muito maravilhosa. Acho que uma das igrejas mais impressionantes em que já estive. Como eu disse no post anterior, ela é o antigo mausoléu do Dioclesiano que, com a chegada de Constantino, transformou-se em igreja.

Na parte interna há belos altares, muitas colunas, e detalhes em todos os cantos. Eu fiquei realmente impressionada com tanta beleza. Bom, as fotos falam por si. E o interessante é que ela nunca passou por uma reforma significativa, ao contrário das igrejas antigas de modo geral. Então, ela pode ser considerada a igreja mais antiga do mundo a guardar sua originalidade.

Por baixo da catedral, há a cripta que, honestamente, pode ser dispensada, porque nada mais é do que um buraco iluminado. Não tem túmulos nem nada de interessante. E, do outro lado da rua, atravessando o pátio principal, chegamos ao baptistério, que na época de Dioclesiano, funcionava como o Templo de Jupter. Dentro, há dois sarcófagos, sendo que num deles encontra-se o Arcebispo de Split Jean de Ravenne (morto no ano 680) e, no outro, Lourenço, que era uma espécie de conselheiro do rei (1059-1099).

Muito bem, em seguida, aconselho a visitar os subterrâneos do palácio. Há uma parte gratuita, que foi transformada em mercado de artesanatos e, nossa.. dá vontade de comprar tudo!! E há uma outra parte que é fechada e você precisa de um ingresso para visitá-la. O preço é o mesmo do complexo religioso: 45 Kunas. Vou falar que é bem legal ver como foi construído o local e saber que tudo aquilo está erigido sobre uma base feita, basicamente, de areia e pedra que foram coladas com clara de ovo! Imagina o poder do ovo!!!
parte das lojinhas
Mas confesso que a infiltração e umidade por lá me assustaram um pouco. Por seu Patrimônio da Unesco, eu imaginava que a situação estivesse um pouco mais bem controlada e houvesse uma certa manutenção. Fiquei preocupada! No mais, eu amei visitar os subterrâneos, mas não há nada além de galerias sem fim e salões enormes, com tetos arqueados.


Bem, essas são as “atrações” pagas da cidade. Mas vale muito flanar por dentro do palácio, que é extenso e tem várias lojinhas, várias ruínas, vielinhas e spots bons para fotos. Dá para passar fácil uma manhã inteira percorrendo a cidade velha – eu já havia visto muita coisa no dia anterior, o que facilitou bastante. Devo dar um destaque também para a muralha e os portões do Palácio, que são lindos e valem muitas fotos.


Agora, Split é a segunda maior cidade da Croácia e a parte externa é moderna e MUITO bonita. Tem todo um setor de restaurantes e lojas, além de igrejas mais modernas (qq coisa é mais moderna do que a São Domnius!) e há uma marina lindíssima a ser contemplada. Dá para flanar eternamente e ainda assim não conseguir ver tudo. É o tipo de lugar que, quando você acha que suas andanças já atingiram todas as ruas, você se depara com todo um setor novo e cheio de coisas interessantes a serem vistas. É uma cidade muito incrível!!


Mas, como Split também é conhecida pelas praias e o calor estava matando, na parte da tarde eu peguei o ônibus nº 12, bem no centro, perto das marinas, e segui para Kasjuni, que é uma praia que fica a uns 10 minutos do centro da cidade. O ônibus estava bem cheio e não contempla ar condicionado, mas tá valendo!!! Recomendo ficar com o Google Maps aberto porque no caminho, o ônibus faz várias paradas em várias praias e você só vai saber que chegou na sua se estiver de olho no mapa.

E vou falar: acho que estava precisando de um banho de mar. Kasjuni estava bem cheia e a parte de praia mesmo é bem estreita, existindo pouco espaço para toalhas e afins. E o maior problema é que lá não tem areia, mas muita pedrinha, o que dificulta bastante. Mas, como vocês podem ver pelas fotos, a praia é linda demais, o mar estava uma delícia e eu confesso que só fui embora porque estava com medo de pegar uma insolação, rs!!! Acabei encontrando brasileiros, conversando bastante, trocando idéias e foi muito, mas muito gostoso!

Na volta, peguei o mesmo ônibus para o centro de Split. Vale dizer que custa 11,00 Kunas cada um dos trechos; ida e volta, portanto, saiu algo em torno de R$ 22,00. Molhada mesmo, com a maquiagem borrada e de vestido de praia, dei mais um rolê pela cidade, jantei um calzone, tomei um sorvete e voltei para o hotel para arrumar as malas, porque no dia seguinte, partiria de ônibus para a incrível Dubrovnik.

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