Tenho que correr com os posts da última viagem porque já estou com a deste
ano planejadíssima e, inclusive, com algumas coisas providenciadas!
Muito bem, o segundo dia em Split foi o dia real de conhecer a cidade,
apesar de que no dia anterior eu já havia feito algumas coisas. Saí do hotel
por volta das 8:30hs achando que o Palácio Dioclesiano – que, conforme
mencionei no último post, em verdade é uma cidade antiga dentro de Split –
estaria mais vazio e eu conseguiria tirar várias fotos e ver tudo com calma. Ledo
engano! Já estava cheio, apinhado de excursões e, principalmente, de chineses,
que sempre andam em bando e acordam muito cedo. No mais, parti para a
exploração de lugares novos e também para dar uma olhadinha a mais em locais onde
já havia estado.
Primeiro, devo dizer que as únicas coisas pagas na cidade toda são o
complexo da igreja, que envolve a catedral, a sala dos tesouros, a cripta, a
torre dos sinos e o baptistério, que antigamente era o Templo de Jupter, além dos
subterrâneos do palácio, que compõem um ingresso a parte. Você compra tudo na
hora, sem filas e sem qualquer perrengue e cada uma dessas atrações dá para ser
feita num curto espaço de tempo. Portanto, apesar de estar tudo muito cheio, é
até que tranquilo.
Comecei pelo complexo religioso, cujo ingresso custa 45Kunas (cerca de R$
27,00). Seguindo as orientações do local, a primeira parada foi a Sala dos
Tesouros. Devo dizer que, mesmo não sendo uma pessoa religiosa, fiquei
realmente impressionada com tamanha riqueza. Vou ficar devendo fotos porque era
proibido e tinha uma moça meio que me seguindo lá dentro. Mas, dando uma
palhinha, por lá você encontra relicários, vestimentas, todo tipo de adorno e
muita, mas muita riqueza, muitas pedras preciosas e tudo o mais. É muita
ostentação. Só acho que eles poderiam tirar pó de vez em quando porque o lugar
estava uma sujeira só.
De lá, segui para a Catedral de São Domnius e, meu Deus!!!!!! Que lugar
incrível. Do lado de fora ela já aparenta se realmente impressionante,
principalmente por causa da idade, mas a parte interna é muito maravilhosa. Acho
que uma das igrejas mais impressionantes em que já estive. Como eu disse no
post anterior, ela é o antigo mausoléu do Dioclesiano que, com a chegada de
Constantino, transformou-se em igreja.
Na parte interna há belos altares, muitas colunas, e detalhes em todos os
cantos. Eu fiquei realmente impressionada com tanta beleza. Bom, as fotos falam
por si. E o interessante é que ela nunca passou por uma reforma significativa,
ao contrário das igrejas antigas de modo geral. Então, ela pode ser considerada
a igreja mais antiga do mundo a guardar sua originalidade.
Por baixo da catedral, há a cripta que, honestamente, pode ser
dispensada, porque nada mais é do que um buraco iluminado. Não tem túmulos nem
nada de interessante. E, do outro lado da rua, atravessando o pátio principal,
chegamos ao baptistério, que na época de Dioclesiano, funcionava como o Templo
de Jupter. Dentro, há dois sarcófagos, sendo que num deles encontra-se o
Arcebispo de Split Jean de Ravenne (morto no ano 680) e, no outro, Lourenço, que era uma
espécie de conselheiro do rei (1059-1099).
Muito bem, em seguida, aconselho a visitar os subterrâneos do palácio. Há
uma parte gratuita, que foi transformada em mercado de artesanatos e, nossa..
dá vontade de comprar tudo!! E há uma outra parte que é fechada e você precisa
de um ingresso para visitá-la. O preço é o mesmo do complexo religioso: 45
Kunas. Vou falar que é bem legal ver como foi construído o local e saber que
tudo aquilo está erigido sobre uma base feita, basicamente, de areia e pedra
que foram coladas com clara de ovo! Imagina o poder do ovo!!!
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parte das lojinhas |
Mas confesso que a infiltração e umidade por lá me assustaram um pouco. Por
seu Patrimônio da Unesco, eu imaginava que a situação estivesse um pouco mais
bem controlada e houvesse uma certa manutenção. Fiquei preocupada! No mais, eu
amei visitar os subterrâneos, mas não há nada além de galerias sem fim e salões
enormes, com tetos arqueados.
Bem, essas são as “atrações” pagas da cidade. Mas vale muito flanar por
dentro do palácio, que é extenso e tem várias lojinhas, várias ruínas, vielinhas
e spots bons para fotos. Dá para passar fácil uma manhã inteira percorrendo a
cidade velha – eu já havia visto muita coisa no dia anterior, o que facilitou
bastante. Devo dar um destaque também para a muralha e os portões do Palácio,
que são lindos e valem muitas fotos.
Agora, Split é a segunda maior cidade da Croácia e a parte externa é
moderna e MUITO bonita. Tem todo um setor de restaurantes e lojas, além de
igrejas mais modernas (qq coisa é mais moderna do que a São Domnius!) e há uma
marina lindíssima a ser contemplada. Dá para flanar eternamente e ainda assim
não conseguir ver tudo. É o tipo de lugar que, quando você acha que suas
andanças já atingiram todas as ruas, você se depara com todo um setor novo e
cheio de coisas interessantes a serem vistas. É uma cidade muito incrível!!
Mas, como Split também é conhecida pelas praias e o calor estava matando,
na parte da tarde eu peguei o ônibus nº 12, bem no centro, perto das marinas, e
segui para Kasjuni, que é uma praia que fica a uns 10 minutos do centro da
cidade. O ônibus estava bem cheio e não contempla ar condicionado, mas tá
valendo!!! Recomendo ficar com o Google Maps aberto porque no caminho, o ônibus
faz várias paradas em várias praias e você só vai saber que chegou na sua se
estiver de olho no mapa.
E vou falar: acho que estava precisando de um banho de mar. Kasjuni
estava bem cheia e a parte de praia mesmo é bem estreita, existindo pouco
espaço para toalhas e afins. E o maior problema é que lá não tem areia, mas
muita pedrinha, o que dificulta bastante. Mas, como vocês podem ver pelas
fotos, a praia é linda demais, o mar estava uma delícia e eu confesso que só
fui embora porque estava com medo de pegar uma insolação, rs!!! Acabei encontrando
brasileiros, conversando bastante, trocando idéias e foi muito, mas muito
gostoso!
Na volta, peguei o mesmo ônibus para o centro de Split. Vale dizer que
custa 11,00 Kunas cada um dos trechos; ida e volta, portanto, saiu algo em
torno de R$ 22,00. Molhada mesmo, com a maquiagem borrada e de vestido de
praia, dei mais um rolê pela cidade, jantei um calzone, tomei um sorvete e
voltei para o hotel para arrumar as malas, porque no dia seguinte, partiria de
ônibus para a incrível Dubrovnik.
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