Aproveitei minhas férias
do começo do ano para fazer algumas coisas que, por conta dos meus horários
malucos, não consigo durante o período em que estou trabalhando. E dentre elas,
estava a exposição Vestindo o Tempo – 70 Anos de Moda Italiana, no Instituto
Tomie Ohtake. Só para completar, ela é gratuita e acontecerá até o dia
02/02/2020.
Como vocês podem ver
pelas fotos, a exposição conta com uma série de vestidos lindíssimos e antigos
(décadas de 1950-2000) de estilistas italianos renomados, como Emilio Pucci,
Gucci, Versace, Roberto Cavalli, Armani, dentre outros. E a coleção está
dividida por épocas. É curioso que, mesmo não tendo plaquinhas de identificação
debaixo de cada um dos manequins – o que eu achei péssimo -, mas apenas no
início de cada setor, é impressionante como cada estilista tem uma identidade
própria e, portanto, a gente consegue saber direitinho o autor de cada um dos
modelos exibidos.
A mostra nos conta que
até a década de 1950, a moda italiana não tinha uma identidade própria, ela
era, ao contrário, completamente ditada/influenciada pelos estilistas
franceses. Entre 1950/1960, houve o nascimento oficial da moda na Itália,
“quando o marquês Giovanni Battista Giorgini promoveu um desfile em Florença,
especialmente para compradores norte-americanos.” A partir desse momento,
personalidades como Dior, Pucci, Capucci, dentre outros, no cenário do pós
guerra, trouxeram à Itália uma nova geração de gênios da moda.
Entre as décadas de 1970
e 1980, outros elementos passaram a trazer grande influência ao cenário da moda
mundial, num cenário macro, mas especificamente à italiana, já que a exposição
é focada nessa região. Nesse período, estilistas como Fendi, Armani, Ferré,
Moschino e Versace surgem no cenário com conceitos de roupas de alta moda, mas
mais comerciáveis. Visualmente, os looks tinham uma influência mais inglesa e
as produções tornaram-se mais accessíveis ao público de um modo geral.
Por fim, da década de
1990 até os dias de hoje, fica mais nítido o luxo e um certo exagero em
estamparia e cores, características bem presentes em marcas como Dolce &
Gabbana , Versace, Puglisi e Cavalli. A busca por novos materiais e tecnologias
marcam essa época e, cada vez mais, as casas tornam-se mais accessíveis ao
público.
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