Hanói parecia que não estava nos trazendo muita sorte. Se no primeiro dia oficial tivemos chuva e um pouco de frio, no segundo dia o tempo já tinha melhorado, mas o meu irmão não passava bem. Acordou com dores de barriga e muito irritado porque não estava curtindo a cidade! Mas, acabamos mantendo a programação do dia e fomos fazer os passeios que havíamos adiado no dia anterior por ocasião do mau tempo.
A primeira missão era visitar o túmulo do Ho Chi Min, “líder-muso-eterno” dos vietnamitas porque, ainda que de maneira meio torta, conseguiu finalmente conferir a independência ao país, após séculos de colonialismo. Ele é venerado em todo Vietnã – bom, pelo menos em Hanói -, e a visita ao seu mausoléu requer muito respeito e cerimônia. Fomos andando, porque parecia perto do hotel, mas a verdade é que era um pouco mais longe do que imaginávamos.
No local, o esquema é bem militarizado e controlado. As pessoas passam por uma revista minuciosa, depois entram numa fila porque a visita é limitada e, enfim, chegam ao mausoléu, que é refrigerado. Na fila, somos vigiados. Não podemos falar alto, mexer no celular, mascar chiclete ou ter qualquer outra atitude ocidentalizada considerada desrespeitosa.
De lá, seguimos para visitar as áreas do complexo, que abrangem a residência oficial do Ho Chi Min, seu local de trabalho, um parque e outras construções que, na minha opinião, são mais interessantes para quem mora por lá. Achei curioso porque, apesar de ser um líder comunista, o cara morava num lugar imenso e incrível!!! É como montar uma mansão dentro de um Parque do Ibirapuera. Tudo muito arborizado, com um lindo lago no meio do caminho, pássaros cantando... uma delícia! E por lá rola também uma estrutura com comidinhas, lojinhas de souvenires... é como um passeio no parque. Aliás, eu acho que tem mais lojinhas de souvenires em Hanói do que na Disney!
Nosso próximo destino foi o Templo da Literatura, que fica mais ou menos nos arredores do mausoléu e dá para ir a pé. Confesso que eu tinha colocado uma expectativa enorme nesse passeio e estava muito animada. O lugar foi construído em 1070 em homenagem ao Filósofo Chinês Confúcio e pouco tempo depois, acabou abrigando a primeira universidade do país (1076-1779). O passeio é interessante e logo de cara dá para notar uma influência chinesa enorme.
Infelizmente estava bem cheio, mas é um local bem gostosinho de se visitar. Destaque para as estelas de pedra com os nomes e informações sobre alguns alunos brilhantes que se destacaram no local, roupas antigas e placas com os nomes dos antigos reitores. Dentro das construções, encontramos altares com imagens e oferendas e também algumas peças de louça/cerâmica. Mas, vou falar que esperava muito mais daquele lugar! Achei a parte dos jardins e lago muito bonitas e lá eu senti uma paz muito grande. Mas a parte das construções eu achei um pouco fail... acho que estava com a expectativa meio alta.
Paramos para almoçar num restaurante bem gracinha nos arredores do Templo e, a tarde, voltamos para o hotel para descansar um pouco. A verdade é que, àquela altura, a gente já tinha riscado todos os itens da nossa lista de “things to do” e, como eu havia dito no início desse texto, meu irmão não estava passando muito bem. Por conta disso, acabei saindo com minha cunhada para um rolê pelo Old Quarter, com o objetivo de dar uma última volta e fazer as últimas compras da viagem, já que no dia seguinte, embarcaríamos para Halong Bay.
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