Nesse dia, acordamos num dilema. Meu irmão estava muito mal, havia
passado a noite em claro e não conseguiria passar as próximas 4 horas dentro de
uma van com destino a Halong Bay. Então, depois de MUITA discussão e um drama
sem fim, acabou ficando combinado que ele ficaria no hotel e eu seguiria viagem
com a minha cunhada. Foi uma decisão difícil porque ele estava bastante doente
e na viagem, a gente não só estaria longe, como não teríamos sinal de internet
para nos assegurarmos de que tudo estava bem.
Pois bem. A Linda – nossa
guia fofa – passou no hotel para nos pegar lá pelas 8:30hs e entramos num micro
ônibus com destino ao paraíso. Na prática, Halong Bay é uma baía formada por
2.000 ilhas de calcário datadas de milhares de anos – é quase que o cenário de
um filme qualquer da sequência de Jurassic Park ou King Kong. E todas essas
ilhas são cobertas por mata tropical e banhadas por um mar com águas claras.
Bem, e pra completar, é Patrimônio Mundial da Unesco.
Reza a lenda que em uma das trocentas invasões estrangeiras no país, há
milhares de anos atrás, os deuses enviaram dragões para proteger o Vietnã. E
esses dragões cuspiram pedras preciosas no mar, que, por sua vez, acabaram se
transformando nas ilhas. Como o intento se mostrou efetivo a expulsar os navios
inimigos, as ilhas ficaram lá para sempre. Que bonitinho!!!
Confesso que curti a cabine – claro que estava apreensiva!! -, achei bem
extensa e confortável. O banheiro, apesar de um pouco confuso, também dava pro
gasto e eu fiquei bem contente de ter uma janela bem ao lado da minha cama.
Voltamos para o espaço comum e logo vimos que éramos em 15: nós duas, um
casal composto por uma americana e um peruano, uma casal de holandeses com um
bebê, um casal de belgas, um de Taiwan e um de alemães e um chinês e um francês
sozinhos. O grupo era bem legal e bem simpático. Fomos recepcionados com um
almoço muito bom (depois a gente iria perceber que, em verdade, estávamos
participando de uma orgia gastronômica, rs). E depois, seguimos para um passeio
de caiaque.
Foi engraçadíssimo!!!! Fomos de barquinho até uma espécie de píer-boia e
embarcamos em caiaques de duplas. Aff, parecia tãããão mais fácil!!! A verdade é
que é absolutamente impossível andar em linha reta, é como se o negócio não
quisesse nos obedecer! E estranhamente, todas as outras duplas estavam indo
muito bem – à exceção dos taiwaneses que só não foram para casa de caiaque
porque eu acho que não tiveram fôlego pra isso, porque era naquela direção que
eles estavam indo, rs!! Ainda assim, conseguimos chegar na praia e ficamos
muito orgulhosas. Por lá ficamos um tempo, demos um mergulho e tiramos muitas
fotos. Uma pena que o dia estava nublado, mas acho que foi uma das praias mais
bonitas em que estivemos em toda viagem.
Daí veio a piada: a Linda nos perguntou se queríamos voltar para o barco
de barquinho ou se a gente queria arriscar o caiaque novamente. Claro que as
duas patas optaram pela segunda alternativa. E claro que não deu certo! Na
metade do caminho, era óbvio que estávamos atrasando o grupo e que, se não
fôssemos resgatadas, provavelmente iríamos parar no Brasil. Só que nem o
resgate a gente estava conseguindo, porque andar em linha reta não parecia uma
opção! Foi engraçadíssimo, viramos motivo de chacota geral, mas foi divertido.
De volta ao barco, tomamos um banho e seguimos para um happy hour no
deque, com double de cerveja, frutas e snaks gratuitos. Foi uma delícia!!!
Rolou uma confraternização e ver a baía a noite, naquela imensidão, só com os
barcos acesos, foi muito bonito. Seguimos para mais uma orgia alimentar fomos
dormir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário