segunda-feira, 5 de março de 2018

VIAGEM FRANÇA - DIA 11 - ROUEN

mais um dia de conforto, mas com roupa fofa. A blusa é Anthropology, o cardigã é My Basics, a calça foi comprada na José Paulino e a sapatilha é de Óbidos. 

Rouen não era um destino que estava nos meus planos desde o início. Na verdade, eu estava com um dia sobrando na viagem e em pesquisas realizadas internet afora, descobri que Rouen, que é a capital da Normandia, ficava muito próxima à Paris e tinha muitos atrativos. Era uma cidade bonitinha, foi lá que morreu Joana D´Arc e foi lá que Rollo, um dos nobres vikings, se estabeleceu. Ou seja, parecia um lugar com muitas coisas interessantes a serem vistas.

E lá fui eu para a cidade num dia que tinha de tudo para não dar certo. Saí do hotel às 5:20hs da manhã e meu metrô saiu às 5:45hs. Não sei se eu já comentei por aqui, mas sair a noite em Paris é super OK, não me sinto ameaçada. Mas, sair pela manhã já é outra história, porque está escuro, as ruas estão vazias e parece que só tem maluco rondando por aí. Muito bem. Cheguei à estação St Lazare faltando apenas 10 minutos para a partida do trem e eu desemboquei num lugar completamente diferente daquele onde estava quando peguei o trem para Vernon – é o mesmo, by the way.
estação de Rouen
O resultado é que eu fiquei vagando pela estação, fui parar na frente da Galeria Lafayete... foi um caos e é lógico, perdi o trem! O problema é que não tem ninguém para dar informação e você não tem acesso a todos os cantos da estação. É como se um lado não se comunicasse com o outro. O fato é que eu encontrei o local da partida do trem com meia hora de atraso e a minha sorte é que o funcionário falava inglês e me disse que não havia problemas em pegar o próximo, que saía às 6:51hs (plataforma 19) – vai vendo os horários!!!

No final das contas foi ótimo, porque deu tempo de usar o banheiro, tomar café da manhã e ainda chegar num horário mais decente ao meu destino. E o mais engraçado é que no final das contas, eu acabei descobrindo que poderia usar o meu bilhete em qualquer dia e hora até o dia 04/09... não é incrível?! Micos de uma viagem, rsrsrs.

Muito bem. Cheguei em Rouen às 8:00 e pouco da manhã e como eu já estava prevendo, estava tudo fechado e a cidade absolutamente vazia. Estava sem mapa, então, fiquei andando meio que aleatoriamente pela cidade que, para a minha surpresa, se mostrou bastante grande, muito maior do que as outras que havia visitado até então. Tem até metrô na cidade! E outra coisa que eu notei pelas andanças por lá é que há lojas lindas em Rouen, com roupas maravilhosas e bem fora do meu orçamento!

Fui parar no centro de informações turísticas, que fica bem em frente à Notre Dame de Rouen que é, de longe, a igreja mais linda que já vi em toda a minha vida. Eu fiquei absolutamente obcecada com ela, tirei milhões de fotos e cheguei à conclusão de que se eu tivesse ido à França só para visitar aquela igreja, estaria tudo bem! Teria valido a pena. No centro de informações eu peguei um mapa em português e resolvi fazer o roteiro de caminhada ali sugerido, fazendo um tour pelos principais monumentos e locais da cidade. Comecei, é claro, entrando na catedral.
No interior, ela tem aquele estilo bem gótico, bem frio e simples. A parte românica foi construída em 1030, e sua parte gótica em 1145. Foi terminada em 1506, então ela tem essa característica bem “pedra sobre pedra” do período, sem qualquer fru fru. Lá dentro, você encontra duas coisas incríveis: o coração de Ricardo Coração de Leão (naquela época a Normandia era inglesa) e o túmulo do Rollo. Aliás, a cidade toda tem estátuas dele e muita referência viking. Dentro da catedral, ainda há mais de 70 esculturas entre anjos, santas e os apóstolos!!!
Rollo e Ricardo Coração de Leão
Assim como Vernon, a cidade toda é dotada daquelas casinhas de madeira e pedra em estilo normando. E como são muito antigas, todas estão bem tortas e meio que apoiadas umas nas outras. Há também muitas placas sobre os soldados da Segunda Guerra, afinal de contas, foi lá que a libertação começou. Na cidade também destaca-se o Gros Horloge, que é uma torre de relógio muito bonita que contém um relógio astronômico onde as horas são marcadas em um só ponteiro e também da pra identificar as fases da lua.


O outro grande atrativo da cidade são as referências à Joana D´arc. Logo no começo do passeio, ainda próximo à estação, nos deparamos com a Torre onde ela permaneceu encarcerada nos seus últimos dias de vida. Essa torre, fazia parte do castelo construído por Felipe Augusto em 1204. Ela pode ser visitada, mas estava fechada.

Mais perto da Notre Dame, lá no centrão da cidade, há a Praça do Vieux-Marché – coisa mais linda desse mundo e muito semelhante à Hommer de Frankfurt, impossível não perceber a Igreja Santa Joana D’Arc, que é modernosa e tem um estilo super diferente. Ela foi construída no século XX e tem o formato do capacete da jovem. Eu achei incrível, mas eu sei que ela é meio que fonte de discórdia na região. Ela foi construída, apenas a título de curiosidade, bem em frente ao local onde Joana D´Arc foi queimada.
 

Lá perto, a título de informação útil aos turistas, tem um ótimo banheiro de graça e um lugar que vende água por, pasmem, 0,20 Euros!!! A cidade, no geral, é muito bonita e tem muita coisa para ser vista. O problema é que estava fazendo um calor daqueles de fritar ovos no chão – foi o último dia de calor, aliás, da minha viagem, porque depois só esfriou – e tinha muita coisa fechada. Não havia museus abertos e apesar da presença maciça dos turistas, eu só consegui ter acesso à fachada da maioria dos edifícios e igrejas. Isso significa que, no meio da tarde, eu já não tinha mais o que fazer!

Acabei voltando mais cedo do que o planejado a Paris, peguei o trem das 14:55hs. No trem, um baita perrengue de um dia que parecia não estar dando certo desde o início. Um cara estava aos berros no andar de baixo, esmurrando a porta... uma coisa de maluco e as pessoas pareciam não conseguir acalmá-lo. Cheguei em Paris lá pelas 16hs e já passei em algumas lojinhas da St Lazare para fazer algumas comprinhas de final de viagem.

De lá, segui meio perdida, porque não conhecias muito bem a região, mas cheguei à Chapelle Expiatoire, que é perto, mas não muito. Consegui chegar graças à ajuda de um local super gente boa. A capela em si é super escondida e se parece um pouco com um mini panteão. É singela, mas bonitinha e a entrada custa 6,00 Euros. É fofo porque é uma espécie de pedido de desculpas do povo francês, uma homenagem à Luís XVI e Maria Antonieta. O casal está sepultado em St Denis, mas ganhou uma cripta na Chapelle Expiatoire. Ao redor, há túmulos de soldados que defenderam o casal na noite do ataque às Tulherias e em baixo, alguns nomes importantes da revolução.

E esse foi o meu dia. No próximo, Versalhes!

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