Muito bem.
Hoje a noite teremos a cerimônia do Oscar e, como em todos os anos, fiz a lição
de casa e assisti aos principais filmes ou, pelo menos, aqueles que estão
concorrendo às principais categorias. Então, vou contar um pouco o que achei de
cada um deles e torcer para que o meu favorito se consagre vencedor esta noite.
Só
que o Times não conseguiu prosseguir com a matéria porque o governo o proibiu,
numa cristalina censura à imprensa da época. E a bola, digamos assim, foi para
as mãos do The Washington Post, que também recebeu o material, mas com uma
presidente muito inexperiente e cautelosa no poder (e muito fofa também!!),
estava com medo de colocar a cara a bater. E assim vai seguindo o filme até um
final bastante incrível e histórico!
- A Forma da Água - Confesso que
estava com um pouco de preconceito com relação a esse filme. A temática não me
interessava e eu simplesmente achava que assistir a um filme onde rolava um
romance entre uma humana e um monstro aquático, era simplesmente demais para
mim. Mas, a película era encabeçada por Guillermo del Toro, um dos meus diretores
favoritos. Então, eu meio que tinha a certeza de que, poderia até não se um
filme incrível, mas ele seria visualmente impecável.
- Três anúncios para um crime - Último filme assistido antes da cerimônia do Oscar e um dos que eu estava mais ansiosa para ver. Eu acho que isso acabou gerando uma expectativa muito grande que acabou sendo quebrada durante o filme. É ruim? Não. Mas a história é muito boa e merecia ter sido contada de um jeito mais sério, menos caricato e banal. E a atuação da Frances McDormand? É excelente. Mas é Frances McDormand sendo Frances McDormand, mesmo papel que lhe rendeu o Oscar em Fargo. Prefiro premiar atrizes mais versáteis, como a incrível Maryl Streep.
E eu estava
certa quanto a essa última parte. O visual do filme é simplesmente um trabalho
primoroso. Dá para ver em cada cena o cuidado que ele teve com as cores, as roupas,
é tudo muito maravilhoso. Mas, estava errada quanto a não gostar do filme,
porque simplesmente amei! Achei a história bonita, tocante e, apesar de
fantástica, é apenas uma metáfora para as relações entre humanos.
Há um
laboratório americano, na época da guerra fria, que mantém um ser aquático
híbrido, trazido da Amazônia para estudos. O objetivo não é, porém, científico ou
apenas de curiosidade, mas encontrar elementos capazes de lidar com os russos.
Só que a faxineira muda desse laboratório se apaixona pela criatura, que é
inteligente e demasiadamente humana. E o que acontece é que ela envolverá
pessoas incríveis que gravitam ao seu redor para salvar essa criatura. O que
vem em seguida é muito bonito. É amor na mais pura afeição da palavra.
- Três anúncios para um crime - Último filme assistido antes da cerimônia do Oscar e um dos que eu estava mais ansiosa para ver. Eu acho que isso acabou gerando uma expectativa muito grande que acabou sendo quebrada durante o filme. É ruim? Não. Mas a história é muito boa e merecia ter sido contada de um jeito mais sério, menos caricato e banal. E a atuação da Frances McDormand? É excelente. Mas é Frances McDormand sendo Frances McDormand, mesmo papel que lhe rendeu o Oscar em Fargo. Prefiro premiar atrizes mais versáteis, como a incrível Maryl Streep.
Bem, em uma cidade no interior do
Missouri (acho que é isso), uma garota é estuprada e assassinada. Sete meses
depois, ninguém encontrou o culpado e a coisa meio que esfria. É como se todo
mundo tivesse se esquecido. A mãe, então, resolve colocar anúncios em outdoors
espalhados pela estrada onde ela morreu, cobrando a atuação da polícia. Só que
ela o faz de uma forma bem agressiva. Pelo menos pra mim, não pareceu que ela
quisesse encontrar realmente o responsável, mas sim, culpar alguém, não
importando quem, simplesmente colocando para fora sua raiva e fazendo com que
as pessoas se lembrassem, do que aconteceu.
Poderia ser um filme incrível, mas os
policiais são retratados como sendo retardados mentais, como se tivessem saído
de uma das versões da Loucademia de Polícia. E a mãe da garota é uma psicopata
que só faz merda! É merda atrás de merda e isso faz com que a cidade e os
espectadores criem asco dessa mulher ao invés de querer apoiá-la. Ela é bem
louca e muito inconsequente. Achei que a abordagem do filme deixou a
desejar.
- Me chame pelo seu nome - Que filme bonito! Confesso que estava com um pouco de preconceito
porque... não sei a razão, só achava que seria mais um filme de descoberta de
homossexualidade e nada demais. Mas a verdade é que eu fiquei absolutamente
chocada com a qualidade da atuação do protagonista, um menino! O ator é simplesmente
maravilhoso e sua indicação ao Oscar é mais do que merecida! E eu vou dizer que
tem uma cena dele com o pai no final que... nossa, se você não quiser ver o
filme, assista pelo menos essa cena, porque é muito maravilhosa!
Bem, o cenário é a Itália. Pai, mãe e filho, judeus mezzo italianos,
mezzo americanos e mezzo franceses. Todos muito chiques, absurdamente cultos,
sensíveis e com uma mentalidade super aberta e moderna. O pai é historiador e
nos verões, ele sempre convida alguém brilhante para passar um tempo com a família. Dessa
vez, o escolhido foi Oliver, um homossexual muito bonito e sensível e logo rola
um match com Elio, o filho do casal. Elio é virgem, está super confuso sobre
sua sexualidade e é com esse aluno de seu pai, um cara mais velho, que ele vai
viver uma linda história e ver seus sentimentos se aflorando. O filme é apenas
lindo demais.
- Lady Bird: é hora de voar - Vou confessar que não amei esse filme. Não que ele seja ruim, porque não
é. Mas é que eu acho que os outros concorrentes são tão espetaculares que esse
acaba ficando na sombra e correndo pelas laterais. As atuações são muito boas e
a temática é muito delicada, mas acho que não me prendeu a atenção como os
demais. Mas sim, rolou uma lagriminha no final!
Ele vai nos contar a história de uma garota de 17 anos chamada “Lady Bird”.
Ela está naquela fase de fim de escola e
escolha de faculdade e seu único objetivo é mudar de vida, sair daquela cidade
de interior onde vive e buscar algo maior para si. Só que sua família é muito
pobre e e muito tradicional, o que acaba limitando um pouco a sua rotina e a
escolha de seu próprio futuro. E o mote do filme são os conflitos mãe e filha.
Ambas têm personalidades muito fortes e antagônicas e elas passarão o filme
todo brigando.
- Trama fantasma - Assim como a Meryl Streep e o Tom Hanks, eu sou da opinião de que qualquer filme com o Daniel Day-Lewis no elenco, na pior das hipóteses, nos presenteará com uma atuação sublime. É um ator que mergulha no papel, que estuda, que vive aquele personagem, o que é algo maravilhoso de se ver. Outro ponto forte do filme, para quem, assim como eu curte moda, são os vestidos belíssimos desfilados, seu processo de criação e as costureiras colocando as mãos na massa. Mas, foi só... não curti o filme.
- Trama fantasma - Assim como a Meryl Streep e o Tom Hanks, eu sou da opinião de que qualquer filme com o Daniel Day-Lewis no elenco, na pior das hipóteses, nos presenteará com uma atuação sublime. É um ator que mergulha no papel, que estuda, que vive aquele personagem, o que é algo maravilhoso de se ver. Outro ponto forte do filme, para quem, assim como eu curte moda, são os vestidos belíssimos desfilados, seu processo de criação e as costureiras colocando as mãos na massa. Mas, foi só... não curti o filme.
Lawrence é um
costureiro absurdamente excêntrico. Ele tem um complexo de édipo ensandecido e
uma obsessão pela irmã, a quem vê como uma substituta da própria mãe. Você só
consegue ficar próximo a ele se conseguir se submete a todos os seus caprichos,
hábitos esquisitos e manias insuportáveis. Fora que ele só produz quando está
realmente muito concentrado, o que implica na ausência d qualquer tipo de
interrupção, nem mesmo se for de sua esposa ou irmã. É um cara chato demais. E,
ao longo do filme, vamos acompanhar a insistência doentia de Alma, sua
amante-modelo, para ser notada e amada pelo estilista e fazer parte de sua
vida, ser alguém realmente importante. Ela irá transformá-lo, after all, mas eu
acho que os dois são doidinhos de pedra!
Nenhum comentário:
Postar um comentário