Há algum tempo atrás, quando a Netflix anunciou o filme O Céu da Meia Noite com o George Clooney e a Felicity Jones nos papeis principais, eu torci o nariz. Achei muito de mau gosto lançarem no meio de uma pandemia, onde todos estão meio pirados diante de uma situação absolutamente nova e amedrontadora, um filme onde a humanidade foi dizimada. Deixei de lado e não assisti (confesso que sigo sem vontade de ver, ainda mais depois das críticas negativas).
Só que, para a minha
surpresa, um dos livros enviados pela TAG no mês de março foi exatamente O Céu
da Meia Noite, de Lily Brooks-Dalton. E como eu não sou de deixar livro de
lado, comecei a leitura. Daí que, para a minha grande surpresa, eu amei a
história, a escrita, me apeguei aos personagens e fiquei triste quando ele
acabou. Recomendo imensamente dar uma chance a esse livro.
Muito bem, os capítulos se revesam entre,
basicamente, dois personagens focais: Augustine e Sully. O
primeiro já é um senhor, um cientista muito renomado, que há muitos anos vive
no Ártico numa estação de pesquisa. Em determinado momento, por razões que não
são ditas, toda equipe faz uma evacuação de emergência, deixando tudo para
trás. Auggie, todavia, rabugento, ranzinza e acreditando que lá é o seu lugar,
decide não se juntar ao grupo e opta por permanecer no Ártico.
O que ele não contava
é que não teria qualquer outro contato com o restante da Terra naquele momento
– situação que a princípio não se mostrou um problema -, e que uma garotinha
chamada Iris também havia sido deixada para trás. E a partir daí, Augustine,
que sempre foi um grande de um babaca e, inclusive, nunca quis ser apresentado
à própria filha, passa a encontrar na relação com Iris um propósito para seguir
em frente. Nasce uma amizade, uma relação de cuidado muito bonita entre os
dois.
Sully vive uma
situação parecida de isolamento, mas no espaço. Ela e sua equipe, com outros 5
tripulantes, estão há anos a bordo da Aether, uma nave que saiu em busca de
mais informações sobre Júpter. O que a equipe não contava, assim como Auggie, é
que eles, por alguma razão desconhecida, ficariam sem contato com o Planeta
Terra. E é nesse momento que Sully passa a questionar seu passado, a relação de
abandono da própria filha em prol da carreira, dentre outras questões,
inclusive o medo da incerteza.
E claro, Sully e Auggie vão se cruzar em algum momento. Um momento emocionante, inclusive, na minha opinião.
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