sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

LEITURAS NOVEMBRO/DEZEMBRO 2021 - FECHAMENTO DO ANO

Mais um ano chegando ao final. Foram muitas leituras boas e densas em 2021. Menos do que nos anos anteriores, não sei se isso se deve à falta de tempo, à escolha por livros mais longos e difíceis ou à falta de concentração (isso pegou bastante nesse ano que passou).

Mas o fato é que li muito e foi ótimo. Hoje vamos, então, falar das leituras completadas nos últimos dois meses. A começar por A Divina Comédia. Vou dizer que fiquei contente por ter colocado mais um classicão na conta, mas assim como O Paraíso Perdido e Jerusalém Libertada (to nessa leitura no momento), são livros muito chatos e difíceis de serem digeridos.

De “leituras obrigatórias” ou “recomendadas”, li Felicidade Demais de Alice Munro, que é um livro de contos bem pesado e que devo dizer que não amei. Li também o polonês da ganhadora do Nobel (não me obriguem a escrever seu nome) Um Amor Feliz que é de poesia. Não sou muito fã de poesia, mas algumas eu diria que até curti. Por fim, li Vida Dupla, a história verídica de um grupo de amigas árabes e suas confidências, incertezas, inseguranças num mundo machista e fechado. Achei interessante, gostosinho de ler.

Li também alguns títulos da TAG, mas eu devo dizer que a curadoria das leituras anda meio difícil. Faz tempo que não leio uma indicação super interessante deles. Li Clara da Luz do Mar, que até que foi bom porque a autora é haitiana e eu nunca tinha lido nada desse país. Li também A Última Parada, um livro bem legal sobre uma garota que ficou presa na linha do tempo dentro do metrô de NY. Apesar da trama besta, a  leitura é bem fluida e gostosinha.

Li Aprender a falar com as plantas, um dos livros mais chatos dos últimos tempos. Alías, acho que tirando o Zafón, eu odeio todos os autores catalães. Que mais? Ah, li Nada para ver aqui, mas um livro com um enredo super estranho: uma pessoa sem experiência nenhuma, que teve uma vida difícil, se vê na condição de cuidar de duas crianças, filhas de um famoso congressista, que sofrem de combustão espontânea... mas posso falar? Amei!! O Menino Mamba Negra é bem interessante também, retrata a trajetória de uma criança africana no norte do continente durante a guerra. Terrível!!

Li duas pseudo biografias muito interessantes também. Uma delas foi Maria Bonita, que obviamente conta toda a história do grupo de cangaceiros que aterrorizou o Nordeste na primeira metade do século passado, com foco na esposa de Lampião. Excelente! E também Imperatriz Leopoldina do Brasil, que trouxe mais conhecimento sobre essa mulher incrível e os benefícios que ela trouxe para o Brasil.

Por fim, li Longe das Aldeias, um livro curtíssimo que fala sobre uma família de imigrantes fugitivos da segunda guerra e sua adaptação (ou não) aqui no Brasil. Eu achei bem gostoso de ler. E deixei por último o melhor: Os Mistérios Templários. Cada capítulo desse livro eu abria a boca e não conseguia fechar novamente. Muita curiosidade, muita informação histórica e muita quebra de paradigmas. Excelente!!!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

DIÁRIO DE VIAGEM - RECIFE E SALVADOR - DIA 05

Dia mais tranquilo, sem hora para acordar, acabamos levantando mais tarde e tomando café da manhã com bastante calma. Nos arrumamos e fomos em direção à Praça Tomé de Souza, coração do centro de Salvador. É lá que está localizado o Elevador Lacerda e era ele mesmo o nosso destino! Nesse dia, a ideia era passear pela Cidade Baixa, mas logo mais vocês verão que não deu muito certo!


O Elevador Lacerda é muito bonito e a vista de lá de cima é uma loucura de linda! Ele foi construído em 1873 e naquela época era o mais alto do mundo. A ideia original era transportar as pessoas e todo tipo de quinquilharia da Cidade Baixa para a Alta e vice versa. É bem fácil, leva uns 30 segundos de viagem e, para a minha eterna satisfação, os elevadores estavam mais vazios por conta dos cuidados com a Covid. Ah, a passagem é super barata, apenas R$ 0,15!!!

Já na Cidade Baixa, fomos em direção ao Mercado Modelo. No dia anterior, foi na frente dele que nos encontramos com o grupo para o embarque às ilhas. O porto fica exatamente ao lado! O Mercado Modelo é um lugar quente, abafado e cheio, lotado de lojinhas de artesanato e produtos típicos da Bahia. No geral, é um bom lugar para se visitar, porque você tem lugar para sentar, banheiro limpo de graça e, de quebra, compra lembrancinhas para a família toda. Eu comprei algumas e também peças para a loja. No geral foi ótimo, mas a real é que as lojas vendem praticamente a mesma coisa (viu uma, viu todas!).

De lá, seguimos para a Basílica Nossa Senhora da Conceição da Praia, que fica do outro lado da rua e tem uma vista ótima da orla. A Igreja em si está meio mal cuidada, mas por dentro ela é belíssima!!! Foi construída entre 1739 e 1849 todinha em estilo barroco. Ela tem esse nome e meio que recepciona os navegantes, porque é a primeira igreja que se vê das embarcações quando está chegando na cidade.

Ocorre que, o que não prevíamos é que essa região seria tão mal frequentada. Muita pobreza sim, mas principalmente viciados, um povo meio mau encarado... enfim, não nos sentimos seguros, ao contrário da Cidade Alta. Somado ao fato de que nos parecia que a região estava bem deteriorada e não havia nada para ser visto, foi frustrado o passeio pela Cidade Baixa. Resolvemos pegar o Elevador Lacerda sentido contrário e subir novamente.

Fomos, então, andando até a Igreja do Carmo, penúltima a ser vista em Salvador (faltava a Igreja do Bonfim que ficou para o dia seguinte). Andamos bastante, porque a Igreja do Carmo fica lá no Pelourinho, mas no topo de uma ladeira. E não precisava dizer que o sol estava castigando!!! Mas chegamos e amamos! Ela foi construída entre os séculos XVI e XVII por freis e lá residiu o irmão do poeta Gregório de Matos.

Serviu como Quartel General das forças de resistência durante a Invasão Holandesa (1624 a 1625). Àquela época a cidade era provida de várias portas fortificadas, uma delas, as "Portas do Carmo", o epicentro da resistência. Foi na Igreja do Carmo, dentro da sala onde é a sacristia, que os holandeses se renderam e se retiraram da cidade, em maio de 1625, após serem derrotados por tropas espanholas e portuguesas.


Já mortos de fome e cansados, seguimos em busca de um restaurante e acabamos encontrando um nas proximidades. A real: um dos espaços mais bonitinhos e gostosinhos de todos, mas a pior comida da viagem, sem dúvida!!!! Comi uma salada de peixe que, com toda certeza, era atum em lata! Como sempre, o almoço demorou para sair e quando acabamos, já estava mais tarde. Como o dia estava tranquilo e sem muito o que fazer, acabamos indo para o hotel pegar uma piscina. Melhor decisão!!!

Já no final do dia, nos arrumamos e seguimos para o Rio Vermelho para, finalmente, comermos um acarajé. Na região há muitos restaurantes, barzinhos, comidas típicas e...... gente pedindo esmola. O mais estranho é que não é só na rua que os mendigos pedem esmola e vendem coisas, eles entram nos restaurantes e bares. É muito estranho.

O acarajé estava uma delícia, mas a grosseria da atendente chamou atenção de todos... é uma linha de produção, a Dira sabe que é famosa por lá e eles não vão fazer nada para mudar essa situação que está consolidada, com simpatia ou sem. Comemos sentados no banco da praça, para experimentar mesmo e depois acabamos seguindo para um dos barzinhos da região e depois voltamos para o hotel.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

DIÁRIO DE VIAGEM RECIFE E SALVADOR - DIA 04

Nesse dia, a ideia original era separarmos o grupo. Eu iria para um museu, que estava muito afim e meu irmão e minha cunhada fariam um passeio de barco. Mas a concepção de que esse passeio seria incrível, uma coisa meio Tailândia vibes e eu perderia tudo, me deixou pensativa e eu acabei mudando de idéia e aderindo ao tour. Ele foi contratado numa empresa de turismo dentro do próprio hotel e saiu R$ 80,00 por pessoa. 

Então, nesse terceiro dia, acordamos cedo, tomamos o café da manhã de sempre e fomos para o térreo nos encontrar com o grupo que nos levaria ao porto, próximo ao Mercado Modelo. Seguimos de ônibus, paramos em outros hotéis para a entrada de outros passageiros e em pouco tempo estávamos no local indicado. O calor estava imenso, muita confusão, muitas agências de viagem, ambulantes vendendo as mais diversas quinquilharias, enfim... aquela bagunça de sempre. 

Mas funcionou, entramos no porto, passamos pela catraca e em poucos instantes estávamos dentro de uma escuna super confortável. Tinha espaço para todos, era tudo aberto e a vista do Forte São Marcelo e daquele mar azulzinho compensava qualquer coisa! Os passageiros estavam animadíssimos, tinha serviço de bordo com bebidas alcoólicas e.... roda de samba/pagode. Não demorou muito para que algumas pessoas se soltassem e começassem a dançar e cantar. Essas pessoas, vale dizer (*spoiler) foram ficando cada vez mais e mais bêbadas e no final da viagem estavam num nível deplorável!!!

Enfim, 1:40hs depois (sim, a escuna é super lenta), estávamos na Ilha dos Frades, nossa primeira parada. E... meu Deus, me senti em PhiPhi, porque o lugar é incrivelmente lindo, paradisíaco e muito primitivo. A água do mar clarinha, quase sem ondas, temperatura delícia e uma faixa de areia boa. Nos acomodamos num guarda-sol (pago, é lógico) e por lá ficamos admirando a paisagem e nos revezando no mar. 

Como a próxima parada já seria Itaparica e o guia nos havia dito que era quase mandatório almoçar num restaurante mequetrefe a R$ 60,00 por pessoa (os reviews desse lugar no Youtube eram os piores possíveis!), acabamos pedindo lagostas e batata frita na própria Ilha dos Frades e esse foi nosso almoço. Ah, vale dizer que o porto da ilha é muito bom, bem estruturado, cheio de bancos e com um ótimo banheiro. 

Algum tempo depois, voltamos para o barco e, cerca de 40min mais tarde estávamos em Itaparica, nossa segunda e última parada. Por lá, como é muito raso, tivemos que descer nuns botes até chegar à praia. O que eu curti é que o local para onde nos levaram era praticamente uma praia deserta (à exceção do restaurante) e como quase todos estavam indo almoçar, tínhamos o descanso da ilha só para nós. O calor a essa altura estava insano, mas conseguimos uma sombrinha de uma árvore. 


Por lá não tem barracas ou guarda sóis. Acabamos estendendo cangas e toalhas e descansando. O mar estava super quente e você consegue andar uns bons metros adentro, porque é realmente muito raso. Vimos alguns caranguejos, pássaros exóticos e descansamos bastante. Lá é meio mangue, por isso a paisagem mais diferenciada. 

O duro foi a volta. Demoramos a iniciar a partida porque... lembram-se daquele grupo que estava bebendo? Pois é, a essa altura eles já eram best friends, não obedeciam horários e não estavam nem aí para o resto do grupo. E o balanço e a lerdeza da escuna, que confesso que não me aborreceu na ida, foram quase insuportáveis na volta! Porque imaginem a gente molhado (ah sim, o balanço do mar me ensopou!), com um vento frio já batendo, com fome, porque a essa altura a lagosta já tinha feito digestão, e aquele samba tocando... estava todo mundo com o saco cheio.

1:40hs intermináveis depois, já de noite, estávamos em terra firma. O ônibus da empresa nos levou de volta ao hotel, tomamos um banho, nos arrumamos e seguimos para o Restaurante Tereza. Maravilhoso!!! Claro que a Muqueca de camarão demorou 1 hora para chegar (lá é tudo muito demorado) e estávamos ficando meio mau humorados - sem contar o cansaço. Mas estava muito gostoso, muito bem serviço e o ambiente do local era muito bom!!

sábado, 18 de dezembro de 2021

MAC - FACE AND BODY - REVIEW

Se tem um produto da MAC que eu sempre tive vontade de experimentar, esse produto certamente é o clássico Face and Body. E a razão é simples: ele não é uma base pesada, mas sim, algo bem fluido, bem aquoso, que serve apenas para uniformizar o tom da pele, que é exatamente o que eu curto para o dia a dia. 

E dia desses eu estava passeando pelo outlet lá em Jundiaí, quando me deparei com essa base, na minha cor - N1- dando sopa e com um preço maravilhoso: R$ 99,00! Claro que não pensei duas vezes e acabei trazendo comigo junto com 2 mini batons (outro post) e um corretivo Prolongwear. Eu fiquei impressionada, porque é muito difícil achar minhas cores num outlet e a validade não estava ruim: setembro/2022. 

Pois bem, de acordo com a marca, trata-se de "uma base leve e hidratante que oferece um acabamento acetinado e cobertura uniforme. A base tem uma fórmula fluida confortável e leve - a Base M∙A∙C Face And Body contém uma mistura especial de emolientes que proporcionam uma cobertura pura que permite construção de camadas e um acabamento acetinado. A fórmula de base hidratante, de longa duração e à prova d'água desliza no rosto e no corpo, proporcionando uma cor que permanece fiel."

Possui "longa duração, 8 horas, é à prova d’água, hidrata instantaneamente, fornece cor verdadeira, feita para todos os tipos de pele, incluindo pele sensível, dermatologicamente testado, oftalmologicamente testado e Não acnegênico." A embalagem conta com 50ml de produto e, originalmente, custa R$ 199,00. 

Eu tenho usado demais esse produto, levei para o Nordeste, inclusive, e posso dizer que estou amando. Ele é exatamente o que promete, é super levinho e deixa a pele com um viço lindíssimo. Não parece que estou usando base. Ele não acumula e não deixa a cútis super oleosa. Mas ainda assim, eu sinto a necessidade de assentar com um pouco de pó - uso o Mineral Skinfinish Light Plus, também da MAC. 

Minha única reclamação é que ela é muito líquida e a tampa meia boca. Então, o que acontece é que ela tem que ser guardada em pé, senão vaza horrores! Imaginem que beleza ficou a necessaire levada na viagem... Acho que a MAC poderia dar um jeito nisso. 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

LEE STAFFORD - DEEP NOURISHING TREATMENT - ARGAN - REVIEW

Eu tenho cabelos bem fininhos e oleosos, por isso eu meio que evito produtos muito pesados. Mas desde que deixei as madeixas crescerem, eu meio que tenho tido a necessidade de usar de vez em quando uma máscara para desembaraçar melhor ou mesmo para ajudar na hidratação, mesmo que isso signifique que meu cabelo vai ficar mais pesado naquele dia.

Tenho várias máscaras, mas dia desses me deparei com uma promo boa na Privalia da marca Lee Stafford, que amo. Então, esse produto acabou vindo parar aqui em casa. Trata-se de uma máscara de tratamento profundo de argan. Ela conta com 200ml e validade apenas para maio/2022. Mas, quando abri a embalagem, confesso que fiquei muito decepcionada. Primeiro porque esperava o cheiro delícia dos produtos da marca ou, ao menos, um cheirinho de argan. Mas a real é que o produto tem cheiro de coisa vencida. O que me deixou com a pulga atrás da orelha.

Enfim.... a máscara é bem densa, recomendada pela marca para todos os tipos de cabelo e promete redução do frizz, hidratação e reparação completa dos fios. Ele condiciona, evita pontas duplas, restaura o envelhecimento dos fios e revitaliza o couro cabeludo. Melhora, ainda a elasticidade dos cabelos.

Cumpre tudo isso? Não posso dizer porque eu revezo a máscara com outros produtos e não uso com tanta frequência. O que eu posso dizer é que, mesmo passando pouco produto, ela pesa demais nos meus cabelos, parece que não foi enxaguada e os fios ficam com aspecto de sujo. E não acho que ela seja muito condicionante também. Mas como disse anteriormente, eu estou com o pé atrás com esse produto porque em todas as resenhas as pessoas dizem que o cheiro dele é muito bom. Será que o meu está estragado? 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

SALLVE - HIDRATANTE FACIAL - REVIEW

Mais um produto Sallve e mais um que estou amando!!! Ele foi comprado junto com o leite micelar e eu uso o combo diariamente após o banho da noite. Antes de falar sobre o produto em si, gostaria de dizer que ele é excelente tal qual os demais produtos da marca por conta de duas características: não tem cheiro e tem rápida absorção. 

A embalagem é de bisnaga, conta com 40g de produto, bocal que controla a quantidade e custa R$ 59,90, o que para mim é excelente! De acordo com a marca, "é um gel-creme de rápida absorção com ativos poderosos de hidratação diária. além de uma sensação leve e refrescante, ele deixa a pele macia sem ficar pegajosa. com Beta-Glucan, Phytoesqualano, óleo da semente do Melão do Kalahari e Niacinamida, ele reduz a aparência de linhas finas, protege a perda da água e acalma a pele.

Ele "hidrata a pele por até 24h, reduz a aparência dos poros, ajuda a acalmar a pele, deixa a pele viçosa e macia, mas não pegajosa, seca rápido e deixa sensação refrescante, melhora a aparência de linhas finas" E posso falar, acho que pela primeira vez na vida temos um produto que cumpre exatamente tudo o que promete. 

Claro que eu uso outras coisas também, e também um produto manipulado pela minha dermato, mas não acredito que ele esteja agindo com relação aos poros, linhas finas e hidratação, porque ele é especificamente para o melasma. Portanto, acho que eu devo a esse hidratante da Sallve a beleza que minha pele se encontra nesse momento. Eu praticamente não tenho linhas finas nem poros. Está maravilhoso. Assim que ele acabar, certamente farei reposição do estoque!!

terça-feira, 30 de novembro de 2021

DIÁRIO DE VIAGEM RECIFE E SALVADOR - DIA 03

O terceiro dia de viagem foi, na minha opinião, um dos mais gostosos. Fizemos muitas coisas ligais, vimos muitas paisagens lindas e tivemos uma das melhores refeições. Spoiler feito, vamos aos detalhes!


Passamos frio a noite novamente, ninguém dormiu direito e tomo mundo acordou moído. Mas tudo bem! Seguimos para o banho, café da manhã (que é o mesmo repeteco de todo dia) e seguimos para a locadora pegar nosso carro: um Fiat Uno vermelho novinho. Os elevadores do hotel demoraram como sempre, pegar o Uber foi um caos, mas deu tudo certo e dentro do horário esperado, seguimos em direção à Praia do Forte.

O caminho foi longo, passamos por Camaçari, mas não achamos a estrada de todo ruim (comparadas com as de Pernambuco, as de Salvador são incríveis!). As paisagens também são bem bonitas, com coqueiros e praias à esquerda. A única reclamação é que, para quem está acostumado com as estradas de São Paulo, que contam com postos enormes com restaurantes, banheiros e afins em todos os cantos, ficou um pouco decepcionado. Encontramos apenas um posto micro no meio do caminho com um posto de conveniência, onde pudemos usar o banheiro e comprar uns petiscos para ir matando a fome no caminho.

Quando chegamos finalmente na entrada da Praia do Forte, vimos que parecia um condomínio fechado, como Riviera. Passamos por uma região de mangue e quase atropelamos duas galinhas d´angola que estavam perigosamente atravessando a rua. E quando finalmente chegamos no ponto aguardado, tivemos uma feliz conclusão: parecia Phi Phi! A vila é uma graça, bem estreita e pequena, com lojinhas vendendo souvenires e artesanatos, muita gente querendo vender passeios e quinquilharias (como eu todos os lugares do Nordeste), uma igrejinha fofa por fora e horrorosa por dentro e uma praia deslumbrante!

A faixa de areia era pequena e como a maré estava baixa, dava pra ver os grandes bancos de corais que formam paisagens super interessantes. A idéia era fazermos o Projeto Tamar antes de tudo, já que estávamos secos e depois do almoço seguiríamos para um banho de mar. Mas nesse dia descobrimos que na Bahia a praia tem que acontecer cedo, porque a maré sobe rápido.

Pois bem. O Projeto Tamar em si é incrível!!! Muito bem estruturado, cheio de informação, muito bem cuidado e impressionante pelo tamanho. E claro, a vista para a praia é de tirar o fôlego! Por lá, vimos muitas tartarugas, aprendemos como identificar as espécies, onde elas vivem, quais as rotas migratórias, etc. Vimos também arraias, tubarões e outros peixes. Eu achei que valeu demais os R$ 32,00 gastos! Por lá tem vários banheiros, uma lojinha carésima, espaço interativo, atividades para crianças e um restaurante maravilhoso.

Ele fica, na verdade, no complexo do Tamar, mas não precisa pagar o preço da entrada para comer por lá. Eu confesso que comi um dos melhores risotos da minha vida. Cheio de frutos do mar, com coentro e o melhor tempero do mundo. Eu apenas amei e não comi nada igual durante a viagem toda.

De lá, achamos que poderíamos seguir para a praia, mas a verdade é que estávamos rolando de tanta comida e o sol estava super forte, o que poderia significar uma congestão em grupo. Fora que, àquela altura, já havíamos percebido que a maré estava subindo rapidamente, porque os bancos de coral já haviam desaparecido. Já estávamos, portanto, enfrentando uma triste realidade: provavelmente não rolaria a tão esperada praia. Sendo assim, seguimos em direção ao Castelo D´Avila, que fica na entrada da cidade, já próximo à estrada de volta.

Aqui, vamos a algumas explicações: o castelo é, na verdade, um imenso casarão que começou a ser construído em 1551 por Garcia D´Avila, que foi o primeiro governador geral e era subordinado de Thomé de Souza. Esse homem e sua família acabaram formando um império: seus domínios se estendiam por todo o Nordeste e eram demarcados pelos tais coqueiros que vimos na estrada. Ele chegou a ter mais de 1 milhão de escravos. Durante três séculos, o castelo foi habitado por 10 gerações da família, até que os escravos se rebelaram e colocaram fogo em tudo.

Em 1835, o castelo foi abandonado e tornou-se uma grande ruína. Em 1938, foi finalmente tombado pelo Iphan. Hoje, mediante o pagamento de uma taxa (salgada) de R$ 30,00, você pode visitar o local, que inclui as incríveis ruinas do castelo em si, um videozinho explicativo e um museu com artefatos, maquete e um simpático Leandro contando tudo o que você quiser saber sobre o local, que conta com a Capela de São Pedro dos Rates, sendo a parte mais antiga da edificação. Eu amei conhecer um pouco dessa história e já estou ansiosa para comprar um livro e saber um pouco mais sobre essa família tão importante.

Terminamos o passeio pela Praia do Forte tentando pegar uma praia, mas falhamos lindamente. Chegamos a colocar os pés na areia, mas a maré estava muito alta nesse local e era praia de tombo, com um mar super bravo. Não nos atrevemos a entrar! Depois de sorvete e um coco perto da igrejinha, seguimos viagem de volta, voltamos para o hotel, nos banhamos e saímos apenas para jantar. Dia seguinte acordaríamos cedo para um passeio contratado.