Dia
mais tranquilo, sem hora para acordar, acabamos levantando mais tarde e tomando
café da manhã com bastante calma. Nos arrumamos e fomos em direção à Praça Tomé
de Souza, coração do centro de Salvador. É lá que está localizado o Elevador
Lacerda e era ele mesmo o nosso destino! Nesse dia, a ideia era passear pela
Cidade Baixa, mas logo mais vocês verão que não deu muito certo!
O
Elevador Lacerda é muito bonito e a vista de lá de cima é uma loucura de linda!
Ele foi construído em 1873 e naquela época era o mais alto do mundo. A ideia
original era transportar as pessoas e todo tipo de quinquilharia da Cidade
Baixa para a Alta e vice versa. É bem fácil, leva uns 30 segundos de viagem e,
para a minha eterna satisfação, os elevadores estavam mais vazios por conta dos
cuidados com a Covid. Ah, a passagem é super barata, apenas R$ 0,15!!!
Já
na Cidade Baixa, fomos em direção ao Mercado Modelo. No dia anterior, foi na
frente dele que nos encontramos com o grupo para o embarque às ilhas. O porto
fica exatamente ao lado! O Mercado Modelo é um lugar quente, abafado e cheio,
lotado de lojinhas de artesanato e produtos típicos da Bahia. No geral, é um
bom lugar para se visitar, porque você tem lugar para sentar, banheiro limpo de
graça e, de quebra, compra lembrancinhas para a família toda. Eu comprei
algumas e também peças para a loja. No geral foi ótimo, mas a real é que as
lojas vendem praticamente a mesma coisa (viu uma, viu todas!).
De
lá, seguimos para a Basílica Nossa Senhora da Conceição da Praia, que fica do
outro lado da rua e tem uma vista ótima da orla. A Igreja em si está meio mal
cuidada, mas por dentro ela é belíssima!!! Foi construída entre 1739 e 1849
todinha em estilo barroco. Ela tem esse nome e meio que recepciona os
navegantes, porque é a primeira igreja que se vê das embarcações quando está
chegando na cidade.
Ocorre
que, o que não prevíamos é que essa região seria tão mal frequentada. Muita
pobreza sim, mas principalmente viciados, um povo meio mau encarado... enfim,
não nos sentimos seguros, ao contrário da Cidade Alta. Somado ao fato de que
nos parecia que a região estava bem deteriorada e não havia nada para ser
visto, foi frustrado o passeio pela Cidade Baixa. Resolvemos pegar o Elevador
Lacerda sentido contrário e subir novamente.
Fomos,
então, andando até a Igreja do Carmo, penúltima a ser vista em Salvador
(faltava a Igreja do Bonfim que ficou para o dia seguinte). Andamos bastante,
porque a Igreja do Carmo fica lá no Pelourinho, mas no topo de uma ladeira. E
não precisava dizer que o sol estava castigando!!! Mas chegamos e amamos! Ela
foi construída entre os séculos XVI e XVII por freis e lá residiu o irmão do
poeta Gregório de Matos.
Serviu como Quartel General das forças de resistência durante a Invasão Holandesa (1624 a 1625). Àquela época a cidade era provida de várias portas fortificadas, uma delas, as "Portas do Carmo", o epicentro da resistência. Foi na Igreja do Carmo, dentro da sala onde é a sacristia, que os holandeses se renderam e se retiraram da cidade, em maio de 1625, após serem derrotados por tropas espanholas e portuguesas.
Já
mortos de fome e cansados, seguimos em busca de um restaurante e acabamos
encontrando um nas proximidades. A real: um dos espaços mais bonitinhos e
gostosinhos de todos, mas a pior comida da viagem, sem dúvida!!!! Comi uma
salada de peixe que, com toda certeza, era atum em lata! Como sempre, o almoço
demorou para sair e quando acabamos, já estava mais tarde. Como o dia estava
tranquilo e sem muito o que fazer, acabamos indo para o hotel pegar uma
piscina. Melhor decisão!!!
Já no final do dia, nos arrumamos e seguimos para o Rio Vermelho para, finalmente, comermos um acarajé. Na região há muitos restaurantes, barzinhos, comidas típicas e...... gente pedindo esmola. O mais estranho é que não é só na rua que os mendigos pedem esmola e vendem coisas, eles entram nos restaurantes e bares. É muito estranho.
O acarajé estava uma delícia, mas a grosseria da atendente chamou atenção de todos... é uma linha de produção, a Dira sabe que é famosa por lá e eles não vão fazer nada para mudar essa situação que está consolidada, com simpatia ou sem. Comemos sentados no banco da praça, para experimentar mesmo e depois acabamos seguindo para um dos barzinhos da região e depois voltamos para o hotel.
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