domingo, 15 de março de 2020

VIAGEM - DIA 17 - SARAJEVO - DIA 01

Graças aos meus vizinhos barulhentos, no meu 17º dia de viagem acabei acordando bem cedo. Aproveitei para arrumar minha mala, que fechou com uma facilidade impressionante e, por volta das 8hs, peguei um Uber em direção ao aeroporto. Às 10:15hs o check in ainda não havia aberto e eu permanecia aguardando para despachar minha única mala. Apesar de o destino ser Sarajevo, eu ainda faria uma escala em Zagreb, com mudança de avião. Aproveitei o tempo para trocar a moeda e comer alguma coisa. 

meu quarto no hotel
No final das contas, ambos os voos foram bem tranquilos e saíram no horário, o que é sempre uma surpresa para a região. O aeroporto de Sarajevo é muito minúsculo e a saída é um caos. Não há Uber no país e fiquei muito tempo vagando na procura por um táxi. Finalmente um carro apareceu e eu o dividi com um indiano e com uma australiana. Até que foi divertido, fomos conversando e dividindo experiências. O que não foi divertido foi o motorista que dirigia como um louco e acabou cobrando de cada um dos passageiros o preço cheio. Eu não tinha como argumentar na hora, acabei percebendo a situação apenas na volta. 
essa "rosa vermelha" está espalhada por diversos lugares de Sarajevo. Ela simboliza lugares em que caíram bombas e diversas pessoas foram mortas. É uma espécie de cicatriz que os bósnios deixaram espalhada para que ninguém se esqueça daquela época
há cemitérios espalhados pela cidade toda. Esse é um muro cravejado de balas que ficava a uns 100m do meu hotel

O hotel era muito bem localizado, basicamente dentro do bairro turco. Mas, no quesito acomodações, devo dizer que foi o pior de toda a viagem: ele estava bastante vazio, pecava horrores na limpeza e organização e para ajudar, não tinha ar condicionado. As janelas eram imensas e eu até poderia deixá-las abertas, mas havia um grande parapeito embaixo e era bem fácil de entrar por ali. Então, a verdade é que no final das contas não foram noites extremamente agradáveis. 
comidinhas
Bem, já era tarde, então, deixei as coisas no hotel e fui flanar pela região, despretensiosamente porque ainda teria 2 dias em Sarajevo. Notei que o bairro turco é enorme e bem semelhante às ruelinhas da cidade de Mostar. Por lá, vende-se todo tipo de quinquilharia, como enfeites, roupas ou até mesmo objetos entalhados na hora. Há uma mesquita imensa na região – falarei dela em outro post -, e gente de todo tipo passeando pelas ruas, inclusive de diversas religiões. Achei realmente interessantíssimo. A título de curiosidade, Sarajevo é conhecida como Jerusalém europeia, justamente por contemplar todas as religiões, que convivem em certa harmonia. 


Acabei chegando na parte austríaca da cidade – há até uma divisória entre os dois bairros, noticiando o fato -, que também é bastante interessante. Por lá, encontram-se parques, igrejas, shopping, muitas lojas e restaurantes com uma pegada mais ocidental. E no final do dia, veio uma grande pancada de chuva, que acabou ensopando minhas alpargatas. A verdade é que o tempo todo em que estive em Sarajevo choveu e a temperatura estava bem mais fresca do que nos outros lugares que havia visitado. 

Segui explorando e terminei o dia numa casa de burekas, que são esses folheados recheados de várias coisas diferentes (carne, queijo, abóbora, batata, espinafre, etc.), feitas em fornos caseiros. Deliciosas!!! Nos próximos posts, além de mostrar o que eu fiz e visitei na cidade, vou contar um pouco sobre a história de Sarajevo e como eles estão hoje, 20 anos depois da guerra.


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